O setor manufatureiro dos Estados Unidos mostrou perda de fôlego em novembro, segundo o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global. O indicador ficou em 52,2, abaixo dos 52,5 registrados em outubro, mas ainda acima do patamar de 50 pontos, que separa expansão de contração. O resultado reforça um ritmo de crescimento mais moderado no final do ano, em meio a sinais de pressão sobre a demanda.

O maior aumento na produção desde agosto ajudou a sustentar a leitura do mês. Ainda assim, o avanço geral se enfraqueceu devido à queda acentuada na entrada de novos pedidos, um movimento que acende alerta para o comportamento da demanda interna. O cenário se torna mais desafiador para o setor exportador, que enfrenta a quinta retração mensal seguida nos novos pedidos vindos do exterior, o pior desempenho desde julho.

“Embora o PMI geral tenha sinalizado uma expansão adicional da atividade industrial em novembro, a saúde do setor manufatureiro dos EUA se torna mais preocupante quanto mais se analisa a fundo. O principal impulso veio de um forte aumento na produção industrial, mas o crescimento da entrada de novos pedidos desacelerou acentuadamente, indicando um enfraquecimento significativo do crescimento da demanda”, disse Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global Market Intelligence.

Com o PMI ainda acima de 50, os investidores seguem atentos ao comportamento dos setores que influenciam diretamente os índices norte-americanos como Dow Jones (DOWI:DJI), Nasdaq Composite (NASDAQI:COMPX) e S&P 500 (SPI:SP500), que tendem a reagir a qualquer sinal mais claro de desaquecimento da atividade industrial. Um enfraquecimento prolongado poderia aumentar a aversão ao risco no curto prazo e pressionar empresas industriais, exportadoras e sensíveis ao ciclo econômico.

Siga-nos nas redes sociais