Magazine Luiza vai operar para 214 lojas com energia solar
27 Julho 2020 - 3:45PM
ADVFN News
O Magazine Luiza (BOV:MGLU3) fechou acordo com
a GreenYellow para o fornecimento de energia solar para 214 das
suas mais de 1.100 lojas. O contrato, que funciona no modelo de
aluguel, prevê a entrega de 9307,1 MWh por ano. O acordo foi
firmado ainda no primeiro trimestre deste ano, mas a expectativa é
de que a energia seja entregue a partir de 2021. As 214 lojas da
rede passarão, então, a funcionar 100% a base da energia
sustentável.
A iniciativa da varejista não é inédita, segundo dados de junho
da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar),
39,5% da energia solar consumida no País já fica com o setor de
comércio e serviços. Recentemente, inclusive, a Nike anunciou que
sua principal central logística passou a gerar 80% da própria
demanda por energia. Em operação desde o primeiro trimestre, a
usina solar do centro de distribuição em Louveira (SP) gera, em
média, 100 mil kWh por mês. Esse é o maior potencial em um
empreendimento logístico no País.
No caso do Magalu, porém, o modelo escolhido foi o de aluguel, o
que significa que a empresa não vai instalar placas fotovoltaicas
em seu parque de lojas e, sim, usar a energia comprada de um
parceiro, no caso, a GreenYellow, subsidiária do grupo francês
Casino. A empresa investiu mais de R$ 18 milhões nas usinas que
devem fornecer energia para o novo contrato. Farão parte do projeto
as fotovoltaicas de Coroados e Riolândia, no Estado de São Paulo, e
de Florestópolis, no Paraná. Juntas, elas têm 4.861 de KW de
potência instalada, suficiente para abastecer, por ano, 4,2 mil
casas ou 23.825 TVs, por exemplo.
A decisão da varejista segue tendências de gestão sustentável do
ponto de vista financeiro e do meio ambiente. “O modelo de aluguel
de energia é interessante para empresas que tenham outra atividade
fim. Assim, elas podem centralizar seus esforços no que é mais
importante para o negócio, enquanto fazem até mesmo economia com
energia”, diz o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia.
Ele explica que esse tipo de energia tem ficado mais barata com o
passar do tempo.
O avanço da tecnologia, o aumento da escala de produção e a
maior competitividade entre as geradoras são algumas das razões que
levam esse segmento a ficar mais interessante do ponto de vista
financeiro.
“Desde 2010 até agora, energia solar viu seu preço cair 86%,
segundo dados da Bloomberg”, diz Sauaia. Sendo assim, para além do
ganho de imagem que as empresas têm ao fazer anúncios do tipo, há
perspectivas de que o investimento em energia limpa proporcione
melhores resultados nas contas das varejistas. “Enquanto a solar
fica mais barata ano após ano, a elétrica tem reajustes acima da
inflação. Em 2021, podemos ainda ver aumento da tarifa afim de
compensar o reajuste que não foi feito neste ano”, afirma o
presidente da Absolar.
Para o coordenador do MBA em gestão empresarial da Fundação
Getúlio Vargas (FGV), Ricardo Teixeira, a busca por energia limpa é
uma tendência global. Ele acredita que o Brasil tem, inclusive, a
chance de se tornar um dos grandes fornecedores desse bem no mundo.
Isso porque o País tem sol o ano todo, além de bons ventos e espaço
para parque eólicos. Ele explica que criar uma imagem de quem se
preocupa com o planeta é positivo para as companhias, pois isso
fideliza os clientes.
Fonte Isto é Dinheiro
MAGAZINE LUIZA ON (BOV:MGLU3)
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