O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou na quarta-feira (17/12) que o leilão de títulos com vencimento em 19 anos e 11 meses, no montante de US$ 12,9 bilhões, registrou rendimento elevado de 4,798%, o maior patamar observado desde agosto. O resultado reforça a percepção de juros mais pressionados nos prazos longos da curva norte-americana, em um momento de atenção redobrada dos investidores à dinâmica fiscal e monetária do país.

A relação entre oferta e cobertura ficou em 2,67, acima dos 2,41 registrados em novembro. As propostas somaram US$ 34,6 bilhões para os US$ 12,9 bilhões ofertados, sinalizando demanda consistente pelos papéis. Os dealers primários responderam por US$ 1,6 bilhão em títulos aceitos, o equivalente a cerca de 12,5% do total. Já os licitantes diretos e indiretos ficaram com US$ 11,3 bilhões, ou 87,3% das ofertas aceitas, mantendo protagonismo no leilão.

No mercado secundário, por volta das 13h30, no horário do leste dos Estados Unidos, o rendimento de referência dos títulos com vencimento em 20 anos avançava 0,8 ponto base, alcançando 4,785%. O movimento indica ajuste fino dos preços após o leilão e mostra como os investidores seguem calibrando expectativas para os juros de longo prazo.

Do ponto de vista de mercado, rendimentos mais altos dos títulos do Tesouro norte-americano tendem a pressionar os mercados acionários globais, ao elevar o custo de oportunidade e reduzir a atratividade relativa de ativos de risco. No câmbio, esse cenário pode favorecer o dólar norte-americano frente a moedas de países emergentes, enquanto os mercados de títulos costumam refletir maior volatilidade, especialmente nos vencimentos mais longos.

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