Os principais índices dos Estados Unidos abriram praticamente estável na quinta-feira, 4 de dezembro de 2025, com as ações sem direção definida após movimentações majoritariamente altas nas duas sessões anteriores. Os investidores podem optar por uma abordagem mais cautelosa para avaliar as perspectivas de curto prazo para os mercados, após a volatilidade observada no início da semana.
Às 11h53 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 61,49 pontos, ou -0,13%. O S&P 500 perdia 6,64 pontos ou -0,10%. O Nasdaq desvalorizava 44,87 pontos ou -0,16%. A taxa de retorno dos títulos de 10 anos avançava para 4,09%.
O otimismo em relação a um novo corte na taxa de juros pelo Federal Reserve na próxima semana ajudou os principais índices a mais do que compensar a queda de segunda-feira, fechando em alta na terça e na quarta.
Relatórios econômicos dos EUA
Na agenda econômica de hoje, o Departamento do Trabalho divulgou um relatório na quinta-feira mostrando que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA caíram inesperadamente para o menor nível em três anos na semana encerrada em 29 de novembro.
O relatório indicou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 191.000, uma diminuição de 27.000 em relação ao nível revisado da semana anterior, de 218.000.
A revista The Economist esperava que os pedidos de auxílio-desemprego subissem para 220.000, ante os 216.000 originalmente relatados para a semana anterior.
Com a queda inesperada, os pedidos de auxílio-desemprego caíram para o menor nível desde que atingiram 189.000 na semana encerrada em 24 de setembro de 2022.
Às 12h (horário de Brasília), o Departamento do Comércio deve divulgar seu relatório sobre novos pedidos de bens manufaturados no mês de setembro. Espera-se que os pedidos à indústria aumentem 0,5% em setembro, após um salto de 1,4% em agosto.
O Departamento do Tesouro deverá anunciar os detalhes dos leilões deste mês de títulos de três e dez anos e de títulos de trinta anos às 13h.
Às 14h30, a vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve, Michelle Bowman, deverá discursar sobre “Supervisão e Regulação Bancária” no Almoço de Liderança da Associação de Bancos da Flórida.
Fechamento anterior
As bolsas iniciaram a quarta-feira sem direção clara, mas ganharam impulso ao longo do pregão, com o humor melhorando gradualmente, e fechando em alta. O Nasdaq avançou 0,2% e o S&P 500 subiu 0,3%, enquanto o Dow Jones apresentou desempenho mais forte, refletindo sua composição mais enxuta e sensibilidade maior a movimentos de grandes empresas.
O fechamento mostrou avanço generalizado: o Dow Jones ganhou 408,44 pontos (+0,9%), atingindo 47.882,90; o Nasdaq somou 40,42 pontos (+0,2%), chegando a 23.454,09; e o S&P 500 subiu 20,35 pontos (+0,3%), encerrando em 6.849,72. UnitedHealth destacou-se com alta de 4,7%, impulsionando o Dow Jones, junto a Goldman Sachs, McDonald’s e Amgen.
A melhora do sentimento veio após o relatório da ADP indicar queda inesperada de 32.000 vagas no emprego privado em novembro, contrastando com a previsão de ganho de 10.000 e com a alta revisada de 47.000 em outubro. Esses dados reforçaram a expectativa de novo corte de juros pelo Fed, com probabilidade estimada em 89% pelo CME FedWatch.
Outros indicadores econômicos também influenciaram o mercado. O PMI de serviços do ISM subiu para 52,6, acima da expectativa de 52,1 e do nível anterior de 52,4. Esse movimento, somado à alta do petróleo, impulsionou ações de serviços petrolíferos (+3,7%) e companhias aéreas (+2,7%), enquanto setores como siderurgia, finanças e imóveis avançaram, em contraste com a queda marcada em hardware de computadores.
Europa e Ásia
As ações europeias subiam amplamente nesta quinta-feira, impulsionadas por dados fracos sobre o emprego no setor privado dos EUA, alimentando apostas em um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve na próxima semana.
As negociações de paz na Ucrânia também estiveram em foco, apesar das conversas inconclusivas em Moscou. O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, se reunirá hoje em Miami com o chefe do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, Rustem Umerov, para conversas, confirmou a Casa Branca.
Trump disse que as conversas – que também contaram com a presença de seu genro, Jared Kushner – foram “razoavelmente boas”, mas que era cedo demais para dizer o que aconteceria, pois “é preciso dois para dançar tango”.
Já as bolsas asiáticas fecharam mistas na quinta-feira, após relatos de que a Microsoft teria reduzido suas metas de vendas de produtos de IA, reacendendo preocupações sobre a demanda e as margens de lucro mais fracas nesse setor. Os investidores também adotaram uma postura cautelosa antes das decisões sobre as taxas de juros do Federal Reserve e do Banco do Japão nos próximos dias.
O dólar sofreu pressão, já que dados fracos dos EUA alimentaram apostas em um iminente corte de juros pelo Fed. O ouro recuou, enquanto os preços do petróleo subiram com o aumento das tensões entre Rússia e Ucrânia.
O índice Shanghai Composite da China fechou em leve queda, a 3.875,79, após uma sessão instável devido a preocupações com a desaceleração do crescimento do setor de serviços e uma prolongada queda no mercado imobiliário. O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,7%, para 25.935,90.
Os mercados japoneses dispararam, com as fabricantes de chips na cadeia de suprimentos de IA ganhando terreno após relatos de que o CEO da Nvidia, Jensen Huang, se reuniu com Trump para discutir controles de exportação de chips de IA da Nvidia.
O índice Nikkei 225 subiu 2,3%, para 51.028,42, estendendo sua alta pela terceira sessão consecutiva e atingindo o maior fechamento em três semanas.
O índice Topix, mais abrangente, fechou em alta de 1,9%, a 3.398,21. As ações da Tokyo Electron dispararam 3,2% e as do SoftBank Group subiram 9,2%.
As ações de Seul fecharam em leve queda, interrompendo uma sequência de dois dias de ganhos. O Kospi recuou 0,2%, para 4.028,51, com as fabricantes de semicondutores liderando as perdas devido a novas preocupações com as altas avaliações no setor de inteligência artificial.
A montadora Hyundai Motor subiu 6,4% e a Kia Corp. avançou 1,4% após os EUA confirmarem um corte de tarifas para 15% sobre importações sul-coreanas importantes, como automóveis.
Os mercados australianos registraram ganhos modestos, impulsionados pelos fortes preços do cobre, que valorizaram as ações de mineradoras. Dados mostraram que os gastos das famílias registraram o maior aumento em quase dois anos em outubro, elevando as apostas em alta das taxas de juros.
Além disso, o superávit na balança comercial de bens aumentou para AUD 4,39 bilhões em outubro de 2025, superando as expectativas do mercado, com as exportações de ouro registrando alta pelo segundo mês consecutivo.
O índice de referência S&P/ASX 200 subiu 0,3%, para 8.618,40, enquanto o índice All Ordinaries, mais abrangente, fechou em alta de 0,1%, a 8.906,70.
Do outro lado do Mar da Tasmânia, o índice de referência da Nova Zelândia, S&P/NX-50, encerrou o dia em queda de 0,5%, a 13.515,62, interrompendo uma sequência de dois dias de ganhos.
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