O dólar terminou a sexta-feira, 12 de dezembro de 2025, praticamente estável, avançando 0,11% e fechando a R$ 5,4105, em um pregão marcado por ajustes moderados e atenção dividida entre política doméstica e discurso do Federal Reserve. O Ibovespa sustentava 0,88% de alta às 17h, aos 160.583 pontos, apoiado pelo setor bancário.
A retirada do ministro Alexandre de Moraes e de sua esposa da lista de sanções da Lei Magnitsky reduziu tensões políticas e estimulou fluxos para ativos locais. Banco do Brasil (BOV:BBAS3) subia cerca de 1,76%, Bradesco (BOV:BBDC4) avançava 0,92% e BTG Pactual (BOV:BPAC11) ganhava em torno de 0,95% no final da tarde.
A percepção de menor ruído institucional somou-se ao efeito residual do tom mais conservador do Copom, que manteve a Selic em 15%. Apesar da firmeza do real na véspera, investidores seguem céticos quanto a um corte imediato dos juros em 2026, mantendo incertezas no curto prazo.
O setor de serviços brasileiro, que avançou 0,3% em outubro, contribuiu para a leitura de resiliência doméstica. O dado, alinhado às expectativas, marcou o nono crescimento seguido e elevou o patamar recorde da série histórica. Transportes subiu 1,0%.
No exterior, o foco recaiu sobre a fala do dirigente do Federal Reserve, Austan Goolsbee, que defendeu posições distintas após o corte de 0,25 ponto anunciado na quarta-feira. A autoridade monetária dos EUA tenta calibrar a política em meio à inflação persistente e à desaceleração gradual do mercado de trabalho.
O clima em Wall Street tinha sentimento dividido: Dow Jones e S&P 500 renovaram máximas na sessão anterior, estimulados pela posição mais suave do Fed. A Nasdaq recuava, pressionada pelas projeções mais frágeis da Oracle para o setor de inteligência artificial, reacendendo preocupações de demanda.
No acumulado da semana, o dólar caiu 0,41%, embora siga positivo em 1,41% no mês. No ano, perde 12,45% ante o real. O Ibovespa avança 1,15% na semana, acumula leve ganho mensal de 0,07% e sobe 32,34% em 2025.
O DXY registrou leve alta de 0,05%, aos 98.400 pontos, em meio à cautela com os próximos movimentos do Fed. A chance de manutenção dos juros em janeiro atingiu 77,9%, segundo o CME FedWatch.
No Brasil, o dólar futuro para janeiro encerrou estável a R$ 5,4320, com um mercado sem gatilhos claros. O amplo diferencial de juros entre Brasil e EUA segue como fator de suporte ao real, limitando pressões mesmo em dias de maior aversão ao risco externa.
O desempenho das bolsas globais completou o pano de fundo: Europa recuou após perdas das big techs americanas, enquanto Ásia avançou com expectativas de estímulos econômicos da China.
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