Camil (CAML3) 2T20: Lucro líquido salta 245% e chega a R$ 138,6 milhões
09 Outubro 2020 - 08:12AM
ADVFN News
A Camil teve lucro
líquido de R$ 138 milhões no 2T20, disparando 245,6% no
exercício encerrado em agosto após crescimento do consumo de
alimentos nas residências durante a pandemia e os elevados preços
dos produtos básicos, com destaque para o arroz. O câmbio
também colaborou para o avanço.
Os resultados da
Camil (BOV:CAML3) referente a suas operações
do segundo trimestre de 2020, foram divulgados no dia
08/10/2020.
O Ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização –aumentou 133,8%, para R$ 207,5
milhões, e a margem Ebitda chegou a 10,8% – alta de 3,6 pontos
percentuais na comparação anual.
A empresa iniciou em 1963 como uma cooperativa de produtores de
arroz e hoje representa uma das maiores empresas de alimentos da
América do Sul. A companhia também detém marcas líderes de mercado
em suas categorias: União, Camil (arroz e feijão) e Coqueiro
(sardinha). Confira a Análise completa da empresa com informações
exclusivas.
A receita líquida acompanhou o ritmo de expansão e saltou 56,3%,
para R$ 1,9 bilhão, impulsionada pelo crescimento de vendas de
grãos, açúcar e pescados, informou a Camil. A alta de 69% nas
receitas do segmento alimentício internacional também ajudou a
elevar o número.
A companhia afirmou que a rentabilidade no período foi
fruto do repasse gradual de preços dos grãos e dos pescados no
Brasil. Além disso, a Camil destacou a melhora da rentabilidade em
suas operações internacionais, influenciada pela desvalorização do
dólar ante o real, e a diluição dos custos no intervalo.
No exterior, o trimestre foi marcado por aumento de vendas no
Uruguai (37,6%), no Chile (8,3%) e no Peru (17,8%), países nos
quais a Camil mantém operações diretas.
Da receita, o Brasil representou 75%, sendo que as vendas de
arroz foram responsáveis por 37% do total. A comercialização do
cereal cresceu 14,1% na comparação anual em volume, para 208,3 mil
toneladas. Já a de pescados aumentou 56,5% e a de açúcar, 23,1%.
Apenas as vendas e feijão caíram no período, 11,9%.
Apesar de a indústria de beneficiamento em geral ter reclamado
das dificuldades em negociar preços com o varejo, os resultados da
Camil mostraram que o repasse ocorreu. O preço médio do arroz para
o produtor no trimestre ficou em R$ 67,13 a saca, 54% mais que no
mesmo período do ano passado. O preço bruto do produto vendido pela
Camil ficou em R$ 3,30 o quilo, com alta de 33,1% na comparação
anual.
“Destacamos a subida de preços de arroz no mercado interno no
Brasil principalmente, em função da desvalorização cambial que
impulsionou as exportações de arroz do Brasil no primeiro semestre
do ano e, consequentemente, a subida de preços do mercado interno”,
disse.
Visão de mercado
Eleven Financial
Segundo a Eleven, o resultado mostra novamente que a Camil
conseguiu entregar as reduções de SG&A prometidas e retomar o
seu patamar histórico de rentabilidade.
“O resultado da Camil referente o 2T20 foi forte, porém em linha
com nossas estimativas otimistas, refletindo o sólido crescimento
de volume de produção e aumento dos preços dos grão, em especial do
arroz”, afirmou Diana Stuhlberger, analista CNPI da Eleven.
A Eleven Financial mantém recomendação neutra para Camil mas
eleva o preço-alvo para R$ 16,00.
CAMIL ALIMENTOS ON (BOV:CAML3)
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