Entenda por que a barreira de 13,80 é o divisor de águas para os juros de longo prazo e como proteger sua carteira diante dos novos cenários de volatilidade.

Acompanhar a trajetória das taxas de juros de longo prazo é fundamental para compreender os rumos da economia brasileira, e o contrato DI com vencimento em janeiro de 2033 (BMF:DI1F33) é o principal termômetro para esse movimento. No dia 19 de dezembro de 2025, o mercado observa atentamente o comportamento desse ativo, que se encontra em uma região de preços extremamente sensível. A análise técnica aponta que o contrato está testando a média móvel de 200 dias, um indicador que separa tendências de baixa prolongadas de novos ciclos de alta.

O desempenho recente mostra que o contrato futuro saiu de um patamar de 13,375 em meados de dezembro para testar níveis próximos a 13,80. Esse avanço rápido reflete uma mudança na percepção de risco dos investidores, que agora exigem retornos maiores para travar seus capitais em títulos de longo prazo. O índice de força relativa, que mede a velocidade e a mudança dos movimentos de preço, confirma essa tendência ao apontar para cima, sugerindo que ainda existe fôlego para novas valorizações.

Para que a tendência de alta se confirme no curto prazo, é indispensável que o preço do contrato ultrapasse a marca de 13,80 e se sustente acima dela. Caso esse rompimento ocorra, o mercado projeta que a próxima resistência relevante esteja localizada em 14,05. Esse movimento indicaria uma pressão inflacionária ou uma percepção de risco fiscal mais elevada, obrigando as taxas de juros a buscarem patamares que não eram vistos há alguns meses.

Em um cenário de otimismo moderado ou de correção técnica, o suporte em 13,60 surge como o principal ponto de defesa dos compradores. Se o preço fechar abaixo desse valor, o sinal de baixa será retomado, invalidando a recuperação das últimas sessões. Nesse caso, as projeções técnicas indicam que o contrato poderia recuar para a faixa entre 13,30 e 12,90, o que representaria um alívio nas taxas de juros de longo prazo.

A volatilidade observada no pregão de hoje, 19 de dezembro de 2025, demonstra a incerteza dos operadores. O ativo abriu em 13,70 e atingiu uma máxima de 13,77 antes de sofrer uma leve correção. Essa movimentação é típica de zonas de resistência, onde grandes investidores realizam lucros ou montam posições contrárias à tendência prévia, gerando oscilações que testam a resiliência do mercado.

O investidor deve compreender que os juros futuros funcionam de maneira inversa aos preços dos títulos pré-fixados. Quando a taxa do DI1F33 sobe, o valor de mercado desses títulos tende a cair. Por isso, a análise da barreira de 13,80 não é apenas um exercício matemático, mas uma ferramenta vital para a gestão de riscos em carteiras de renda fixa e multimercados que possuem exposição ao vértice longo da curva de juros.

A importância da média de 200 dias não pode ser subestimada. Historicamente, quando um ativo financeiro consegue romper e se manter acima dessa média, ele atrai novos fluxos de investimento baseados em algoritmos e análise gráfica. No caso do DI para janeiro de 2033, estar abaixo dessa linha significava uma relativa tranquilidade, mas o teste atual coloca em xeque a continuidade desse cenário de estabilidade.

Se observarmos o histórico de dezembro, notamos que no dia 5 o ativo apresentou uma variação expressiva de 4,31 por cento, saltando de 12,98 para 13,565. Esse foi o primeiro grande sinal de que a tendência de queda estava sendo revertida. Desde então, o mercado tem trabalhado para consolidar degraus mais altos, o que torna a análise deste dia 19 de dezembro de 2025 um momento de definição para o fechamento do ano.

As projeções para o médio prazo são ainda mais contundentes. Caso o cenário de estresse se agrave e a barreira de 14,05 seja superada sem dificuldades, o próximo alvo técnico está posicionado em 15,15. Esse é um nível que indica uma desancoragem severa das expectativas, o que exigiria uma postura muito mais cautelosa por parte dos gestores de fundos e investidores individuais.

Por outro lado, o cenário de queda encontra base na possibilidade de o mercado considerar que as taxas atuais já precificam riscos excessivos. Se o DI1F33 não conseguir superar os 13,80 repetidamente, ele formará um teto duplo, uma figura técnica que geralmente precede quedas acentuadas. O retorno para a região de 12,90 seria o desfecho natural dessa exaustão de compra.

É didaticamente importante ressaltar que o índice de força relativa estar apontando para cima favorece a tese de alta, mas não a garante. O investidor deve usar esse dado como um complemento à ação do preço. O fechamento diário será o veredito: acima de 13,80 temos a confirmação da força compradora; abaixo de 13,60 temos a vitória dos vendedores no curto prazo.

No âmbito profissional, a gestão de ordens de interrupção de prejuízo deve ser ajustada conforme esses pontos de preços relevantes. A região de 13,70, onde o ativo se encontra agora, funciona como um eixo central de curto prazo. A distância entre a mínima do mês em 12,955 e a máxima possível em 15,15 mostra a amplitude do risco envolvido nas operações deste contrato.

Em resumo, a data de 19 de dezembro de 2025 marca um teste de estresse para os juros futuros de longo prazo no Brasil. A decisão entre a continuidade da escalada das taxas ou a retomada de um patamar mais baixo depende da capacidade do contrato DI1F33 em vencer a resistência de 13,80 ou sucumbir abaixo do suporte de 13,60, definindo assim o tom dos investimentos para o início de 2026.

Análise Intraday do DI Futuro com vencimento em janeiro de 2033

Com base nos dados coletados até as 10 horas e 42 minutos de hoje, o contrato apresenta uma leve tendência de correção intraday, operando em 13,70, o que representa uma queda de 0,055 pontos em relação ao fechamento anterior.

O cenário provável para alta no restante do pregão depende da superação da máxima do dia, situada em 13,77; se este nível for rompido, o ativo terá caminho livre para testar a resistência psicológica de 13,80.

Já o cenário de queda ganha força caso o preço perca a mínima registrada hoje de 13,685, o que poderia levar a cotação a buscar o suporte técnico de 13,60 ainda nesta sessão, devido ao fluxo de realização de lucros dos últimos dias.

Como o investidor deve se posicionar hoje

Para o investidor que atua no intraday, a recomendação é aguardar a definição nas extremidades da faixa entre 13,685 e 13,77; uma entrada de venda abaixo de 13,685 com alvo em 13,61 e ordem de interrupção de prejuízo em 13,72 parece tecnicamente ajustada.

Para o curto prazo, a estratégia mais sólida é buscar compras somente após o fechamento confirmado acima de 13,80, com preço alvo em 14,05 e interrupção de prejuízo em 13,69, protegendo o capital contra falsos rompimentos.

No médio prazo, o posicionamento deve ser mais conservador: entradas em 13,85 visando o alvo de 15,15 para cenários de alta, ou vendas caso ocorra o fechamento abaixo de 13,60, com alvo em 12,90. Essas posições baseiam-se no fato de que o rompimento de resistências históricas ou médias de longo prazo costuma atrair volume institucional, garantindo maior probabilidade de sucesso na direção escolhida.

A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.