Análise técnica aponta tendência de baixa consolidada. Compradores precisam defender níveis-chave para evitar aceleração.
O dólar futuro iniciou a quarta-feira (03/12) sob pressão vendedora na B3, com os contratos com vencimento em janeiro de 2026 (BMF:WDOF26) | (BMF:DOLF26) caindo 0,33% às 10h30 e sendo negociado a 5.344,00 pontos. O movimento reforça o enfraquecimento visto nos últimos dias, quando o ativo perdeu o patamar de 5.360,00 e confirmou a predominância de um cenário técnico de baixa no curto prazo.
Nas últimas sessões, o dólar acumulou candles com fechamento próximo das mínimas, sinal típico de controle total dos vendedores. A dificuldade recorrente em superar a faixa de 5.400, considerada a principal resistência da tendência, mostra que o mercado ainda não encontrou gatilhos suficientes para retomar tração compradora consistente.
Os preços históricos reforçam esse ambiente desafiador para quem aposta na alta. Desde 21 de novembro, quando a cotação marcou 5.416,50, o ativo vem cedendo de maneira gradual, produzindo topos descendentes e respeitando a média móvel de 21 dias como teto de preço. A média de 200 também atua como resistência dinâmica, ambas inclinadas para baixo.
O fechamento do dia 2 de dezembro, em 5.361,50, já havia sinalizado a intenção do mercado em testar patamares inferiores. Com a abertura desta quarta-feira em leve baixa, seguida da pressão vendedora até o início da manhã, o contrato reforça a possibilidade de buscar níveis como 5.335,00, 5.320,00 e até 5.310,00 ao longo do pregão.
No gráfico de curto prazo, a tendência é claramente baixista nos tempos de 15 e 5 minutos. O gráfico de 60 minutos ainda apresenta lateralização, mas com inclinação negativa que favorece novas quedas caso os suportes intermediários sejam rompidos. O IFR, que havia tentado repique, voltou a apontar para baixo, reforçando a leitura de fraqueza compradora.
Caso a região dos 5.335,00 seja perdida, o próximo alvo relevante passa a ser a zona de 5.320,00, área onde o dólar encontrou compradores nas últimas semanas. A perda desse patamar aumentaria o potencial de atingir o suporte psicológico de 5.300,00 — região que pode atrair ordens automáticas e gerar volatilidade.
Para quem opera na ponta compradora, o nível-chave do dia é 5.361,50. É somente acima desse ponto que o ativo poderia tentar uma reação mais consistente, inicialmente buscando 5.370,00 e 5.380,00. Porém, o verdadeiro divisor de águas permanece sendo 5.400, região que precisa ser rompida para que o mercado considere um repique técnico mais robusto.
Acima de 5.400, ganha força um cenário alternativo de repique altista, com projeções em 5.480 e 5.637 para o médio prazo, conforme projeções de Fibonacci. Esses níveis seriam perseguidos caso o mercado encontre catalisadores como fluxo externo positivo ou alteração no apetite global por risco.
No médio e longo prazo, entretanto, o cenário ainda é de baixa estrutural. A formação de topos descendentes, o posicionamento abaixo das principais médias e a ausência de gatilhos macroeconômicos relevantes sugerem que o dólar pode continuar pressionado até encontrar suporte técnico na faixa de 5.230, projeção clássica de Fibonacci analisada desde novembro.
Para o restante do pregão desta quarta-feira, o investidor deve observar o comportamento do dólar na faixa de 5.335,00. Essa é a região decisiva do dia. Se houver defesa, o mercado pode congestionar e trabalhar entre 5.335 e 5.361,50. Se houver rompimento, tende a acelerar em direção aos suportes inferiores rapidamente.
Compradores devem torcer por uma recuperação acima de 5.361,50, que devolveria fôlego e abriria espaço para disputar novamente a zona dos 5.380,00. Vendedores, por outro lado, buscam justamente o contrário: a perda dos 5.335 para acionar stops e liberar novas ondas de queda em direção a 5.320 e 5.310.
Para o próximo pregão, a estratégia continuará dependendo essencialmente do comportamento perto de 5.335 e da capacidade de romper ou não a barreira psicológica dos 5.400. Enquanto estiver abaixo desse nível, o viés segue baixista. E enquanto perder mínimas anteriores, permanece a expectativa de continuidade da trajetória descendente.
Assim, o cenário técnico combinado com o preço atual reforça que o dólar futuro ainda opera em terreno delicado, com predominância da força vendedora e ausência de gatilhos de reversão de curto prazo. A quarta-feira deve seguir marcada por volatilidade e possíveis movimentos rápidos, especialmente se os suportes-chave forem testados novamente.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.