Companhia tem até 29 de maio de 2026 para adequar o preço mínimo das ações; papéis seguem negociados abaixo de R$ 1 desde outubro, acendendo alerta entre investidores da bolsa de valores.

A Raízen (BOV:RAIZ4) comunicou que a B3 solicitou a divulgação formal dos procedimentos e do cronograma para o reenquadramento de sua cotação ao valor mínimo exigido pela Bolsa de Balores (B3). As ações da companhia vêm sendo negociadas abaixo de R$ 1 desde 6 de outubro, condição que acende o alerta para classificação como penny stock e possíveis sanções regulatórias.

Pelas regras da B3, um papel passa a ser classificado como penny stock caso permaneça abaixo de R$ 1 por 30 pregões consecutivos. Empresas nessa condição podem ser excluídas de índices relevantes — inclusive o Ibovespa (BOV:IBOV) —, o que tende a reduzir visibilidade institucional e liquidez. Para uma companhia do porte da Raízen, maior produtora de etanol de cana do mundo, o tema ganha peso estratégico.

No comunicado enviado ao mercado, a empresa informou que “está avaliando as alternativas e adotará as medidas necessárias para promover tal reenquadramento dentro do prazo estipulado, levando em consideração a evolução da execução do seu plano de negócios”. Embora não tenha detalhado quais mecanismos serão utilizados, o mercado trabalha com a possibilidade de grupamento de ações, operação frequentemente usada para ajustar preços abaixo do piso mínimo.

Reação do mercado
Às 10h57 desta quarta-feira (10/12), a ação RAIZ4 era cotada a R$ 0,85, em queda de 1,16%. O papel abriu o pregão a R$ 0,85, registrou máxima de R$ 0,86 e mínima de R$ 0,81. O movimento evidencia volatilidade elevada, impulsionada pela incerteza sobre os próximos passos da empresa para atender às exigências da B3.

Sobre a Raízen
A Raízen atua como gigante integrada nos segmentos de bioenergia, etanol, açúcar, energia renovável e distribuição de combustíveis sob a marca Shell em diversos países. A companhia reúne operações industriais, logísticas e comerciais de grande escala, competindo com grupos como Vibra (BOV:VBBR3), Cosan (BOV:CSAN3) e outras empresas do setor sucroenergético.

 

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