Tenda (TEND3) fecha estável após prévia de vendas decepcionar analistas; Papel tem Upside de 75%
16 Abril 2020 - 5:59PM
ADVFN News
A Construtora Tenda divulgou prévia do
primeiro trimestre de 2020 e informou que realizou vendas líquidas
de R$ 439,7 milhões no período, um aumento de 8% sobre igual
trimestre do ano passado. Embora já esperassem por um resultado
mais fraco, a prévia decepcionou os analista do banco Credit
Suisse.
As ações (BOV:TEND3) fecharam o dia praticamente estável
(+0,5%) sendo cotada a R$ 22,29. No ano, a empresa tem forte
desvalorização de 27,39%.
Com o foco em empreendimentos populares do programa Minha
Casa, Minha Vida (MCMV), a Tenda realizou apenas quatro lançamentos
no período, sendo dois na Região Metropolitana de São Paulo, com
Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 165,6 milhões, uma queda de 57,1%
sobre o primeiro trimestre de 2019. A
Tenda informou que entregou 1.856 unidades no primeiro
trimestre, um crescimento de 20,8% sobre igual período de
2019.
“Na nossa visão, a combinação entre sazonalidade e impactos da
covid-19 foi o principal fator da queda acentuada no número de
lançamentos”, afirmou o banco.
“Acreditamos que a expectativa anterior de crescimento em
10-15% está fora da jogada, dado que as incertezas na demanda
continuam forçando a companhia a adiar a apresentação de mais
empreendimentos”.
Segundo a construtora, o banco de terrenos atingiu R$ 10,56
bilhões em VGV no primeiro trimestre de 2020, uma expansão de 12,1%
sobre igual período de 2019. A Tenda comentou que os lançamentos
foram diretamente impactos pela epidemia do Covid-19,
principalmente em março.
Os estandes de vendas foram completamente fechados e os
corretores passaram a trabalhar em home office, mas as obras
continuaram na maioria das cidades.
“O principal desafio a superar no processo de vendas tem sido
na atração de novos interessados (leads), o que pode comprometer o
volume de vendas”, comentou a empresa. A Tenda também afirmou que o
fechamento dos cartórios e dos serviços municipais em várias
cidades, por causa da epidemia, atrapalhou os lançamentos, cuja
maioria estava concentrada para acontecer no final de março.
Segundo a empresa, o fato de dois dos quatro lançamentos terem
sido feitos na região metropolitana de capital paulista, aumentou
tanto o preço médio dos apartamentos como alavancou as vendas
brutas, que avançaram 22,1% sobre o primeiro trimestre de 2019,
para R$ 540,9 milhões. Os distratos avançaram 180,9% sobre o
primeiro trimestre de 2019, para R$ 101 milhões no primeiro
trimestre deste ano, saltando de 8,1% sobre as vendas brutas, no
primeiro trimestre de 2019, para 18,7% no primeiro trimestre deste
ano.
Recomendação do Credit Suisse JP Morgan
Apesar do baixo desempenho nos primeiros meses do ano,
a Tenda concentra uma boa posição de caixa e pouco risco de
liquidez.
“Olhando para frente, a companhia deve adotar uma postura de
espera, adiando lançamentos e tentando levantar os processos de
vendas online”, conclui o Credit.
A recomendação para o papel é neutra, com preço-alvo em 12
meses de R$ 39. Considerando o último fechamento, o papel tem
potencial de Upside de 75,91%.
O banco JP Morgan elevou a recomendação para Overweight, com
preço-alvo em R$ 32,00 e potencial de Upside de 44,34%.
TENDA ON (BOV:TEND3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
TENDA ON (BOV:TEND3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024