Eneva (ENEV3) e Tietê (TIET11): Possibilidade de nova proposta para combinação de negócios
01 Julho 2020 - 7:00AM
ADVFN News
A Eneva (BOV:ENEV3) informou nesta terça, 30,
que analisa a possibilidade de formular nova proposta para
combinação de negócios com a AES Tietê
(BOV:TIET11). No entanto, ressaltou que não há qualquer definição
acerca dos termos e condições de eventual proposta.
A afirmação ocorreu em um comunicado ao mercado nesta
terça-feira onde faz um esclarecimento à Comissão de Valores
Mobiliários após a notícia intitulada “De volta”, veiculada em
coluna do jornal O Globo, no dia 28 junho.
Na coluna do jornalista Lauro Jardim é informado que a Eneva,
que fez uma frustrada oferta hostil pela AES Tietê (BOV:TIET4) em
março, não desistiu da transação e está estudando lançar uma nova
oferta para comprar 100% da empresa. O valor deve girar em torno de
R$ 8 bilhões, segundo a coluna.
Nesta terça após o pregão a Eneva destacou no comunicado que
entende que uma combinação de negócios com a AES Tietê Energia
(BOV:TIET3) resultaria numa plataforma eficiente de ativos de
geração de energia complementares, com grande diferencial
competitivo.
“Dito isto, desde o anúncio,tornado público pela AES Tietê, da
decisão do BNDES Participações S.A. de contratar assessor
financeiro para prospecção de potenciais interessados em adquirir
sua participação na AES Tietê, a administração da companhia vem
analisando a possibilidade de formular nova proposta para
combinação de negócios com a AES Tietê. Todavia, não há, neste
momento, qualquer definição acerca dos termos e condições de
eventual proposta, nem tampouco qualquer decisão do Conselho de
Administração quanto ao tema”, afirmou a Eneva.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
abriu um processo competitivo para a venda de sua participação na
AES Tietê. O BNDES tem, por meio do BNDESPar, 28,41% da
companhia.
Eneva avalia uma incorporação com a Omega, segundo o Valor
Após uma tentativa frustrada de incorporar a concorrente AES
Tietê, a geradora de energia Eneva continua em busca de ativos
potenciais para crescer por meio de aquisição ou fusão. A Eneva
teve conversa preliminar com a geradora de energia renovável Omega,
avaliando uma potencial incorporação ou compra de controle, apurou
o Valor. Mas este seria um plano B, uma vez que a companhia
ainda não descartou um novo avanço sobre a Tietê, disseram as
fontes.
Uma possível transação alternativa com a Omega se daria por
acerto direto com o controlador da empresa. “A operação pode se dar
por troca de ações e parte em dinheiro ou por aquisição efetiva,
com venda de controle pela Tarpon à Eneva”, disse uma fonte. “Mas a
conversa é bastante preliminar e pode não avançar”, complementou. A
Tarpon é a maior acionista da Omega, com 48,92% – a gestora forma o
grupo de controle com os 4,7% do fundo de participações
LAMBDA3.
O plano alternativo se justifica porque, para a Eneva, a Tietê
só faz sentido se a companhia conseguir comprar ou incorporar as
ações detidas pela americana AES Corp – que tem a maioria das ações
com direito a voto.
A Omega é dona de parques de energia eólica e hidrelétrica. A
companhia tem valor de mercado atual de R$ 6,03 bilhões – muito
próximo ao da AES Tietê, companhia que foi alvo de tentativa de
incorporação da Eneva há dois meses. A AES Tietê é avaliada em
bolsa em R$ 6,3 bilhões. A Eneva vale um pouco mais que o dobro,
com valor de mercado de R$ 13,9 bilhões. Uma fonte lembra que seu
diretor financeiro veio da Omega, com bom conhecimento sobre a
empresa.
Procurada pelo Valor, a Eneva não comentou. A Tarpon disse
que não comenta rumores de mercado. A Omega afirmou que “a
informação não procede. A Omega tem dedicação exclusiva à geração
de energias renováveis, não fazendo parte de seu objeto, mandato ou
de seu plano de negócios investimentos em térmicas a gás ou a
carvão.”
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