Banco norte-americano melhora recomendação para overweight, eleva preço-alvo para R$ 64 e coloca IRBR3 como sua nova preferida no setor de seguros, impulsionando ações na B3.

As ações do IRB Brasil RE (BOV:IRBR3) ganharam força nesta segunda-feira (08/12) após o JPMorgan elevar a recomendação do papel de underweight (equivalente à venda) para overweight (equivalente à compra), além de ajustar o preço-alvo de R$ 54 para R$ 64. O movimento levou IRBR3 a um salto imediato de 9,70%, negociada a R$ 52,48 no início do pregão, reacendendo o interesse dos investidores na companhia na bolsa de valores brasileira.

O banco norte-americano destacou que, embora IRBR3 tenha avançado cerca de 13% no ano, o desempenho ainda segue abaixo do Ibovespa (BOV:IBOV), que sobe em torno de 31% no mesmo período, e do índice MSCI Brazil Financials, que acumula alta de 47% em reais. Para os analistas, o momento abre espaço para uma reavaliação do ativo, especialmente considerando o múltiplo de 5,5 vezes o P/L em caixa e a expectativa de crescimento do lucro (CAGR) de aproximadamente 16% entre 2025 e 2027.

Segundo o JPMorgan, o IRB Brasil (IRBR3) também apresenta valuation atrativo em termos de P/VPA, sendo negociado a 1,3 vez o valor patrimonial ajustado — número considerado baixo frente a um retorno sobre o patrimônio (RoTE) estimado entre 23% e 24%. O banco afirma ainda que a expansão dos prêmios emitidos, ponto sensível para investidores, deve mostrar recuperação mais consistente apenas em 2026 após uma base mais fraca prevista para o ano anterior.

Mesmo assim, o relatório afirma que o investidor não deve se preocupar excessivamente com o ritmo de emissão, já que os dividendos deverão ganhar protagonismo na tese de investimento a partir do próximo ano. A instituição projeta melhora no lucro em caixa distribuível, impulsionada pelo uso de créditos fiscais e pelo elevado índice de solvência, que deve encerrar 2025 acima de 260%.

“Acreditamos que o IRB poderá distribuir 50% dos lucros em 2026, 75% em 2027 e 90% em 2028, gerando dividendos com rendimentos de 8%, 13% e 18%, respectivamente. Por isso, elevamos nosso preço-alvo para o final de 2026 para R$ 64 por ação, refletindo principalmente dividendos maiores devido ao capital excedente e à realização dos créditos fiscais. O IRB é agora nossa ação preferida entre as seguradoras”, destacou o banco.

A reação do mercado foi imediata. Com o fluxo comprador alimentado pela nova recomendação, as ações da companhia passaram a figurar entre as maiores altas do dia na B3, refletindo o apetite por ativos ligados ao setor financeiro após semanas marcadas por volatilidade. Mesmo sem os dados de abertura, máxima e mínima do pregão, o forte avanço percentual mostra como o relatório serviu de gatilho para reposicionamento de carteiras.

O IRB Brasil RE atua no segmento de resseguros, oferecendo soluções em diversas linhas — de patrimonial a rural — e competindo diretamente com players globais relevantes. A companhia também é conhecida por sua representatividade histórica no mercado nacional e pelo intenso processo de reestruturação nos últimos anos, que agora começa a se refletir nos números e na percepção dos analistas.

A nova recomendação do JPMorgan reforça o olhar mais construtivo sobre a empresa e reacende discussões sobre dividendos, governança e valorização futura. Para o investidor interessado em acompanhar os próximos passos da companhia, a ADVFN oferece ferramentas completas de análise, cotações e gráficos em tempo real.

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