• A Ambev (BOV:ABEV3) divulgou hoje pela manhã o resultado de
suas operações anuais. Em 2016, a companhia viu seu lucro líquido
ajustado cair 9,7%, para R$ 11,94 bilhões, com queda nos lucros
antes de juros, impostos, depreciação e amortização, maiores
despesas financeiras com proteções cambiais e despesa adicional sem
efeito caixa referente à opção de venda associada ao seu
investimento na República Dominicana. A queda no resultado foi
parcialmente compensada por uma alíquota efetiva de imposto de
renda mais baixa. O lucro por ação ajustado no ano foi R$ 0,75.
• O Banco do Brasil (BOV:BBAS3) informou, em complemento ao
aviso aos acionistas do dia 16 de fevereiro, que o valor do JCP
(Juros sobre o capital próprio) complementar referente ao 4º
trimestre de 2016 atualizado pela taxa Selic até 1 de março é de R$
0,02582623119 por ação.
• O banco Daycoval informou que a BM&FBovespa (BOV:BVMF3)
procedeu com o cancelamento de sua listagem como emissor de valores
mobiliários.
• A Justiça dos Estados Unidos homologou o acordo firmado em
dezembro entre a Braskem (BOV:BRKM5) e a Securities and Exchange
Commission (SEC). A companhia brasileira se comprometeu a pagar a
quantia de US$ 957 milhões para autoridades no Brasil e no exterior
dentro de um acordo global de leniência também firmado com o
Departamento de Justiça dos EUA e a Procuradoria Geral da Suíça. A
multa decorre de processos movidos a partir de investigações de
suspeitas de atos de corrupção praticados pela empresa, no âmbito
da Operação Lava Jato.
A sentença proferida pelo juiz John D. Bates, do Distrito de
Columbia, aponta que os pagamentos da Braskem à SEC devem ser
feitos da seguinte forma: US$ 65 milhões até 60 dias após a
homologação, assinada em dia 28 de fevereiro, e US$ 260 milhões até
o dia 30 de janeiro de 2018 – em um total de US$ 325 milhões
destinados ao órgão de controle do sistema financeiro dos Estados
Unidos.
No dia 21 de dezembro, o Departamento de Justiça informou que a
Braskem e a sua controladora, a Odebrecht, declararam-se culpados
de ter participado de esquemas que pagaram “centenas de milhões de
dólares em propinas para autoridades de governos pelo mundo”.
“Odebrecht e Braskem empregaram uma unidade escondida, mas
totalmente operacional, da Odebrecht – ‘Departamento de Propinas’
por assim dizer – que sistematicamente pagou centenas de milhões de
dólares para autoridades governamentais corruptas em países de três
continentes”, afirmou na ocasião Sung-Hee Suh, procuradora-geral
assistente da Divisão Criminal do Departamento de Justiça.
Através de um fato relevante enviado à Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) em dezembro, a Braskem destacou que pagará a
autoridades competentes, no Brasil e no exterior, o valor total
aproximado de US$ 957 milhões, que naquela época estavam próximos a
R$ 3,1 bilhões.
• A rede varejista Fnac procura um parceiro para suas operações
no Brasil após a companhia afirmar que estuda deixar o mercado
nacional.
• Ontem, o Departamento de Comércio dos EUA afirmou que as
importações de vergalhões de aço de origem de Japão, Taiwan e
Turquia estão sendo despejadas no mercado norte-americano abaixo do
valor justo. Como consequência, o órgão definiu taxas preliminares
antidumping de 209,46 por cento para os exportadores japoneses,
incluindo Jonan Steel e Kyoei Steel. Também fixou taxas que variam
até 29,47 por cento para os exportadores taiwaneses a até 7,07 por
cento para os produtores turcos.
A determinação preliminar segue uma petição para uma
investigação por uma coalizão de empresas do setor de vergalhão dos
EUA, incluindo Commercial Metals, Gerdau Ameristeel (da Gerdau),
Nucor e Steel Dynamic. A barra de reforço de concreto de aço, ou
vergalhão, é usada na construção para ajudar a fortalecer
estruturas e diminuir o impacto de fatores como tensão e
temperatura. As importações de vergalhão pelo EUA em 2015 foram
avaliadas em 108,69 milhões de dólares do Japão, 17,57 milhões de
dólares de Taiwan e 674,4 milhões de dólares da Turquia, de acordo
com o departamento.
De acordo com o BTG Pactual, embora a notícia seja marginalmente
decepcionante para a Gerdau (BOV:GGBR4) ara a Gerdau seja revertida
nos EUA. O BTG segue com recomendação de compra para as ações da
companhia.
• A Lupatech (BOV:LUPA3) convocou AGE (Assembleia Geral
Extraordinária) para o próximo dia 3 de abril, às 11h (horário de
Brasília), para tratar de alteração no estatuto social da
companhia.
Entre os assuntos a serem tratados estão: i) aprovar aumento do
limite do capital autorizado em 60 milhões de ações ON; ii)provar a
dispensa da aplicação da cláusula de proteção da dispersão da base
acionária (poison pill), prevista no artigo 49 do Estatuto Social,
exclusivamente no caso de eventuais novos investidores ou atuais
acionistas da companhia atingirem participação igual ou superior a
30% do capital social mediante subscrição de ações ON no âmbito do
próximo aumento de capital a ser realizado, seja por meio de uma
oferta pública subsequente de ações (Follow On) ou de uma oferta
privada e iii) aprovar a alteração dos artigos 4º, caput e 5º,
parágrafo primeiro do Estatuto Social para refletir a inclusão das
atividades de escritório e corporativo no escopo do objeto social
da companhia, e atualização da quantidade de ações do capital
autorizado.
• A rede de notícias Reuters afirma que a canadense Brookfield
estaria próxima de adquirir uma participação de até 30% na Renova
(BOV:RNWE11), com a injeção adicional de R$ 800 milhões na
companhia.
• As ações da rede social Snapchat foram precificadas em US$
17,00, avaliando a companhia em US$ 23,8 bilhões. A demanda pela
ações da companhia ficou acima da expectativa do mercado,
levantando US$ 3,4 bilhões com a oferta pública inicial.
• De acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, a Suzano
(BOV:SUZB5) contratou JPMorgan, Santander, BofAML, Bradesco BBI,
Itaú BBA e Morgan Stanley para coordenarem um roadshow com
investidores de renda fixa nos EUA e Europa de 6 a 8 de março. A
captação benchmark em dólar com título sênior não garantido de 30
anos pode ocorrer após roadshow e está sujeita às condições de
mercado.
Bolsas mundiais
Após a forte alta da véspera e depois do Dow Jones superar os 21
mil pontos digerindo o discurso do presidente dos EUA Donald Trump,
as bolsas mundiais registram uma sessão de maior cautela. Já o
dólar sobe contra maioria dos pares e o rendimento dos treasuries e
de títulos europeus avançam após mais um dirigente do Federal
Reserve sinalizar que juro pode subir no próximo encontro do Fomc.
“Assumindo um progresso continuado, será apropriado remover logo a
acomodação adicional, continuando em uma trajetória gradual”, disse
a integrante do Fed Lael Brainard em texto de discurso nesta quarta
na Universidade Harvard.
A fala de Lael corrobora outras sinalizações recentes de membros
do FOMC, que levaram mercado a aumentar apostas em alta em março,
com probabilidade de cerca de dois terços de elevação.
Na Europa, merece destaque a notícia de que a Câmara dos Lordes
do parlamento britânico impôs uma derrota ao plano do governo de
Theresa May para o “Brexit”. A mudança exige que o governo publique
propostas sobre como proteger os cidadãos da UE que atualmente
moram no Reino Unido – incluindo seus direitos de residência –
dentro de três meses do início do processo de saída definido pelo
Artigo 50 do Tratado de Lisboa. A derrota desta quarta-feira foi
orquestrada pelos partidos opositores Liberal Democrata e
Trabalhista.
Enquanto isso, os mercados acionários da China caíram nesta
quinta-feira, com os compradores recuando diante da especulação de
uma possível alta dos juros pelo Fed e das preocupações de que a
liquidez pode diminuir com as medidas de Pequim contra a
alavancagem. Se os EUA elevarem novamente os juros neste mês, isso
pode desencadear novas saídas de capital e prejudicar a liquidez
doméstica, que já está sob pressão pela campanha de
“desalavancagem” de Pequim, disse o estrategista da Haiyuan
Securities Yang Hai, para a Reuters.
No mercado de commodities, o minério de ferro sobe em Dalian com
cidade chinesa fechando usinas; já o petróleo tem 3ª baixa após
estoques americanos atingirem recorde de alta, ameaçando esforço da
Opep para reduzir oferta global.
Desempenho dos principais índices:
Ibovespa (Brasil) -0,69%
Dow
Jones (Estados Unidos) -0,04%
Nasdaq
Composite (Estados Unidos) -0,19%
Sse
Composite Index (China) -0,52%
FTSE
100 (Reino Unido) +0,05%
DAX
Index (Alemanha) -0,01%
Cac
40 (Reino Unido) +0,2%
Nikkei
225 (Japão) +0,88%
Commodities
Ouro -0,88%
Prata -0,60%
Cobre -0,71%
Petróleo -1,04%
Petróleo
Brent Crude -1,10%
Minério de ferro -0,51%
Noticiário político
O destaque do noticiário político fica com o depoimento de Marcelo
Odebrecht, ex-presidente do grupo que leva seu sobrenome, e que foi
concedido na última quarta-feira ao TSE. O empresário confirmou o
pagamento do publicitário João Santana, responsável pela campanha
de Dilma Rousseff à presidência em 2014, com recursos de caixa dois
acertados com o então ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ao final
de seu depoimento, Marcelo Odebrecht afirmou que não tinha como
dizer “com certeza” se Dilma e Temer sabiam das negociações e de
“qualquer ilicitude nas doações”.
Ainda sobre a Odebrecht, o jornal O Globo informa que o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, trabalha para
apresentar na próxima semana os primeiros pedidos de abertura de
inquérito com base nas delações de executivos da Odebrecht. Pelo
menos 30 pedidos contra ministros, senadores e deputados já
estariam prontos para serem apresentados ao STF. Os procuradores
também finalizam pedidos de inquéritos a serem apresentados ao
Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra governadores suspeitos de
receberem propina para facilitar a concessão de contratos da
Odebrecht, diz o jornal.
Por fim, diversos jornais informam que o senador Aloysio Nunes
(PSDB-SP) está perto de se tornar ministro das Relações Exteriores,
em substituição a José Serra, que pediu demissão do cargo em
fevereiro. Segundo a agência Reuters, Temer deve indicá-lo ainda
esta semana.
Agenda de indicadores
Além da ata do Copom e do PMI industrial, os investidores se
atentam aos dados do fluxo cambial semanal, divulgado às 12h30. No
exterior, os investidores monitoram os pedidos de
auxílio-desemprego nos EUA em fevereiro, às 10h30, e o discurso de
Loretta Mester, presidente do Fed de Cleveland, às 21h. Mais tarde
saem os PMIs de Serviços e Composto da China, às 22h45.