Com B2W diversificando formas de entrega, BTG mantém recomendação de compra
08 Julho 2019 - 2:57PM
ADVFN News
Investing.com – O BTG
Pactual manteve a recomendação de compra para as
ações da B2W (BOV:BTOW3) em R$ 57,00, em
relatório enviado a clientes na manhã desta segunda-feira. Para a
equipe do banco, a disponibilidade de soluções para facilitar a
entrega de mercadorias, assim como o pagamento das compras, deve
fortalecer o desempenho da companhia.
O banco ressalta que, desde 2017, a companhia mostra uma
migração de sua operação para uma estrutura mais centrada no
mercado, ao mesmo tempo que reforça sua rede de atendimento para
aumentar o número de vendedores e GMV no segmento 3P.
Os analistas destacam que o curto prazo não oferece um gatilho,
devido as perspectivas de crescimento mais fracas. No entanto, por
conta do foco dos níveis de serviço e do tráfego e variedades em
seus sites, a equipe ainda vê a B2W como uma potencial vencedora no
segmento de e-commerce.
Na visão do BTG, o segmento deve apresentar um crescimento de
três vezes nos próximos anos. Dessa forma, a maior penetração do
negócio 3P deve garantir melhores margens e um fluxo de caixa mais
saudável.
Outro ponto é que o recente desempenho das ações da B2W, queda
de 14% em um ano, os papéis devem se beneficiar da recuperação da
economia do país.
Soluções de entregas
Na semana passada, a B2W realizou evento o lançamento da
plataforma Voe, sendo um ponto importante para sua entrada no
universo O2O (on-line to off-line). Com isso, a B2W espera
construir uma rede com terceiros para completar sua rede B2W
Entregas. Assim, os parceiros podem ser contratados por meio de um
aplicativo, permitindo os consumidores soluções para compra e
recebimento rápido das compras.
O BTG destaca que pelo menos metade das lojas que vendem por
meio da B2W possuem pelo menos uma loja física, o que implica em
uma rede adicional de 12,5 mil lojas para o negócio de 3P, além da
base de lojas da Lojas Americanas.
Drones
Na semana passada, a varejista online revelou que está testando
o uso de drones para transportar mercadorias de seus centros de
distribuição para as lojas, em um esforço para ganhar eficiência e
superar os desafios logísticos do país.
O movimento torna a B2W a primeira varejista local a introduzir
drones em sua cadeia logística e sucede tentativa similar no início
do ano da startup de entregas alimentícias iFood.
Embora o uso de drones já seja uma realidade em países
desenvolvidos como os Estados Unidos, com empresas como a gigante
de comércio eletrônico Amazon.com na vanguarda, a tecnologia
ainda depende de regulamentação no Brasil.
“Estamos trabalhando muito próximo da agência reguladora, a
Anac, para ajudar a escrever essa regulamentação no Brasil…
Esperamos começar a transportar mercadorias com drones do centro de
distribuição ou hubs para as lojas até janeiro de 2021”, disse à
Reuters o diretor financeiro e de relações com investidores da B2W,
Fábio Abrate, na última quinta-feira.