A Chevron (NYSE:CVX) anunciou planos para reduzir os gastos do próximo ano, sinalizando uma mudança estratégica para aumentar a lucratividade em vez de expandir os volumes de produção, especialmente porque os preços do petróleo bruto estão próximos de seus níveis mais baixos desde 2021.
A empresa agora prevê despesas de capital de cerca de US$ 18,5 bilhões em 2026 — o limite inferior da previsão divulgada no mês passado e abaixo dos US$ 19 bilhões a US$ 22 bilhões que havia projetado após a aquisição da Hess em julho.
Aproximadamente um terço do investimento total será direcionado para operações de exploração de xisto nos EUA, abrangendo Texas, Novo México, Colorado e Dakota do Norte.
O investimento em upstream domina o plano
A Chevron (BOV:CHVX34) projeta gastos com exploração e produção (upstream) entre US$ 16,7 bilhões e US$ 17,3 bilhões. Desse total, US$ 8,9 bilhões a US$ 9,2 bilhões serão destinados a operações upstream nos EUA — com aproximadamente US$ 6 bilhões reservados para bacias de xisto e petróleo de baixa permeabilidade, como Permian, DJ e Bakken. Os gastos internacionais com upstream são estimados entre US$ 7,8 bilhões e US$ 8,1 bilhões, incluindo cerca de US$ 0,4 bilhão em juros capitalizados, principalmente relacionados à Guiana.
Os gastos com exploração também devem aumentar significativamente, cerca de 50% em relação aos níveis recentes — passando de aproximadamente US$ 1 bilhão anual para US$ 1,5 bilhão.
Os investimentos subsequentes estão previstos entre US$ 0,9 bilhão e US$ 1,1 bilhão, divididos entre US$ 0,7 bilhão e US$ 0,8 bilhão nos EUA e entre US$ 0,2 bilhão e US$ 0,3 bilhão internacionalmente. Aproximadamente US$ 1 bilhão dos orçamentos divisionais da empresa é destinado a iniciativas de baixo carbono, uma redução em relação aos US$ 1,5 bilhão do programa de 2025.
A previsão é de que os gastos com as afiliadas variem de US$ 1,3 bilhão a US$ 1,7 bilhão. O segmento de exploração e produção (upstream) deverá representar de US$ 0,5 bilhão a US$ 0,7 bilhão, e o segmento de refino e distribuição (downstream), de US$ 0,8 bilhão a US$ 1,0 bilhão. A Chevron observou que a CPChem representará cerca de metade desse total, com a Tengiz (TCO) contribuindo com aproximadamente um quarto — impulsionada por uma perspectiva de menor investimento (capex), o que permite uma distribuição de dividendos maior.
O fluxo de caixa assume o protagonismo
O CEO Mike Wirth já enfatizou que diversos projetos de expansão importantes foram concluídos, dando à Chevron mais flexibilidade para manter dividendos e recompras de ações mesmo em um cenário de preços mais baixos. Ao reduzir os gastos com novos empreendimentos, a empresa prevê que o fluxo de caixa livre crescerá 14% ao ano e ultrapassará US$ 30 bilhões até 2030.
Os analistas da RBC Capital Markets, liderados por Biraj Borkhataria, afirmaram que a revisão da perspectiva de despesas de capital “está amplamente em linha com as expectativas do mercado, com uma redução na intensidade de capital nos ativos da CVX no Permiano e em TCO, ajudando a sustentar a geração de fluxo de caixa livre até 2026”.
O foco do crescimento permanece nas bacias hidrográficas principais
A maior parte do capital da Chevron voltado para o crescimento terá como alvo o Golfo do México, nos EUA, o Mediterrâneo Oriental e a Guiana — onde a aquisição da Hess garantiu uma participação de 30% no que é considerado a maior descoberta de petróleo da última década.
Wirth afirmou: “Nosso programa de investimentos para 2026 se concentra nas oportunidades de maior retorno, mantendo a disciplina e aprimorando a eficiência, o que nos permite aumentar o fluxo de caixa.”
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