Investing.com – O BTG Pactual informou nesta segunda-feira (7) a retomada da cobertura das ações da BR Properties (BOV:BRPR3), com recomendação de compra e preço-alvo em R$ 15,00, e da São Carlos, com recomendação neutra e preço-alvo em R$ 42,00. O banco retorna com a cobertura devido a uma visão positiva para as companhias imobiliárias com foto em escritórios corporativos.

Em relatório enviado a clientes nesta segunda-feira, os analistas mostram uma visão positiva do setor, pois acreditam que as avaliações de ações são atraentes (ambas as ações a 13x P/FFO 2021E) e os escritórios corporativos estão prontos para ver os suculentos spreads de leasing pela frente (recuperação econômica + dinâmica favorável de oferta/demanda).

Apesar de uma visão positiva de ambas as empresas, os analistas mostram uma preferência relativa pela BR Properties, atribuindo um rating neutro a São Carlos (BOV:SCAR3), apesar de encontrar um grande ponto positivo.

São Paulo em alta

O relatório aponta que o mercado teve uma oferta excessiva de escritórios entre 2012 e 2015, com a economia fraca não tendo condições de absorver toda a área entregue. Para o banco, a incompatibilidade estava destinada a produzir o seguinte resultado: as taxas de vacância dispararam e os preços dos aluguéis caíram. Mas agora eles começam a ver uma boa recuperação do mercado em São Paulo (a taxa de vacância nas áreas mais premium volta a um dígito e os spreads de leasing nas renovações estão acima de 10%). No Rio, o cenário é mais desafiador, pois a vaga ainda está acima de 20%, o que significa que é preciso de pelo menos mais dois (fortes) anos para absorver a área vaga.

Múltiplos atraentes

A equipe do BTG acredita que as ações estão sendo negociadas a múltiplos de curto prazo (múltiplos de P/FFO 2019E de76x para BRPR e 26x para SCAR). Entretanto, assumindo um cenário de normalização, vemos a BR Properties sendo negociada a 13x P/FFO ‘21E e 12x EV/Ebitda 21E, enquanto São Carlos negocia em 13x e 11x. Mais importante, na métrica de avaliação favorita do BTG (TIR real para patrimônio líquido), que inclui todos os desenvolvimentos e potencial de crescimento, produz TIRs reais de 7,4% para a BRPR e de 7,8% para a SCAR.