O Banco do Japão avançou mais um passo em direção à normalização de sua política monetária. Na sexta-feira (19/12), a autoridade monetária decidiu elevar a taxa de juros em 25 pontos-base, movimento que marca a continuidade do processo de retirada gradual dos estímulos adotados ao longo dos últimos anos.

Após a decisão, o governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, afirmou que novas elevações nos juros podem ocorrer, desde que as projeções econômicas atuais se confirmem ao longo do tempo. Segundo ele, o ritmo desse ajuste seguirá condicionado à evolução dos principais indicadores macroeconômicos.

“Quanto ao ritmo de ajuste do nosso apoio monetário, isso dependerá da evolução econômica, de preços e financeira do momento. Atualizaremos em cada reunião nossas perspectivas sobre a economia, a inflação, os riscos e a probabilidade de atingirmos nossas previsões, e tomaremos a decisão apropriada”, declarou Ueda em coletiva de imprensa.

O governador também destacou que a economia japonesa apresenta sinais de recuperação moderada, embora ainda enfrente fragilidades em alguns setores. De acordo com Ueda, a política monetária expansionista seguirá desempenhando papel relevante no suporte à atividade econômica durante esse período de transição.

Além disso, Ueda enfatizou que o banco central continuará avaliando cuidadosamente o comportamento da inflação e das condições financeiras globais, fatores considerados essenciais para definir os próximos passos da política monetária no Japão.

Possíveis impactos nos mercados financeiros.

A decisão do Banco do Japão tende a influenciar diretamente o mercado de ações, o câmbio e os títulos japoneses. Juros mais elevados costumam pressionar ativos de risco, ao mesmo tempo em que fortalecem a moeda local e ajustam a curva de rendimentos dos títulos públicos. Esse movimento também pode gerar reflexos em outros mercados globais, dada a relevância do Japão no sistema financeiro internacional.

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