A Oi (BOV:OIBR3) (BOV:OIBR4) definiu a proposta conjunta da Telefônica Brasil (BOV:VIVT4), TIM (BOV:TIMP3) e Claro como o “stalking horse” do leilão da Oi Móvel, com uma oferta de R$ 16,5 bilhões.

A empresa de telefonia confirmou através de um fato relevante na noite desta segunda-feira (07) a notícia que havia sido divulgada mais cedo pelo jornal O Globo.

De acordo com o documento, R$ 756 milhões referem-se a serviços de transição a serem prestados por até 12 meses pela Oi, acrescido do compromisso de celebração de contratos de longo prazo de prestação de serviços de capacidade de transmissão junto à Oi, na modalidade take or pay.

O valor presente líquido, calculado para fins e na forma prevista no Aditamento ao Plano de Recuperação Judicial é de R$ 819 milhões.

Na qualidade de “stalking horse”, as companhias terão ainda o direito de, a seu exclusivo critério, cobrir a oferta de maior valor que seja eventualmente apresentada no referido processo competitivo (right to top).

Nesta terça, dia 8, vai ser realizada a assembleia geral de credores da Oi.

A expectativa é que o novo plano de recuperação judicial da tele seja aprovado. A proposta de reformulação do plano foi anunciada em junho e prevê a venda de redes móveis, torres, data centers e parte da rede de fibra óptica, levantando mais de R$ 22 bilhões para pagar dívidas e viabilizar investimentos.

“A Oi reitera seu compromisso com a execução de seu Plano Estratégico e o foco na sua transformação em maior provedora de infraestrutura de telecomunicações do país, a partir da massificação da fibra ótica e internet de alta velocidade, do provimento de soluções para empresas e de infraestrutura para viabilizar a evolução para o 5G, voltada para negócios de maior valor agregado e com tendência de crescimento e visão de futuro”, informa a empresa.

Credores votam hoje novo plano da Oi

A operadora Oi chega hoje à sua segunda assembleia geral de credores (AGC) – a primeira foi realizada em dezembro de 2017.

A tele necessita do aval dos credores reunidos em assembleia para se desfazer de ativos-chaves. O acréscimo está previsto para ser votado na AGC de hoje, a ser realizada por meio virtual.

Da lista de 26 mil credores da companhia, mais de 5 mil devem participar da assembleia, de acordo com expectativa do administrador judicial do processo da Oi, o escritório Wald, Antunes, Vita, Longo e Blattner Advogados. Mas centenas e até milhares deles terão os mesmos representantes, reduzindo a presença na plataforma on-line a cerca de 350 pessoas. Os administradores judiciais do processo são os advogados Arnoldo Wald Filho e Samantha Mendes Longo, sócios do escritório Wald. Eles presidirão a assembleia.

Nessa nova versão do aditamento, a Oi explica o modelo criado para a venda de seus ativos, na forma de unidades produtivas isoladas (UPIs). São a UPI InfraCo, de redes de infraestrutura; UPI Ativos Móveis, que envolve o serviço celular; UPI Torres, UPI Data Centers e UPI TVCo, de televisão por satélite. As quatro primeiras unidades já receberam ofertas vinculantes de investidores, enquanto a de TV seguia em negociação.

A Oi entrou em recuperação judicial em junho de 2016 com dívida de R$ 64,5 bilhões, a maior parte já renegociada com credores. Pela cláusula 11.8 do plano original, os credores votam com os mesmos valores originários. Os “bondholders” (credores sem garantias) tinham 50% do crédito original, ou R$ 32 bilhões. Quando negociaram a conversão em ações e novas notes, a dívida caiu pela metade. Além disso, há credores que já foram pagos. A dívida exata ainda não foi calculada pelo Wald.

A proposta de aditivo prevê uma opção de pagamento diferenciada a credores que fornecerem nova linha de crédito à Oi. Estabelece também redução no percentual de desconto de 60% para 55% a credores que oferecerem fiança bancária à companhia. No começo de agosto, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e China Development Bank (CDB) entraram na Justiça contra o aditamento. Depois, Banco do Brasil e Itaú Unibanco entraram com recurso contra a realização da AGC.

Confira a íntegra do fato relevante da Oi

Oi S.A. – Em Recuperação Judicial (“Oi” ou “Companhia”), em cumprimento ao art. 157, §4º, da Lei nº 6.404/76 e ao disposto na Instrução CVM nº 358/02, e em complemento aos Fatos Relevantes divulgados nos dias 28 de julho, 7 e 13 de agosto de 2020, vem informar aos seus acionistas e ao mercado em geral que, concluídas as negociações havidas entre a Companhia e Telefônica Brasil S.A., TIM S.A. e Claro S.A. (“Proponentes”) sobre os principais termos relativos à alienação da operação de telefonia móvel da Oi e de suas subsidiárias (“UPI Ativos Móveis” e “Empresas Oi”, respectivamente), a Companhia aceitou, nesta data, a proposta vinculante revisada apresentada em conjunto pelas Proponentes (“Proposta Vinculante”). De acordo com a Proposta Vinculante, observadas determinadas condições, as Proponentes comprometeram-se a adquirir a UPI Ativos Móveis, caso sejam vencedoras de processo competitivo na forma da Lei nº 11.101/2005 (“LRF”), pelo valor de R$ 16.500.000.000,00, dos quais R$756.000.000,00 referem-se a serviços de transição a serem prestados por até 12 meses pela Oi às Proponentes, acrescido do compromisso de celebração de contratos de longo prazo de prestação de serviços de capacidade de transmissão junto à Oi, na modalidade take or pay, cujo valor presente líquido (VPL), calculado para fins e na forma prevista no Aditamento ao Plano de Recuperação Judicial (“Aditamento ao PRJ”), é de R$ 819 milhões. Dessa forma, as Proponentes serão qualificadas para participarem do processo competitivo de alienação da UPI Ativos Móveis, com sua Proposta Vinculante na condição de “stalking horse”, o que deverá ser refletido na proposta do Aditamento ao PRJ, a ser deliberada na Assembleia Geral de Credores convocada para o dia 8 de setembro de 2020 (“AGC”). As Proponentes terão ainda o direito de, a seu exclusivo critério, cobrir a oferta de maior valor que seja eventualmente apresentada no referido processo competitivo (“right to top”) (“Melhor Oferta”), desde que a nova oferta das Proponentes seja no mínimo 1% superior ao montante equivalente à soma (a) do valor proposto a ser pago em dinheiro e (b) do valor presente líquido (VPL) dos contratos de longo prazo de prestação de serviços de capacidade, ambos constantes na Melhor Oferta. A Proposta Vinculante está em linha com a implementação do Plano Estratégico de transformação das operações das Empresas Oi, o qual prevê a alienação da UPI Ativos Móveis em processo competitivo na forma da LRF, a ser realizado após aprovação do Aditamento ao PRJ em Assembleia Geral de Credores e posterior homologação pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A Oi reitera seu compromisso com a execução de seu Plano Estratégico e o foco na sua transformação em maior provedora de infraestrutura de telecomunicações do país, a partir da massificação da fibra ótica e internet de alta velocidade, do provimento de soluções para empresas e de infraestrutura para viabilizar a evolução para o 5G, voltada para negócios de maior valor agregado e com tendência de crescimento e visão de futuro. A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento do assunto objeto deste Fato Relevante. 

 

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