WTI e Brent encerram o dia em baixa. Petrobras cai na B3 e ADRs acompanham movimento negativo em Nova York.

O mercado internacional de petróleo registrou uma sessão de forte pressão nesta quinta-feira, 11 de dezembro de 2025, com investidores reagindo a novas evidências de oferta abundante no curto prazo. Logo na abertura, o humor já era negativo, acompanhando os dados de estoques nos Estados Unidos e o enfraquecimento das expectativas de demanda. A combinação de receios macroeconômicos e fluxo vendedor consistente empurrou as cotações para baixo ao longo da tarde.

O Óleo Brent (CCOM:OILBRENT) operou em queda durante todo o dia e terminou a sessão cotado a US$ 61,45, após oscilar entre uma máxima de US$ 62,46 e mínima de US$ 60,64. O contrato perdeu US$ 0,95, recuando 1,52% em relação ao pregão anterior. Já o Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) acompanhou o movimento, fechando a US$ 57,77 depois de marcar máxima de US$ 58,80 e mínima de US$ 56,90, acumulando retração diária de 1,45%, equivalente a US$ 0,85.

No Brasil, as ações da Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) refletiram imediatamente o enfraquecimento das commodities. PETR3 caiu para 32,88, em baixa de 2,03%, enquanto PETR4 encerrou o dia a 31,26, recuando 2,13% e movimentando forte volume na bolsa de valores. Os ADRs negociados na NYSE também acompanharam o clima negativo: PBR fechou a US$ 12,19 (-0,33%) e PBR.A terminou a US$ 11,62 (-0,34%).

Entre outras produtoras brasileiras listadas na B3, o clima também foi de correção. A PRIO (BOV:PRIO3) recuou para 38,93 (-1,69%), enquanto Petroreconcavo (BOV:RECV3) caiu para 10,63 (-2,12%). A Brava Energia (BOV:BRAV3) também fechou no vermelho, cotada a 13,43, queda de 1,68%, embora PET Manguinhos (BOV:RPMG3) tenha sido uma das poucas exceções, avançando 0,47% para 2,15.

No exterior, as grandes petroleiras globais também registraram perdas, acompanhando o tombo das referências internacionais. ConocoPhillips (NYSE:COP) fechou em 96,71 (-0,09%), Chevron (NYSE:CVX) caiu para 150,85 (-0,37%), Exxon Mobil (NYSE:XOM) teve leve alta para 119,60 (+0,05%), enquanto a britânica BP (LSE:BP) caiu para 35,53 (-0,98%). A norueguesa Equinor ASA (TG:EQNR) recuou 1,04%, fechando a 22,76, enquanto a francesa TotalEnergies (EU:TTE) encerrou o dia praticamente estável, a 55,84 (+0,04%). A Shell (LSE:SHEL), por sua vez, teve ligeira correção para 72,86 (-0,03%).


Fatores que influenciaram os preços do petróleo

  • Oferta elevada: Novas projeções apontando estoques globais acima da média histórica mantiveram o mercado pressionado, ampliando a percepção de excesso de oferta no início de 2026.
  • Relatórios internacionais: Atualizações da Opep e da AIE revisaram ligeiramente para cima a demanda global, mas reforçaram a expectativa de um balanço ainda folgado entre oferta e consumo.
  • Dados dos EUA: Sinais de desaceleração econômica nos Estados Unidos, com pedidos de auxílio-desemprego acima do esperado e queda nas importações, reduziram o apetite por risco.
  • Ruídos geopolíticos: Tensões envolvendo Venezuela, Estados Unidos e ataques a petroleiros ligados ao comércio russo adicionaram volatilidade, mas não foram suficientes para sustentar os preços.
  • Petroleiros sem comprador: O monitoramento da Vortexa indicou mais de 1,4 bilhão de barris em trânsito sem comprador definido, 24% acima da média para o período, reforçando o quadro de excesso de oferta.

O desempenho desta quinta-feira mostra, mais uma vez, a sensibilidade do mercado brasileiro ao comportamento das commodities energéticas. Com Petrobras pesando significativamente sobre o Ibovespa, a dinâmica do petróleo segue sendo determinante para o humor dos investidores locais. Para acompanhar cotações, gráficos e variações em tempo real, consulte a Central de Commodities da ADVFN.


A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.