O desempenho econômico do bloco europeu apresentou sinais de resiliência no terceiro trimestre, com um crescimento que veio acima do esperado. Dados do Eurostat, divulgados nesta sexta-feira (05/12), mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,3% frente ao trimestre anterior, superando a Projeção de alta de 0,2%. Na União Europeia como um todo, o avanço foi um pouco mais robusto, de 0,4%. Em comparação com o mesmo período de 2024, a expansão foi de 1,4% na área do euro e de 1,6% na UE.
Apesar do dado positivo sobre a atividade, o relatório trouxe um contraponto preocupante no front do trabalho. O número de desempregados aumentou 0,2% na zona do euro e 0,1% na UE durante o terceiro trimestre de 2025. “Quanto ao crescimento do PIB entre os Estados-Membros da UE, a Dinamarca registrou o maior crescimento no trimestre anterior, com um aumento de 2,3%. O país escandinavo é seguido por Luxemburgo e Suécia, ambos com um aumento de 1,1%”, detalhou o comunicado. Do outro lado, “Croácia, Portugal e Espanha registaram o maior crescimento do desemprego entre os Estados-Membros da UE, enquanto a Roménia, a Áustria e a Finlândia registaram uma diminuição”.
Possíveis impactos nos mercados financeiros:
A notícia mista – crescimento melhor que o esperado, mas com desemprego em alta – deve gerar uma reação de curto prazo igualmente dividida nos mercados. Por um lado, a resistência do PIB pode aliviar temores de uma recessão iminente e dar suporte às bolsas de valores europeias, como o índice Euro Stoxx 50 (EU:STOXX50E) e o DAX (DBI:DAX). Por outro, o aumento do desemprego pode moderar o otimismo, sinalizando tensões sociais e um consumo futuro mais fraco. Para o câmbio, o euro (FX:EURUSD) pode encontrar um piso temporário com os dados de crescimento, mas seu avanço sustentado pode ser limitado pela perspectiva de um Banco Central Europeu cauteloso diante do quadro de emprego. No mercado de títulos, a pressão sobre os rendimentos dos bunds alemães pode ser contida.
Siga-nos nas redes sociais