M. Dias Branco (MDIA3) 2T20: Lucro líquido de R$ 152,4 milhões
10 Agosto 2020 - 7:53AM
ADVFN News
A companhia de alimentos M. Dias
Branco registrou avanço de 51,5% no lucro líquido do
segundo trimestre ante mesmo período de 2019, para R$ 152,4
milhões, impulsionado pela combinação entre um plano estratégico de
crescimento em curso e o aumento no consumo de massas durante a
pandemia do novo coronavírus.
Os resultados da M. Dias
Branco (BOV:MDIA3) referente a suas operações do
segundo trimestre de 2020, foram divulgados no dia 07/08/2020 e
foi associado ao crescimento de vendas de todas as marcas da
empresa, a ganhos com reajuste de preços e maior diluição de custos
fixos.
O Ebtida somou R$ 225,6 milhões, com crescimento de 23,5%
na comparação anual.
→ A M. Dias Branco, maior fabricante
de biscoitos e massas do Brasil, dona de 19 marcas — incluindo
Vitarella, Richester, Fortaleza, Piraquê, Isabela, Estrela e Adria
– possui R$ 13,3 bilhões de valor de
mercado. Confira a Análise completa da empresa com informações
exclusivas.
A receita líquida cresceu 22,2%, atingindo R$ 1,89 bilhão,
também um valor recorde para a companhia. O aumento foi obtido com
aumento médio nos preços dos produtos de 2,9%, aumento de dois
dígitos em farinha e farelo e margarinas e gorduras, e alta de 19%
em volume.
“A empresa está crescendo de forma consistente, sem
volatilidade. Estamos crescendo sem sobrestocar os clientes. Maio e
junho foram mais fortes que abril. O fim do trimestre foi melhor
que o início”, afirmou Fabio Cefaly, diretor de novos negócios
e relações com investidores.
“Crescemos dois dígitos na região que chamamos de ‘ataque’,
composta por Sudeste, Sul e Centro-Oeste, e também dois dígitos na
região ‘defesa’, onde já somos consolidados, que é o Norte e
Nordeste”, disse à Reuters o CFO da M. Dias Branco, Gustavo
Theodozio.
O volume total de vendas subiu 19% no segundo trimestre, para
536,1 mil toneladas, puxado pelo desempenho da área de massas, que
marcou um salto de 37,4% na comercialização, alcançando 129,7 mil
toneladas.
Apesar dos demais resultados positivos serem atribuídos a um
plano estratégico que vem sendo colocado em prática pela M. Dias
nos últimos anos, incluindo a importante aquisição da companhia
Piraquê, o avanço na demanda por massas foi associado ao período da
pandemia do novo coronavírus, tanto no mercado interno quanto
externo.
Cefaly considerou que o desempenho do segundo trimestre foi
resultado da demanda crescente por biscoitos e massas durante a
pandemia e de mudanças na estratégia comercial feitas no fim do ano
passado. Essas tendências se mantêm no terceiro trimestre. “Mesmo
com a reabertura do varejo e de restaurantes em muitas cidades do
país o consumo dentro do lar segue forte. Não estamos perdendo
tração. Estamos crescendo em linha com a estratégia”, acrescentou o
diretor.
Para os próximos meses, considerando o fim do benefício, eles
reconhecem que uma recessão deve pesar sobre o poder de compra do
consumidor, mas destacaram que o portfólio de produtos da M. Dias
Branco também contempla itens de menor valor agregado que podem se
sobressair na crise.
“Se vier uma busca do consumidor por produtos mais básicos, a M.
Dias pode surfar uma onda nos itens de baixos preços”, estimou o
executivo.
Do ponto de vista de matéria-prima, a companhia disse que
atingiu o maior nível histórico de verticalização de farinha de
trigo (99%) e de gordura vegetal (100%). “Cerca de 55% do nosso
custo foi com estes insumos que fabricamos internamente”.
Mercado Internacional
A empresa obteve recorde de receita, com alta de 526% nas
exportações do segundo trimestre, para R$ 93,3 milhões.
“A margarina e os biscoitos eram os volumes (de vendas)
esperados para chegar com a internacionalização da companhia, o que
teve crescimento da demanda vindo da pandemia foi das massas”,
disse o diretor de Relações com Investidores, Fábio Cefaly.
O diretor financeiro, Theodozio, destacou que a empresa passou
por um processo de reestruturação desde 2016 que permitiu atender a
demanda excedente que veio do aumento de consumo no lar em várias
partes do mundo, contra o coronavírus.
A companhia atingiu esses resultados sem precisar queimar caixa,
segundo Cefaly. A M. Dias Branco terminou o segundo trimestre com
caixa operacional de R$ 492,4 milhões, montante 116,8% maior do que
o reportado um ano antes. A empresa encerrou o trimestre com caixa
de R$ 1,4 bilhão, em comparação a R$ 512,7 milhões no segundo
trimestre de 2019.
De abril a junho, a M. Dias fez captações e emissões de notas
promissórias que totalizaram R$ 465,8 milhões. “Fizemos captações
para proteger o nosso caixa dos efeitos da pandemia. Mas por fim
fechamos o trimestre gerando caixa novo”, disse Cefaly. A companhia
reduziu seu endividamento líquido para R$ 332,8 milhões, ante R$
627 milhões um ano antes.
Visão do mercado
Para o analista de empresas, Luis Sales, da Guide
Investimentos, o Impacto é Positivo. A companhia conseguiu
ter um lucro superior ao do mesmo período do ano passado em mais de
50%. Seu resultado foi positivamente beneficiado pelo
acelerado crescimento em áreas estratégicas para a cia, que são as
de Ataque (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) e de Defesa (Nordeste e
Norte). Suas exportações, que apresentaram crescimento de 526,4% no
comparativo anual, também influenciaram positivamente na
performance do trimestre.
M.DIAS BRANCO ON (BOV:MDIA3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
M.DIAS BRANCO ON (BOV:MDIA3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024