Oi define proposta conjunta da Vivo, Tim e Claro como “stalking horse”
07 Setembro 2020 - 10:36PM
ADVFN News
A Oi (BOV:OIBR3) (BOV:OIBR4) definiu a proposta
conjunta da Telefônica Brasil (BOV:VIVT4),
TIM (BOV:TIMP3) e Claro como o
“stalking horse” do leilão da Oi Móvel, com uma
oferta de R$ 16,5 bilhões.
A empresa de telefonia confirmou através de um fato relevante na
noite desta segunda-feira (07) a notícia que havia sido divulgada
mais cedo pelo jornal O Globo.
De acordo com o documento, R$ 756 milhões referem-se a serviços
de transição a serem prestados por até 12 meses pela Oi, acrescido
do compromisso de celebração de contratos de longo prazo de
prestação de serviços de capacidade de transmissão junto à Oi, na
modalidade take or pay.
O valor presente líquido, calculado para fins e na forma
prevista no Aditamento ao Plano de Recuperação Judicial é de R$ 819
milhões.
Na qualidade de “stalking horse”, as companhias terão ainda o
direito de, a seu exclusivo critério, cobrir a oferta de maior
valor que seja eventualmente apresentada no referido processo
competitivo (right to top).
Nesta terça, dia 8, vai ser realizada a assembleia geral de
credores da Oi.
A expectativa é que o novo plano de recuperação judicial da tele
seja aprovado. A proposta de reformulação do plano foi anunciada em
junho e prevê a venda de redes móveis, torres, data centers e parte
da rede de fibra óptica, levantando mais de R$ 22 bilhões para
pagar dívidas e viabilizar investimentos.
“A Oi reitera seu compromisso com a execução de seu Plano
Estratégico e o foco na sua transformação em maior provedora de
infraestrutura de telecomunicações do país, a partir da
massificação da fibra ótica e internet de alta velocidade, do
provimento de soluções para empresas e de infraestrutura para
viabilizar a evolução para o 5G, voltada para negócios de maior
valor agregado e com tendência de crescimento e visão de futuro”,
informa a empresa.
Credores votam hoje novo plano da Oi
A operadora Oi chega hoje à sua segunda assembleia geral de
credores (AGC) – a primeira foi realizada em dezembro de 2017.
A tele necessita do aval dos credores reunidos em assembleia
para se desfazer de ativos-chaves. O acréscimo está previsto para
ser votado na AGC de hoje, a ser realizada por meio virtual.
Da lista de 26 mil credores da companhia, mais de 5 mil devem
participar da assembleia, de acordo com expectativa do
administrador judicial do processo da Oi, o escritório Wald,
Antunes, Vita, Longo e Blattner Advogados. Mas centenas e até
milhares deles terão os mesmos representantes, reduzindo a presença
na plataforma on-line a cerca de 350 pessoas. Os administradores
judiciais do processo são os advogados Arnoldo Wald Filho e
Samantha Mendes Longo, sócios do escritório Wald. Eles presidirão a
assembleia.
Nessa nova versão do aditamento, a Oi explica o modelo criado
para a venda de seus ativos, na forma de unidades produtivas
isoladas (UPIs). São a UPI InfraCo, de redes de infraestrutura; UPI
Ativos Móveis, que envolve o serviço celular; UPI Torres, UPI Data
Centers e UPI TVCo, de televisão por satélite. As quatro primeiras
unidades já receberam ofertas vinculantes de investidores, enquanto
a de TV seguia em negociação.
A Oi entrou em recuperação judicial em junho de 2016 com dívida
de R$ 64,5 bilhões, a maior parte já renegociada com credores. Pela
cláusula 11.8 do plano original, os credores votam com os mesmos
valores originários. Os “bondholders” (credores sem garantias)
tinham 50% do crédito original, ou R$ 32 bilhões. Quando negociaram
a conversão em ações e novas notes, a dívida caiu pela metade. Além
disso, há credores que já foram pagos. A dívida exata ainda não foi
calculada pelo Wald.
A proposta de aditivo prevê uma opção de pagamento diferenciada
a credores que fornecerem nova linha de crédito à Oi. Estabelece
também redução no percentual de desconto de 60% para 55% a credores
que oferecerem fiança bancária à companhia. No começo de agosto,
Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e China Development Bank
(CDB) entraram na Justiça contra o aditamento. Depois, Banco do
Brasil e Itaú Unibanco entraram com recurso contra a realização da
AGC.
Confira a íntegra do fato relevante da Oi
Oi S.A. – Em Recuperação Judicial (“Oi” ou “Companhia”), em
cumprimento ao art. 157, §4º, da Lei nº 6.404/76 e ao disposto na
Instrução CVM nº 358/02, e em complemento aos Fatos Relevantes
divulgados nos dias 28 de julho, 7 e 13 de agosto de 2020, vem
informar aos seus acionistas e ao mercado em geral que, concluídas
as negociações havidas entre a Companhia e Telefônica Brasil S.A.,
TIM S.A. e Claro S.A. (“Proponentes”) sobre os principais termos
relativos à alienação da operação de telefonia móvel da Oi e de
suas subsidiárias (“UPI Ativos Móveis” e “Empresas Oi”,
respectivamente), a Companhia aceitou, nesta data, a proposta
vinculante revisada apresentada em conjunto pelas Proponentes
(“Proposta Vinculante”). De acordo com a Proposta Vinculante,
observadas determinadas condições, as Proponentes comprometeram-se
a adquirir a UPI Ativos Móveis, caso sejam vencedoras de processo
competitivo na forma da Lei nº 11.101/2005 (“LRF”), pelo valor de
R$ 16.500.000.000,00, dos quais R$756.000.000,00 referem-se a
serviços de transição a serem prestados por até 12 meses pela Oi às
Proponentes, acrescido do compromisso de celebração de contratos de
longo prazo de prestação de serviços de capacidade de transmissão
junto à Oi, na modalidade take or pay, cujo valor presente líquido
(VPL), calculado para fins e na forma prevista no Aditamento ao
Plano de Recuperação Judicial (“Aditamento ao PRJ”), é de R$ 819
milhões. Dessa forma, as Proponentes serão qualificadas para
participarem do processo competitivo de alienação da UPI Ativos
Móveis, com sua Proposta Vinculante na condição de “stalking
horse”, o que deverá ser refletido na proposta do Aditamento ao
PRJ, a ser deliberada na Assembleia Geral de Credores convocada
para o dia 8 de setembro de 2020 (“AGC”). As Proponentes terão
ainda o direito de, a seu exclusivo critério, cobrir a oferta de
maior valor que seja eventualmente apresentada no referido processo
competitivo (“right to top”) (“Melhor Oferta”), desde que a nova
oferta das Proponentes seja no mínimo 1% superior ao montante
equivalente à soma (a) do valor proposto a ser pago em dinheiro e
(b) do valor presente líquido (VPL) dos contratos de longo prazo de
prestação de serviços de capacidade, ambos constantes na Melhor
Oferta. A Proposta Vinculante está em linha com a implementação do
Plano Estratégico de transformação das operações das Empresas Oi, o
qual prevê a alienação da UPI Ativos Móveis em processo competitivo
na forma da LRF, a ser realizado após aprovação do Aditamento ao
PRJ em Assembleia Geral de Credores e posterior homologação pela 7ª
Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A Oi reitera seu compromisso
com a execução de seu Plano Estratégico e o foco na sua
transformação em maior provedora de infraestrutura de
telecomunicações do país, a partir da massificação da fibra ótica e
internet de alta velocidade, do provimento de soluções para
empresas e de infraestrutura para viabilizar a evolução para o 5G,
voltada para negócios de maior valor agregado e com tendência de
crescimento e visão de futuro. A Companhia manterá seus acionistas
e o mercado informados sobre o desenvolvimento do assunto objeto
deste Fato Relevante.
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Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
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