A Companhia Siderúrgica Nacional (BOV:CSNA3) vai decidir pela parada ou continuidade do alto-forno 2 da usina de Volta Redonda (RJ) em até duas semanas. O presidente da siderúrgica, Benjamin Steinbruch, disse na sexta-feira que avalia os impactos sociais da medida e a estratégica de exportação

“Do ponto de vista estratégico faz todo sentido manter a operação, porque se aumentarmos as exportações temos que alocar grande parte da produção do alto-forno 2 para o mercado externo. E se formos bem sucedidos com o aumento de destinos, faz sentido trabalhar com todas as linhas”, disse Steinbruch.
A decisão está sendo adiada por uma questão social, já que uma possível parada pode acarretar em demissões.
“Não paramos o alto-forno 2 para que a companhia não contribua com a crise ou com o agravamento da situação social. Essa discussão vai ser feita em duas semanas no máximo e tomaremos a decisão. A parte técnica toda esta programada. Se decidirmos pela parada vamos fazer com a maior tranquilidade e segurança técnica, seria a terceira vez que paramos esse equipamento”, disse.
A parada pode acarretar na diminuição de custos, já que o alto-forno 2 tem um custo de produção até 10% superior ao do alto-forno 3, que passou por uma reforma em 2019.
Também, o estoque que a companhia já possui poderia ser vendido no mercado interno esse ano. “Do ponto de vista racional, faz todo sentido essa parada do alto-forno 2.”
Na sexta, em teleconferência, a empresa acenou com possível alta de até 12% nos preços do aço em junho. Para melhorar as margens, além da redução de custos, a CSN deve reajustar os preços da tonelada de aço. O diretor-executivo da empresa, Luis Fernando Martinez, disse que o compromisso da companhia é com a recuperação de margem. Segundo ele, com a taxa de câmbio nesse patamar o prêmio do produto importado e internalizado está de 12% a 15% negativo.

Resultado 1T20

No primeiro trimestre, a CSN teve prejuízo de R$ 1,3 bilhão, revertendo lucro de R$ 87 milhões do mesmo período de 2019. O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) não ajustado caiu 66% para R$ 511 milhões. A dívida líquida da empresa chegou a R$ 32,8 bilhões e a meta é chegar a R$ 23 bilhões ao fim de 2021.

 

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