DI1F29 e DI1F33 seguem pressionados e podem buscar níveis mais baixos se compradores não reagirem. Repiques ainda são possíveis, mas exigem rompimentos importantes.
Os Juros Futuros iniciaram a manhã desta quarta‑feira (04/12) em queda, reforçando a tendência de baixa que domina o mercado desde meados de novembro. Por volta das 9h30, o DI futuro com vencimento em jan eiro de 2029 (BMF:DI1F29) era negociado a 12,655, enquanto que o contrato a vencer em janeiro de 2033 (BMF:DI1F33) marcava 13,01, ambos recuando em relação ao fechamento anterior. O movimento confirma a pressão vendedora que se intensificou nos últimos dias e coloca os contratos próximos de suportes relevantes no gráfico diário.
No caso do DI1F29, a tendência de baixa é clara. As médias móveis de 21 e 200 dias seguem alinhadas para baixo, e os candles recentes mostram perda de força compradora. Apesar de um leve repique no dia 3 de dezembro, o contrato não conseguiu romper resistências importantes, mantendo o viés negativo. O preço atual abaixo de 12,70 reforça a possibilidade de o mercado buscar níveis mais baixos ainda nesta semana.
O DI1F33 apresenta um comportamento semelhante. Embora o IFR esteja em região de sobrevenda e comece a apontar para cima, indicando possível repique, o contrato ainda não mostrou força suficiente para romper a região de 13,10, considerada o gatilho para uma recuperação mais consistente. Enquanto isso não ocorrer, o cenário predominante segue sendo de queda.
Os últimos candles formados nos dois contratos revelam um padrão de indecisão, com corpos pequenos e sombras longas, sugerindo que o mercado está tentando encontrar um ponto de equilíbrio. No entanto, a ausência de rompimentos altistas e a proximidade de suportes importantes indicam que a pressão vendedora ainda é dominante.
Para o DI1F29, o nível de 12,60 é considerado crítico. Se o contrato permanecer abaixo desse patamar, os próximos alvos naturais são 12,35 e 12,08, regiões que coincidem com suportes históricos e projeções de Fibonacci. Esses níveis podem ser testados ainda neste mês caso o fluxo vendedor continue intenso.
Já o DI1F33 enfrenta uma situação semelhante. A perda da região de 13,00 abre espaço para quedas até 12,83 e, em um cenário mais estendido, até 12,07. Esses níveis representam pontos de parada importantes para o mercado e podem atrair compradores caso o preço chegue até lá.
Apesar do cenário predominantemente negativo, há espaço para repiques no curto prazo. O IFR dos dois contratos sugere que o mercado pode estar próximo de um ponto de exaustão da queda. No entanto, para que esses repiques ganhem força, será necessário que o DI1F29 rompa a região de 12,75 e que o DI1F33 supere 13,10. Sem esses rompimentos, qualquer alta tende a ser limitada.
Para o restante do pregão desta quarta‑feira, compradores torcem por uma reversão intradiária que leve os contratos acima das resistências mencionadas. Isso poderia atrair novos players e gerar um movimento de correção mais amplo. Já os vendedores buscam a manutenção dos preços abaixo dos níveis atuais, o que abriria espaço para novas mínimas.
No curto prazo, o mercado segue mais favorável para quem opera na ponta vendedora. A tendência é clara, os indicadores confirmam o movimento e os candles recentes reforçam a dominância dos vendedores. No entanto, a proximidade de suportes importantes exige cautela, especialmente para quem busca entradas atrasadas.
Para o próximo pregão, a estratégia mais prudente para compradores é aguardar confirmações acima das resistências. Já os vendedores devem observar atentamente a região de 12,60 no DI1F29 e 13,00 no DI1F33, pois esses níveis podem definir o ritmo do mercado nos próximos dias.
No médio prazo, enquanto os contratos permanecerem abaixo das médias de 21 e 200 dias, o cenário estrutural continua negativo. A tendência de baixa só seria comprometida com rompimentos fortes acima de 12,95 no DI1F29 e 13,30 no DI1F33.
Com o mercado em um ponto decisivo, o pregão de hoje promete ser crucial para definir o tom das próximas semanas. Investidores devem acompanhar de perto o comportamento dos juros futuros, pois qualquer rompimento pode alterar significativamente o cenário técnico.