Eneva disputará leilão de energia A-6 com cerca de 500 MW em projetos termelétricos
09 Agosto 2018 - 03:47PM
ADVFN News
A elétrica Eneva (BOV:ENEV3) participará do
leilão de energia A-6 agendado pelo governo federal para 31 de
agosto com dois projetos termelétricos que somam capacidade de
cerca de 500 megawatts, disse nesta quinta-feira o presidente da
companhia, Pedro Zinner, em teleconferência com acionistas e
analistas.
O leilão contratará empreendimentos para início de operação a
partir de 2024 e os vencedores assinarão contratos de longo prazo
para a venda da produção futura às distribuidoras de energia.
Segundo Zinner, a Eneva quer viabilizar no certame a construção
da termelétrica de Azulão, com cerca de 100 megawatts em
capacidade, em um campo de gás adquirido recentemente junto à
Petrobras, assim como o chamado “fechamento de ciclo” de sua
termelétrica Parnaíba I, já em operação, que ampliaria a potência
instalada em cerca de 380 megawatts. “Esses são os dois
grandes projetos de potencial de crescimento orgânico da
companhia”, disse o executivo.
Ele afirmou ainda que o fato de os projetos da Eneva serem de
menor porte em relação a outras termelétricas pode facilitar a
vitória na concorrência, que acontecerá em meio a um cenário de
baixa demanda das distribuidoras por energia devido à crise do
país. “Os projetos, pela capacidade menor, podem vir a ter uma
competitividade maior nesse leilão”, explicou.
O presidente da Eneva também disse que a construção da usina de
Azulão replicaria na bacia do Amazonas, a cerca de 290 km a leste
de Manaus, um modelo de implementação de geração térmica “na boca
do poço” de reservatórios de gás que a empresa já aplicou com
sucesso na bacia do Parnaíba, no Maranhão.
Já o fechamento de ciclo na térmica Parnaíba I, que hoje tem 676
megawatts e poderia receber turbinas adicionais a vapor, foi
colocado pelo executivo também como um projeto com grandes chances
de vitória no leilão devido a seus baixos custos. “O
fechamento do ciclo é um projeto extremamente eficiente e rentável
para a companhia”, disse.
A Eneva ainda está aberta a avaliar possíveis aquisições,
segundo o executivo, embora não exista uma meta nesse sentido.
A companhia, que opera 2,2 gigawatts em termelétricas a gás e
carvão e tem campos de exploração de gás, fechou o segundo
trimestre com resultado líquido de 206 milhões de reais, contra
prejuízo de 49,5 milhões de reais. O lucro líquido ajustado foi de
20,3 milhões de reais, ante perda de 38,3 milhões no mesmo período
do ano anterior. A Eneva tem como principais acionistas o
banco BTG Pactual, a empresa de investimentos Cambuhy, a alemã
Uniper e o Itaú Unibanco.
Por Reuters
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