Presidente da Alpargatas vê retomada do consumo
14 Setembro 2017 - 11:33AM
ADVFN News
Uma recuperação do emprego e da renda
disponível das famílias, além da queda da taxa de juros, são vistos
pelo presidente da Alpargatas (BOV:ALPA4), Márcio
Utsch, como passo para uma retomada consistente do consumo. Durante
a premiação Empresas Mais, do Grupo Estado, o
executivo destacou que esses fatores devem contribuir para as
vendas da companhia tanto em produtos mais caros como nos de preço
mais elevado.
A calçadista fabricante das sandálias Havaianas
considera que o crescimento de renda favorece esse produto,
tipicamente de tíquete médio menor. Já os calçados esportivos da
marca Mizuno são favorecidos pela maior oferta de crédito a juro
menor.
“Já começou a melhorar, nos últimos meses as vendas apontam para
uma escalada, estamos subindo os degraus”, disse Utsch nesta
quinta-feira, 14. Para o executivo, no entanto, ainda há uma
dificuldade de se desprender o curso da economia da crise política.
“Ainda dependemos de uma separação clara do que é político. O
problema ético tem que ser separado”, comentou.
Já o presidente da Suzano, Walter Schalka,
avalia que há uma “ligeira retomada” da demanda doméstica
brasileira. Durante a premiação, o executivo considerou, no
entanto, que ainda não é possível saber o quão sustentável pode ser
essa recuperação.
“Vejo uma evolução na economia como um todo, mas isso não é
sustentável se as reformas necessárias não forem feitas, sobretudo
a da Previdência, mas também a tributária e a reforma política”,
concluiu.
O presidente da Guararapes, controladora da
Riachuelo, Flávio Rocha, também participa da premiação do Grupo
Estado. O executivo acredita que as empresas de varejo que passaram
pela crise vão ganhar espaço no mercado pela frente.
Rocha afirmou que “os sobreviventes da crise vão ocupar o espaço
da carnificina”. Ao longo de 2015 e 2016, pequenos varejistas
fecharam as portas e a expectativa é de uma consolidação desse
mercado nas mãos de redes maiores.
Rocha ainda afirmou que a expectativa do Instituto para
Desenvolvimento do Varejo (IDV), do qual ele faz
parte, é de que o varejo cresça em um ritmo de um dígito alto já
nos meses finais deste ano, na comparação com os mesmos meses do
ano passado. A partir de outubro, o crescimento já poderia chegar a
uma ordem de 6% a 7% no varejo como um todo na comparação anual,
diz. A expectativa é positiva sobretudo para as vendas de Black
Friday e Natal, afirmou. O desempenho em 2016
nessas datas foi mais fraco e a base de comparação, portanto, é
melhor.
Fonte: Estadão.
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