Teles avançam após Senado aprovar projeto que altera o marco regulatório do setor
12 Setembro 2019 - 12:37PM
ADVFN News
Investing.com – Na manhã desta quinta-feira (12),
as ações das companhias de telecomunicações são negociadas com
valorização na bolsa paulista, após o Senado aprovar, na noite de
ontem, o projeto de lei que reforma o marco legal do setor no país,
o PLC 79.
Desta forma, por volta das 11h00, as ações da Oi
(BOV:OIBR3) avançavam 0,83% a R$ 1,23, com as da
Vivo (BOV:VIVT4) subindo 0,79% a R$ 53,82 e as da
TIM (BOV:TIMP3) ganhando 2,28%, a R$
12,12.
O plenário do Senado aprovou na noite de terça-feira o projeto
que era bastante aguardado pelo setor, e a matéria foi encaminhada
para a sanção presidencial, informou a Agência Senado.
A indústria de telecomunicações defende há anos mudanças nas
regras do setor permitidas pelo texto, como a possibilidade de
incorporação de ativos da União pelas operadoras mediante
compromissos de investimento em infraestrutura e a criação de um
mercado secundário de frequências de telefonia móvel.
O projeto aprovado também permite a migração das atuais
concessões para o regime de autorização, em troca de investimentos
das empresas na expansão da banda larga, segundo a agência.
Analistas do Itaú BBA estimam que a aprovação final do projeto
de lei adicionaria R$ 2,4 ao valor justo das ações da Telefônica
Brasil e R$ 0,5 ao valor das ações da Oi.
A aprovação do projeto no plenário ocorreu no mesmo dia em que a
matéria passou pela Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) da Casa.
Segundo a Agência Senado, a aprovação foi fruto de um acordo
firmado depois que o líder do governo, Fernando Bezerra Coelho
(MDB-PE), antecipou a elaboração de políticas públicas para
orientar a aplicação dos recursos com prioridade nas regiões Norte
e Nordeste.
O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço
Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) comemorou a aprovação da
medida e disse que aguarda a sanção do presidente Jair
Bolsonaro.
“Trata-se de uma evolução que trará efeitos positivos para os
investimentos na evolução digital, impulsionando a produtividade e
competitividade em todos os segmentos da economia brasileira e a
geração de emprego e renda”, disse o sindicato em nota.
Na votação no Senado, parlamentares de oposição criticaram a
medida.
“Estamos entregando concessões públicas gratuitamente para o
setor privado. O não aperfeiçoamento da matéria, pela pressa que o
governo tem para votar, na prática faz a doação de bens públicos
sem contrapartida nenhuma”, disse o senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), de acordo com a Agência Senado.
*Com Reuters
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