Petróleo recua nesta segunda-feira (08/12) e pressiona ações globais do setor de exploração

WTI fecha em leve alta e Brent encerra estável. Petrobras avança na B3 e ADRs sobem em Nova York nesta segunda-feira (08/12).

O mercado internacional de petróleo teve um pregão de movimentos mistos nesta segunda-feira (08/12), refletindo um cenário de incerteza global e ajustes técnicos após semanas de forte volatilidade. Enquanto o Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) registrou leve alta, o Óleo Brent (CCOM:OILBRENT) encerrou o dia estável, em um ambiente marcado por preocupações com oferta elevada e expectativas sobre decisões de política monetária nos Estados Unidos.

O WTI abriu o dia a US$ 58,715, tocou máxima de US$ 58,765 e mínima de US$ 58,715, encerrando cotado a US$ 58,755 — uma variação positiva de 0,04 ponto, equivalente a 0,07%. Já o Brent iniciou o pregão a US$ 62,29, oscilou entre US$ 62,51 e US$ 62,29, e fechou estável a US$ 62,40, sem variação percentual.

No Brasil, as ações da Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) acompanharam o tom positivo do setor e encerraram o dia em alta. PETR3 subiu 1,34%, fechando a R$ 33,28, enquanto PETR4 avançou 0,92%, encerrando a R$ 31,66. Na NYSE, os ADRs da estatal também tiveram desempenho favorável: PBR avançou 1,40%, fechando a US$ 12,30, e PBR.A subiu 1,83%, encerrando a US$ 11,6998.

Entre as demais empresas brasileiras ligadas à exploração e produção de petróleo, o pregão foi misto. A Prio (BOV:PRIO3) encerrou em leve alta de 0,23%, a R$ 39,35, enquanto a Petroreconcavo (BOV:RECV3) recuou 0,18%, fechando a R$ 10,83. Já a Brava Energia (BOV:BRAV3) avançou 0,59%, refletindo maior apetite por ativos de energia no mercado doméstico.

No exterior, o desempenho das grandes petroleiras listadas em Nova York foi predominantemente negativo. A ConocoPhillips (NYSE:COP) caiu 0,81%, fechando a US$ 92,93, enquanto a Chevron (NYSE:CVX) recuou 0,79%, a US$ 148,81. A Exxon Mobil (NYSE:XOM) também acompanhou o movimento, encerrando o dia em baixa de 0,29%, cotada a US$ 116,20.

Na Europa, o cenário foi semelhante. A britânica BP (LSE:BP) caiu 0,33%, fechando a 35,71 libras, enquanto sua listagem secundária (LSE:BP.) recuou 0,54%. A italiana ENI (BIT:E) teve queda mais acentuada, de 1,64%, fechando a 36,60 euros. Já a norueguesa Equinor (EU:EQNR) destoou do grupo e subiu 1,09%, encerrando a 23,24 euros. A francesa TotalEnergies (EU:TTE) fechou estável a 64,82 euros.

A Shell teve desempenho negativo tanto na listagem britânica quanto na americana. Em Londres, Shell (LSE:SHEL) caiu 0,36%, fechando a 2.750,00 libras, enquanto nos EUA Shell (NYSE:SHEL) recuou 0,36%, encerrando a US$ 72,75.

Principais fatores que influenciaram o mercado de petróleo hoje

• Oferta global elevada: O mercado segue pressionado por estoques robustos e produção acima do esperado em grandes regiões exportadoras.
• Incertezas geopolíticas: Tensões envolvendo Rússia e Ucrânia continuam adicionando volatilidade ao setor de energia.
• Expectativa pela decisão do Fed: A política monetária dos EUA influencia diretamente o dólar e, consequentemente, o preço das commodities.
• Opep+: A manutenção da política de oferta do grupo limitou movimentos de recuperação nos preços.

Desempenho das principais petroleiras mundiais

As grandes companhias globais de exploração e produção de petróleo encerraram o dia majoritariamente em queda, refletindo o humor cauteloso dos investidores. Exxon Mobil, Chevron, BP, ENI e Shell recuaram, enquanto Equinor foi uma das poucas exceções positivas no setor. O movimento reforça a sensibilidade das petroleiras às oscilações do barril e às expectativas macroeconômicas.

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O pregão desta segunda-feira mostrou que o setor de petróleo segue altamente dependente do equilíbrio entre oferta global, tensões geopolíticas e decisões de política monetária. No Brasil, Petrobras ajudou a sustentar o mercado, enquanto no exterior o dia foi de ajustes negativos para a maior parte das gigantes do setor. Para acompanhar cotações em tempo real e análises completas, acesse a Central de Commodities da ADVFN.