Lojas Quero-Quero (LJQQ3) 2T20: Lucro líquido de R$ 4,4 milhões
13 Agosto 2020 - 12:18PM
ADVFN News
A varejista de material de construção e artigos para casa
Quero-Quero fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 4,4
milhões, um aumento de 3,3 vezes em relação aos R$ 1,3 milhão
apurados no mesmo intervalo de 2019, diante do aumento da
receita.
Os resultados da
Quero-Quero (BOV:LJQQ3) referente a suas operações do
segundo trimestre de 2020, foram divulgados no dia
12/08/2020.
O Ebitda – lucro antes de antes de
juros, impostos, depreciação e amortização – subiu 29%, para R$ 39
milhões. Excluindo o impacto da adoção da norma contábil IFRS 16, o
Ebitda ajustado somou R$ 26 milhões, aumento de 38%. A margem subiu
de 6,5% para 7,4%.
A receita líquida subiu 20,7%, para R$ 349,1
milhões. Segundo a companhia, a alta foi provocada principalmente
pela alteração na legislação do ICMS-ST do Rio Grande do Sul, que
passou a vigorar em março. Com a alteração, o contribuinte
substituído passa a apurar e tomar periodicamente o crédito
presumido de ICMS-ST nas compras de mercadorias sujeitas à
substituição tributária.
“Esta mudança no tratamento contábil dado ao crédito ocasiona um
impacto no sentido de reduzir o custo do estoque adquirido e de
aumentar o valor do ICMS-ST como crédito de impostos a serem
compensados, e consequentemente, no momento da venda dos produtos,
diminuir o custo das mercadorias vendidas e aumentar os impostos
incidentes”, diz trecho do relatório da companhia.
A receita bruta, líquida de devoluções e abatimentos, aumentou
15,1%, a R$ 434,8 milhões. Na parte de varejo, a receita bruta
cresceu 16,8% no trimestre, representando 75,6% das receitas da
Quero-Quero, resultado do crescimento de 7,2% da venda “mesmas
lojas”, que considera os resultados de unidades em funcionamento há
mais de 12 meses, e do aumento decorrente da expansão com o
amadurecimento das lojas abertas ao longo de 2019 (50 lojas) e no
primeiro semestre (17 lojas).
A receita de serviços financeiros totalizou R$ 90,5 milhões no
trimestre, crescimento de 12,3%. A carteira líquida com juros
(originada pelos cartões VerdeCard) somou R$ 449,8 milhões, frente
a R$ 495,3 milhões no final do primeiro trimestre, representando,
assim, uma queda ao longo do trimestre. Se comparada com o segundo
trimestre do ano passado, houve crescimento de 9,9%.
A carteira do segundo trimestre foi impactada pela queda de
vendas em março e abril, em função da interrupção de funcionamento
das lojas, devido à pandemia.
Primeira Teleconferência
Após estrear na bolsa na última segunda-feira (10), o
presidente Peter Furukawa destacou o bom
desempenho da empresa durante a pandemia, ressaltando o aumento do
caixa.
“Por sermos do setor de construção civil, um serviço essencial,
as lojas ficaram fechadas por poucos dias, mas a movimentação caiu
bastante em março e abril, ainda assim conseguimos manter nosso
caixa em alta, mesmo com restrições. Fechamos junho com R$ 295
milhões em caixa”, disse o presidente.
A companhia adotou estratégias que permitissem o recebimento
mais rápido de suas vendas, encurtando os prazos, além de
restringir o crédito para clientes de maior risco. A Quero-quero
também tomou R$ 60 milhões de empréstimos no primeiro e R$ 30
milhões no segundo trimestre para manter a operação.
Em relação à dívida líquida, os executivos da varejista
comentaram a queda de 25% em relação ao trimestre anterior e de
7,5% ante o mesmo período do ano passado, fechando com R$ 185
milhões em dívida ajustada, e a relação de 1,5 vez a dívida líquida
pelo Ebitda ajustado.
“O endividamento diminuiu mesmo com a pandemia. A relação dívida
pelo Ebitda caiu de 2,1 vezes no ano passado e no trimestre passado
para 1,5 vez agora”, disse Furukawa na teleconferência.
As vendas no segmento mesmas lojas cresceram 7,2% no trimestre,
na comparação anual, com destaque para a recuperação em maio e
junho. Segundo a empresa, o indicador de vendas sofreu quedas de
30% em março, no início da pandemia, e 20% em abril, quando reabriu
as lojas.
A partir de maio, viu-se uma recuperação, com crescimento de 15%
e outros 25% de alta em junho, que permitiu o saldo trimestral
positivo. “Em agosto (até ontem) estamos seguindo no mesmo nível de
junho, podendo até melhorar, mas estamos crescendo”, completou o
presidente.
Furukawa disse que o objetivo da companhia também é conseguir
abrir 50 lojas até o final de 2020, podendo chegar até a 52,
dependendo do andamento da economia. “Não é guidance”, apontou.
O executivo ressaltou que, mesmo com a pandemia atrapalhando os
negócios, a Quero-Quero está conseguindo abrir novas lojas.
“Buscamos atuar em cidades pequenas, de até 100 mil habitantes, com
isso nós criamos um sentimento de proximidade com a comunidade, de
pertencimento, isso aproxima bastante. Durante a pandemia nós
intensificamos os contatos com clientes por WhatsApp e continuamos
dando créditos, tanto que apesar de tudo, nosso caixa aumentou e a
dívida diminuiu”, disse.
Lojas Quero-Quero ON (BOV:LJQQ3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
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