Engie foi intimada a prestar esclarecimento sobre licenciamento ambiental de Gralha Azu
22 Outubro 2020 - 6:44AM
ADVFN News
A Engie (BOV:EGIE3) foi intimada de decisão
liminar, que suspende a execução das obras dos grupos 1 e 2 do
Sistema de Transmissão Gralha Azul. “Com isso, foram suspensos os
trabalhos nestes dois circuitos”, informa.
O comunicado foi feito pela empresa nesta quarta-feira
(21). Gralha Azul Transmissão de Energia é
uma empresa controlada pela Engie.
Houve o ajuizamento da Ação Civil Pública (ACP) e deferimento de
pedido liminar, em desfavor da Gralha Azul Transmissão de Energia,
controlada pela Engie.
A Engie ainda não havia sido intimada sobre a decisão liminar,
mas “prestou os devidos esclarecimentos sobre o mérito da ACP”,
disse em comunicado ao mercado.
A ACP é sobre o licenciamento ambiental de determinadas linhas
que compõem o Sistema de Transmissão Gralha Azul.
Segundo a empresa, ela fez os “devidos esclarecimentos” a
respeito da regularidade do licenciamento ambiental conduzido.
Além disso, destacou “os esforços” tomados para demonstrar ao
Poder Judiciário a legalidade do processo.
Todavia, a empresa promete empenhar “todos os esforços cabíveis
para suspender a referida liminar, e buscar a continuidade das
obras”.
No dia 14 de outubro, a empresa prestou esclarecimento à B3 sobre a notícia
veiculada pelo jornal Valor Econômico sob o título “Projeto da
Engie no PR é suspenso na Justiça”.
Na reportagem consta, entre outras informações, que o projeto
“Gralha Azul”, com investimentos de R$ 2 bilhões, foi paralisado
por uma liminar concedida pela Justiça do Paraná, depois de ONGs
terem movido uma ação civil pública questionando a validade dos
estudos de impacto ambiental das linhas que passariam por áreas
sensíveis e protegidas.
Segunda ACP
Além disso, a Engie recebeu citação de uma segunda ACP, que
também questiona o licenciamento ambiental do projeto.
Dessa vez, o processo judicial foi ajuizado pelo Ministério
Público Federal e Estadual do Paraná.
Os réus também são Gralha Azul, IAT (Instituto Água e Terra,
órgão estadual do Paraná, que conduz os licenciamentos) e o
IBAMA.
Entretanto, a empresa esclarece que, “ao longo de mais de 2
anos, o processo de licenciamento ambiental do Gralha Azul foi
conduzido de forma rígida e transparente pelo IAT, e contou com a
anuência de diversos órgãos intervenientes, como IPHAN, Funai,
Fundação Cultural Palmares, Prefeituras Municipais, e outros”.
A companhia diz que “realizou esforços adicionais e voluntários
para reduzir ao máximo possível a necessidade de supressão de
vegetação” local.
Novo CEO a partir de 2021
A francesa Engie nomeou uma executiva
do setor de serviços de petróleo para
executar sua estratégia de redirecionamento para energia renovável
e redes.
A Engie disse em um comunicado no inicio do mês que nomeou a executiva Catherine
MacGregor, da empresa franco-americana de serviços
petrolíferos TechnipFMC como nova CEO a partir de 1º de janeiro
de 2021.
VISÃO DO MERCADO
Safra
Segundo a equipe de analistas do Safra, a empresa tem a seu
favor o histórico de boa qualidade nas entregas dos projetos, sendo
muitos deles voltados para o segmento de energias
renováveis.
“Na nossa visão, a Engie seria capaz de construir uma forte
defesa legal e retomar à construção do Gralha Azul”, afirmou Daniel
Travitzky, autor do relatório divulgado pelo banco nesta
quinta-feira (22).
“A Engie é uma das maiores operadoras de energia elétrica no
Brasil, e recentemente entrou no mercado de gasodutos, colocando-a
em uma boa posição para aproveitar as oportunidades de crescimento
de longo prazo”, resumiu Travitzky.
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