Bradesco BBI sugere compra em Duratex (DTEX3) com Upside de 53,34%; Papéis sobem
16 Abril 2020 - 4:00PM
ADVFN News
Duratex, uma das maiores indústrias
brasileiras de pisos laminados, louças e metais sanitários,
revestimentos cerâmicos e produtos para aquecimento de água (marca
Hydra), teve seu preço-alvo reavaliado pelo Bradesco BBI e ajustado
para realidade de 2020 e 2021.
Como as ações da Duratex (BOV:DTEX3) despencaram 45% em 2020,
acima da média de 30% da queda do Ibovespa, o BBI avalia que agora
é um momento bom de entrada.
O papel opera em alta de 1,9% hoje (16h00), oscilando entre R$
9,11 e R$ 9,45.
Com o cenário sombrio que se abateu sobre a economia
brasileira com a epidemia do coronavírus, as projeções mudaram, mas
a Duratex continua avaliada como outperform – acima da média de
mercado – pelo banco.
O segundo trimestre deste ano deve assistir a uma queda
dramática nos volumes de vendas ao redor de vários segmentos, e
nossa expectativa de uma recessão com curva em U implica em
resultados fracos durante 2020, mas com uma forte recuperação
começando no quarto trimestre”, avalia o BBI.
O novo preço-alvo de R$ 14,00 para a ação em 2020 ainda
oferece um ‘upside’ de 53,34%.
Recomendação da Ágora Corretora
A Ágora continua recomendando a compra das ações da Duratex,
com preço alvo de R$ 14, potencial de valorização de 50% em
comparação ao fechamento desta quinta, a R$ 9,30. Mas a tão
esperada recuperação da empresa foi mais uma vez adiada, o que os
fez reduzir as estimativas de Ebitda em 45/25% para 2020 e
2021.
“Também vemos assimetria na proposta de risco/retorno das
ações. Em um caso pessimista, vemos potencial de queda das ações da
ordem de 25% e, em nosso caso otimista, cerca de 90% de potencial
de valorização”, informaram os analistas da corretora.
Resultados trimestrais
A empresa vai divulgar os resultados do 1T20 no dia 06 de maio
e tenta reverter a queda do lucro líquido de 6% para R$ 405,7
milhões e lucro líquido recorrente de R$ 275 milhões.
No trimestre (4T19), o Ebitda ajustado e recorrente foi de R$
278,3 milhões, crescimento de 17,5% na comparação com o mesmo
período do ano anterior, justificado pelo diferencial do resultado
advindo da aquisição da Cecrisa S.A, que passou a compor o
resultado a partir do 4º trimestre, melhora dos ganhos em
eficiência operacional das outras unidades e da bem-sucedida
implementação de aumento de preços da Divisão Deca.
No ano, a geração de caixa da companhia foi de R$ 459,7 milhões,
181% maior do que o gerado em 2018. Esse valor exclui os dispêndios
com o projeto de expansão da Ceusa, a aquisição da Cecrisa e os
recebimentos referentes às vendas de ativos florestais realizada no
período.
A melhora na gestão de capital de giro, principalmente na
negociação de prazo com fornecedores e clientes, levou a companhia
a gerar R$ 360,0 milhões no quarto trimestre, 462,7% acima do
realizado no mesmo período de 2018, desconsiderando os ganhos
extraordinários com a venda de ativos florestais, bem como os
gastos não recorrentes vinculados à aquisição da Cecrisa S.A