Bracher, do Itaú: crise ambiental será mais severa do que a pandemia
22 Junho 2020 - 9:46AM
ADVFN News
Para Candido Bracher, presidente
do Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), essa é a hora
para o governo aumentar os gastos, mas com responsabilidade.
A pandemia do coronavírus impõe uma nova
maneira de pensar a economia. Diante da
severidade da crise, não basta fazer: é preciso pensar em como
fazer. “Atuar de forma ética e com responsabilidade
social e ambiental passou a ser fundamental”, diz
Bracher. “Afinal, o Brasil é a nossa casa, e é natural que a gente
faça a nossa parte para mantê-la em ordem”.
O maior risco está na próxima crise. Ocasionada
pelas mudanças climáticas, ela não respeitará barreiras
geográficas ou políticas, assim como a do coronavírus, mas será
mais intensa e duradoura. Cabe à sociedade, incluindo as empresas,
e também aos governos, trabalharem para evitá-la.
“Só no ano passado, os focos de queimadas cresceram 30%, segundo
o INPE”, afirma Bracher. “Esse é um problema no qual o papel do
governo é fundamental, pois cabe a ele coibir o avanço das
queimadas ilegais na região”.
Para o Itaú, esse repensar da economia e do papel das empresas
se materializou em um grande esforço filantrópico, superior a 1
bilhão de reais. Entretanto, não será dessa vez que a filantropia
passará a ser encarada como um elemento estratégico para o
desenvolvimento, e não uma forma de caridade. “Eu gostaria de
acreditar que sim, mas, sendo bastante pragmático, acho que ainda
não veremos isso acontecer de forma estruturada”, afirma.
Na área da cultura, em que o Itaú é o principal financiador
privado do País, Bracher defende uma maior cooperação entre os
setores público e privado, além de uma nova maneira de medir os
impactos das iniciativas. “Penso que essa é uma tarefa que ainda
está por ser feita”, diz ele.
ITAU UNIBANCO PN (BOV:ITUB4)
Gráfico Histórico do Ativo
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ITAU UNIBANCO PN (BOV:ITUB4)
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