O Banco Central disse que autorizações para testes da plataforma WhatsApp Pay no mercado de pagamentos, como a que foi concedida a Visa, não fazem parte do processo formal de análise do pedido das empresas para operar a solução de pagamentos e, portanto, não implicam autorização do BC, nem tampouco sinalizam decisão final nesse sentido.

Na sexta-feira, a notícia sobre a possibilidade dos testes fez as ações da Cielo (BOV:CIEL3) subirem quase 11%. Em 2020, as ações desvalorizaram -36,80% até o momento.

Mais avançada na nova solução de pagamentos, a Cielo estaria pronta para retomar os testes do WhatsApp Pay, tão logo o Banco Central (BC) liberasse a nova funcionalidade. A previsão é de que isso aconteça ainda hoje. A definição de uma data para que a operação comece, contudo, está nas mãos das bandeiras de cartões Visa e Mastercard. No dia 23 de junho, o BC suspendeu a solução, sob a alegação de que era preciso se debruçar mais sobre alguns pontos como competição e privacidade dos dados. O Brasil foi o primeiro país escolhido pelo WhatsApp para estrear no mercado de meios de pagamentos, em uma parceria com Cielo, Banco do Brasil e Nubank. Procurada, a Cielo disse que, por ora, não recebeu qualquer informação a respeito do tema.

Bigtechs. A liberação no País ocorre na mesma semana em que o fundador do Facebook – dono do WhatsApp – foi interrogado por 5 horas ao Senado dos Estados Unidos. Um dos pontos centrais do questionamento foi a segurança dos usuários, especialmente após o caso do Cambridge Analytica. A promessa do chefe da bigtech foi de mais investimentos em segurança.

Testes não sinalizam decisão favorável para sistema de pagamentos pelo WhatsApp, diz BC

Banco Central afirmou nesta segunda-feira, 03, por meio de nota, que a autorização para que a Visa realize testes com a plataforma WhatsApp Pay (WAP), que permite que usuários enviem e recebam dinheiro, usando cartões cadastrados, não faz parte do processo formal de análise do pedido para funcionamento do sistema.

 “No caso da Visa, um dos instituidores dos arranjos de pagamento responsáveis pela solução de pagamento do WAP, o BC informou à empresa que não há impedimento para a realização dos testes solicitados”, disse o BC. “Esses testes não podem envolver a realização de qualquer transação real com usuários e não podem movimentar valores reais em qualquer montante”, acrescentou a instituição.

De acordo com o BC, “os testes não fazem parte do processo formal de análise do pedido das empresas para operar a referida solução de pagamentos, o qual continua sendo analisado conforme os procedimentos e prazos-padrão utilizados com outros pleitos”. A instituição informou ainda que pretende concluir a análise o “mais rápido possível, de modo a logo recepcionar os novos participantes no sistema de pagamentos, com a devida segurança quanto à saudável competição e à segurança de dados dos usuários”.

Conforme a nota, os testes não implicam autorização do BC, “nem tampouco sinalizam decisão final nesse sentido, a qual, reiteramos, deve ser concedida tão logo sejam percorridos os trâmites do processo de autorização”. “Ainda não houve manifestação sobre questionamentos feitos pela Mastercard, o que deverá acontecer nos próximos dias, seguindo a mesma racionalidade de pedidos de mesmo teor”, acrescentou a autarquia.

O BC afirmou ainda, por meio da nota, que o início dos testes com a plataforma é um “importante avanço”. A instituição deu ainda as “boas vindas” a todos os arranjos de pagamentos “que quiserem seguir este caminho”.

O WhatsApp Pay foi lançado no dia 15 de junho e logo depois suspenso pelo Banco Central, que temia danos à concorrência. O aplicativo de mensagens tem mais de 120 milhões de usuários no país e começaria com um potencial de 51 milhões de clientes.

No dia 23 de junho, o BC suspendeu a solução, sob a alegação de que era preciso se debruçar mais sobre alguns pontos como competição e privacidade dos dados. O Brasil foi o primeiro país escolhido pelo WhatsApp para estrear no mercado de meios de pagamentos, em uma parceria com CieloBanco do Brasil Nubank.

Fonte: Estadão

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