Energisa (ENGI): prejuízo líquido de R$ 88 milhões
14 Agosto 2020 - 03:13PM
ADVFN News
No 2T20, a Energisa viu seu prejuízo
líquido aumentar quase dez vezes no comparativo anual,
para R$ 88 milhões. Quinto maior grupo distribuidor de energia
elétrica do país, a Energisa sentiu os impactos da pandemia nos
negócios no segundo trimestre. Juntas, as onze distribuidoras da
companhia enfrentaram uma redução de mercado da ordem de 5% em
relação ao mesmo período de 2019. Já a inadimplência subiu,
refletindo a proibição dos cortes de fornecimento para algumas
classes de consumidores.
Os
resultados da
Energisa (BOV:ENGI3) (BOV:ENGI11) referente a
suas operações do segundo trimestre de 2020, foram divulgados no
dia 14/08/2020.
Entre abril e junho, a Energisa viu seu prejuízo líquido
aumentar quase dez vezes no comparativo anual, para R$ 88 milhões.
No mesmo período, o Ebitda recuou 11,2%, para R$ 727,4 milhões,
enquanto a receita operacional líquida mostrou retração de 3,6%,
para R$ 3,873 bilhões.
O resultado foi afetado por efeitos não recorrentes, ligados
principalmente à pandemia. O principal deles foi a constituição de
uma provisão de R$ 163,2 milhões para perdas estimadas em créditos
de liquidação duvidosa (PECLD).
“No ano passado, estávamos com R$ 173 milhões para devedores
duvidosos, agora estamos com R$ 370 milhões. Desse total, R$ 188
milhões estão relacionados especificamente à pandemia, é um
incremento além do que era natural”, explicou o diretor financeiro,
Maurício Botelho.
O executivo entende que parte desse efeito de inadimplência pode
permanecer mesmo com o retorno dos cortes. Apesar disso, ele
observa que o consumo de energia já vem se recuperando nos últimos
meses, e que a inadimplência também apresenta melhora. “Começamos a
ter sinais de recuperação em julho, agosto, justamente pela
reabertura nos estados. Há uma perspectiva positiva para o terceiro
trimestre em diante”, disse.
Mesmo com os resultados machucados pela crise, Botelho destaca
que, em base semestral, a companhia teve lucro líquido de R$ 493,7
milhões, 311,7% superior ao da primeira metade de 2019.
A companhia espera ainda retomar junto à Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) o tema das revisões tarifárias
extraordinárias das distribuidoras Ceron e Eletroacre, adquiridas
da Eletrobras. Os reequilíbrios para atualizar a base de ativos
estavam previstos no modelo de privatização adotado, mas foram
negados pela Aneel. Segundo Botelho, a expectativa é de que o
recurso apresentado pela Energisa seja julgado em breve. “O
aniversário da tarifa dessas empresas é em dezembro, acredito que
isso será apreciado para finalmente encerrarmos esse assunto.
Podemos oferecer a devolução da ‘Conta Covid’ já nesse evento
tarifário de dezembro, isso é um item que pode amortecer o
incremento”.
ENERGISA ON (BOV:ENGI3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Fev 2024 até Mar 2024
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De Mar 2023 até Mar 2024