A Saraiva (BOV:SLED4) vai propor à assembleia de credores um aditivo ao plano de recuperação judicial.

A informação foi divulgada neste domingo pela companhia.

O aditivo prevê, entre outras medidas, a venda de lojas do grupo em São Paulo, Rio de Janeiro e outras regiões como meio de geração de fluxo de caixa para a manutenção das atividades.

“O presente Plano Aditivo prevê a realização de medidas que objetivam a reestruturação das dívidas das Recuperandas, a geração de fluxo de caixa operacional necessário ao pagamento da dívida e a geração de recursos necessários para a continuidade das atividades das recuperandas, devidamente dimensionadas para a nova realidade do Grupo Saraiva após o impacto da pandemia global da Covid-19”.

Prejuízo em maio

O prejuízo consolidado do Grupo Saraiva em maio de 2020 foi de R$ 9,9 milhões. O dado foi divulgado neste domingo nas demonstrações contábeis divulgadas pela empresa mensalmente, como parte das obrigações do processo de recuperação judicial.

As receitas líquidas somaram R$ 8,2 milhões e a margem bruta, resultado da divisão do lucro bruto pelas receitas líquidas – registrou 47%, 19 pontos percentuais acima daquela apurada em maio de 2019.

As despesas operacionais em maio de 2020 – incluindo o resultado financeiro – atingiram R$ 13,7 milhões, representando 165,9% da receita líquida do período, contra R$ 37,2 milhões em maio de 2019.

A redução das despesas operacionais ano contra ano foi de 63,2%. O resultado financeiro líquido em maio de 2020 foi uma despesa de R$ 2 milhões, contra uma despesa de R$ 3,5 milhões no mesmo período de 2019.