Os futuros das ações dos Estados Unidos operavam praticamente estáveis na segunda-feira, 8 de dezembro de 2025, com os investidores se posicionando antes da última reunião de política monetária do Federal Reserve do ano.

Ao mesmo tempo, os investidores continuam analisando as implicações da proposta de aquisição, pela Netflix (BOV:NFLX34), das divisões de televisão, cinema e streaming da Warner Bros. Discovery (BOV:W1BD34).

Dados econômicos da Ásia aumentaram a complexidade: a economia japonesa contraiu mais rápido do que o inicialmente divulgado, enquanto a China registrou uma recuperação surpreendentemente forte nas exportações, mesmo com a queda acentuada das remessas destinadas aos EUA.

Os futuros dos EUA mantêm-se estáveis ​​antes da decisão do Fed

Os futuros das ações americanas tinham variações modestas na manhã de segunda-feira, estendendo o ímpeto de alta da semana passada, enquanto os mercados se preparam para o próximo anúncio do Fed.

Às 07h06 (horário de Brasília):

  • Os futuros do S&P 500 subiram 5,50 pontos (0,08%).
  • Os futuros do Nasdaq 100 subiram 34,50 pontos (0,13%).
  • Os futuros do Dow Jones caíram 14 pontos (-0,03%).

Todos os principais índices fecharam a semana passada em território positivo pela segunda semana consecutiva. O S&P 500 e o Nasdaq Composite registraram quatro sessões de alta cada, enquanto o Dow Jones subiu em três das últimas quatro sessões.

O tom permanece otimista, com os investidores antecipando um corte na taxa de juros na quarta-feira, principalmente após a divulgação, na sexta-feira, do índice PCE (Índice de Preços de Consumo Pessoal) básico, que mostrou inflação mais baixa do que o esperado. A ferramenta FedWatch da CME indica uma probabilidade de 88% de corte.

A agenda econômica de segunda-feira está tranquila, enquanto os resultados da Broadcom, Adobe, Oracle, Costco e Lululemon serão divulgados durante o restante da semana.

Uma batalha regulatória se aproxima em torno da oferta de US$ 72 bilhões da Netflix pela Warner Bros Discovery

A Netflix (NASDAQ:NFLX) confirmou seus planos de adquirir os ativos de conteúdo e streaming da Warner Bros. Discovery (NASDAQ:WBD) em um negócio gigantesco de US$ 72 bilhões — mas a parte mais difícil pode estar por vir. É provável que os órgãos reguladores dos EUA e da Europa examinem a fusão com rigor. Notícia completa

“O fator mais importante em um negócio dessa magnitude e complexidade são os potenciais obstáculos regulatórios que essas duas empresas terão que superar”, disse Anthony Saglimbene, da Ameriprise Financial.

Ele acrescentou: “Ambas as empresas provavelmente esperam ter que vender ativos para fechar o negócio. E acho que há espaço mais do que suficiente para que isso aconteça.”

Sindicatos de Hollywood e donos de cinemas alertam que a fusão pode custar empregos, concentrar o poder criativo e reduzir os lançamentos nos cinemas. A dimensão política aumentou no domingo, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse: “Estarei envolvido nessa decisão”, apontando para o potencial domínio na indústria do entretenimento.

“Isso só alguns economistas vão dizer… Mas é uma fatia de mercado grande. Sem dúvida, isso pode ser um problema.”

A contração das economias japonesas no terceiro trimestre foi mais acentuada do que o inicialmente previsto

A economia japonesa encolheu mais rapidamente no terceiro trimestre do que o inicialmente estimado, o que complica as deliberações do Banco do Japão antes da reunião da próxima semana.

Os dados revisados ​​mostram:

  • O PIB caiu 2,3% em termos anualizados, em comparação com a estimativa anterior de -1,8%.
  • O PIB trimestral recuou 0,6%, uma queda mais acentuada do que a previsão de 0,5% e a estimativa inicial de 0,4%.

A desaceleração reforça a lógica por trás do plano de estímulo da primeira-ministra Sanae Takaichi, anunciado no mês passado e que representa o maior pacote de gastos do Japão desde o início da pandemia. O governo espera que as medidas impulsionem o crescimento do PIB em 1,4 ponto percentual por ano, em média, durante três anos.

Apesar dos dados fracos, ainda se espera amplamente que o Banco do Japão aumente as taxas de juros em sua reunião de 18 e 19 de dezembro, visto que a inflação se manteve em ou acima de 2% por mais de 3 anos e meio — a sequência mais longa desde o início da década de 1990.

As exportações da China disparam em novembro, apesar da fraqueza dos EUA

Os dados do comércio chinês mostraram uma forte recuperação em novembro:

  • Exportações sobem 5,9% em relação ao ano anterior (contra -1,1% em outubro)
  • Importações sobem 1,9% em relação ao ano anterior.

Isso elevou o superávit comercial mensal da China para US$ 111,68 bilhões, superando em muito as expectativas.

O crescimento foi impulsionado principalmente pelo aumento das exportações para mercados fora dos EUA, à medida que Pequim aprofunda os laços comerciais globais para compensar o impacto das altas tarifas do presidente Trump sobre os produtos chineses.

Tendências de remessas em novembro:

  • EUA: -29%
  • União Europeia: +14,8%
  • Austrália: +35,8%
  • Sudeste Asiático: +8,2%

O petróleo recua após oscilar perto das máximas de duas semanas

Os preços do petróleo bruto recuaram na manhã de segunda-feira.

Às 07h06 (horário de Brasília)

  • O petróleo Brent para fevereiro caiu 0,78%, ou -US$ 0,50, para US$ 63,25.
  • O WTI para janeiro caiu 0,87%, ou -US$ 0,52, para US$ 59,56.

Ambos os índices fecharam na sexta-feira em seus níveis mais altos desde 18 de novembro.

Além da política monetária, os desenvolvimentos geopolíticos continuam a influenciar o cenário. A Reuters informa que o G7 e a UE estão discutindo a substituição do teto do preço do petróleo russo por uma proibição total dos serviços marítimos, uma medida que poderia restringir os fluxos do segundo maior exportador de petróleo do mundo.

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