Minério de ferro fecha com leve alta em Dalian e queda em Singapura; ADRs da Vale (NYSE:VALE) registram leve alta nos EUA em sessão de cautela global.
As ações ordinárias da Vale (BOV:VALE3) encerraram o pregão desta terça-feira (11/11) em leve queda de 0,26%, cotadas a R$ 65,04, após oscilarem entre a mínima de R$ 64,76 e a máxima de R$ 65,66. O volume financeiro negociado foi de R$ 25,4 milhões, refletindo um dia de ajustes moderados no setor de mineração e siderurgia.
O recuo ocorre após uma sequência de sessões positivas, com investidores realizando lucros e acompanhando a volatilidade dos preços do minério de ferro (CCOM:IRON) nas bolsas asiáticas.
Na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE:VALE), as ADRs da mineradora brasileira encerraram o dia em leve alta de 0,33%, cotadas a US$ 12,34. O movimento refletiu um equilíbrio entre o otimismo com estímulos esperados na China e a percepção de que o mercado global de minério ainda enfrenta desafios com estoques elevados e demanda enfraquecida do setor imobiliário.
Mercado do Minério de Ferro
Os contratos futuros do minério de ferro apresentaram variações mistas nas principais praças asiáticas.
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Dalian (China): o contrato de janeiro de 2026 fechou em alta de 0,20%, a 766,5 iuanes por tonelada.
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Singapura (SGX): o contrato de dezembro recuou 0,69%, para US$ 101,45 por tonelada.
O mercado manteve tom de cautela diante de sinais contraditórios: enquanto se espera que Pequim anuncie novas medidas de estímulo para a construção civil e infraestrutura, as restrições de produção de aço seguem limitando a recuperação mais forte das cotações.
Fatores que influenciaram a Vale hoje
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Cenário chinês misto: expectativa de novos estímulos econômicos foi parcialmente ofuscada por dados de consumo de aço mais fracos.
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Curva de juros brasileira: queda dos juros futuros favorece o mercado acionário local, mas o setor de commodities segue sensível à volatilidade externa.
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Resultados sólidos: investidores ainda repercutem o balanço do 3T25, que mostrou forte geração de caixa e controle de custos operacionais.
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Estratégia global: analistas seguem otimistas com a expansão da Vale em mercados emergentes, especialmente Índia, vista como novo vetor de crescimento da demanda por minério nos próximos anos.
Comparativo com pares internacionais
No exterior, o desempenho das mineradoras foi misto.
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Rio Tinto (LSE:RIO) subiu 0,09%, beneficiada por dados positivos de exportação de minério da Austrália.
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BHP (ASX:BHP) encerrou o dia praticamente estável, em +0,04%, mantendo perspectivas neutras para o trimestre.
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Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) caiu 1,07%, pressionada pela menor demanda de aço nos EUA.
Diante desse cenário, a Vale teve um desempenho intermediário — sem perdas acentuadas, mas ainda pressionada pela ausência de novos gatilhos de curto prazo.
Contexto macro e percepção do mercado de minério de ferro
O noticiário internacional segue dominado por expectativas de crescimento mais lento na China, o que afeta diretamente a precificação das commodities metálicas. Ainda assim, a Vale permanece entre as mineradoras globais mais resilientes, apoiada em seu portfólio diversificado e nos avanços de sustentabilidade e redução de emissões em suas operações.
No curto prazo, analistas indicam que a ação da Vale pode seguir oscilando entre R$ 64,50 e R$ 66,50, acompanhando o humor global em torno das medidas chinesas e a tendência do dólar. Já no médio prazo, o foco recai sobre a política de dividendos e eventuais anúncios de investimentos em minério de alta pureza.
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