Companhia anuncia emissão de 606,8 milhões de ações PNCs, define data-base e preço de referência, e avança em direção ao Novo Mercado da B3.

A Axia Energia (BOV:AXIA3), antiga Eletrobras, anunciou um passo decisivo em sua reestruturação societária: o conselho de administração aprovou um aumento de capital no montante de R$ 30 bilhões, por meio da emissão de 606.796.117 ações preferenciais classe C (PNCs), distribuídas gratuitamente aos acionistas na forma de bonificação. O movimento reforça a estratégia da companhia em direção a padrões mais elevados de governança corporativa, mirando sua futura migração para o Novo Mercado da B3 (B3: B3SA3).

De acordo com o fato relevante, cada acionista receberá 0,2628378881074 ação PNC para cada ação detida — seja ordinária, preferencial classe A ou preferencial classe B. Até mesmo os papéis mantidos em tesouraria terão direito à bonificação, ampliando o efeito do aumento de capital dentro da estrutura da Axia Energia.

A data-base será 19 de dezembro de 2025, enquanto as ações PNCs passarão a ser negociadas ex-direitos a partir de 22 de dezembro. Os novos papéis serão creditados na posição dos acionistas em 26 de dezembro, com preço contábil atribuído de R$ 49,44. A companhia também informou o valor de resgate das ações preferenciais classe R (PNR), fixado em R$ 1,2994705188032.

O anúncio já era amplamente esperado pelos investidores, que acompanhavam os estudos divulgados pela Axia Energia ao longo do ano sobre uma possível reorganização societária. A proposta será formalmente votada na assembleia geral extraordinária (AGE) marcada para 19 de dezembro.

Reação do mercado

Por volta das 10h49, as ações AXIA3 eram negociadas a R$ 63,25, com queda de 0,89% no pregão desta terça-feira. O papel abriu o dia a R$ 63,49, após ter oscilado entre R$ 62,68 e R$ 63,59 no período.

Sobre a Axia Energia (AXIA3)

A Axia Energia — sucessora da Eletrobras — atua nos segmentos de geração, transmissão e comercialização de energia elétrica, sendo uma das maiores companhias do setor na América Latina. Compete com empresas de atuação nacional como Engie (BOV:EGIE3), AES Brasil (BOV:AESB3) e Cemig (BOV:CMIG4), além de operar em um setor intensamente regulado, sensível a ciclos de investimento e políticas públicas voltadas à expansão energética.

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