A Odontoprev registrou lucro atribuído aos
acionistas controladores de R$ 85,8 milhões no terceiro trimestre,
o que representa alta de 60,8% em relação aos R$ 53,37 milhões do
terceiro trimestre de 2019.
Os resultados da
Odontoprev (BOV:ODPV3) referente a suas operações
do segundo trimestre de 2020, foram divulgados no dia
28/10/2020.
O Ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização –avançou 69,47%, de R$ 71,93
milhões para R$ 121,9 milhões. O resultado financeiro ficou
positivo em R$ 359 milhões, alta de mais de 8.400% ante R$ 4,2
milhões no ano passado.
A receita líquida caiu 4,9%, para R$ 430 milhões. A receita de
vendas e serviços da companhia caiu 4,92% no comparativo anual, de
R$ 452,62 milhões para R$ 430,35 milhões.
No trimestre, houve uma adição de 121,2 mil beneficiários, em
todos segmentos, melhor performance sazonal desde 2011.
As despesas operacionais somaram R$ 134,14 milhões, queda de
14,26% ante os R$ 156,46 milhões registrados no mesmo período de
2019.
A maior adição líquida foi no segmento de planos individuais,
com 85,8 mil novas vidas, seguido pelo segmento de pequenas e
médias empresas (PME) com 33,5 mil novos beneficiários. Por fim, o
segmento corporativo registrou 1,9 mil novas vidas. A companhia
encerrou o terceiro trimestre com 7,31 milhões de beneficiários, o
que representa alta de 0,4% em relação ao mesmo período de
2019.
O tíquete médio dos planos ficou em R$ 20,57, queda de 4% ante o
valor de R$ 21,43 ao fim do terceiro trimestre de 2019. O segmento
de planos individuais registrou o maior declínio, de 6,7%, para R$
37,25. O segmento PME registrou alta de 3,4% na média mensal, para
R$ 24,45. Já o segmento corporativo teve queda de 3,6%, para R$
16,65. Segundo a Odontoprev, o resultado reflete “a resiliência dos
contratos corporativos, e mix de vendas dos planos
massificados”.
O segmento de planos individuais registrou queda de 11,1% na
receita líquida, para R$ 103 milhões. O segmento corporativo
registrou queda de 3% na receita no comparativo anual, para R$
248,4 milhões neste trimestre, enquanto o segmento PME manteve-se
estável em R$ 75,1 milhões.
A sinistralidade da companhia caiu 7,7 pontos percentuais no
comparativo anual, para 39,8%. A companhia destaca que houve uma
“retomada gradual da frequência de utilização”, após o índice
chegar a 33% no segundo trimestre deste ano.
Teleconferência
Segundo José Roberto Pacheco, nós vemos dados da ANS
desde 2006, em que os planos odontológicos, setor ainda jovem,
apresentam contínuo crescimento mesmo durante os difíceis anos de
recessão, alcançando agora 26 milhões de beneficiários.
Enquanto o setor de planos médicos, esse mais maduro, tem o
mesmo patamar de beneficiários há quase uma década. Mais
especificamente agora sobre 2020, vemos a retomada do crescimento
das adições no setor de saúde após as quedas originadas pela
pandemia e a consequente recessão.
Quando comparado a junho, o auge da crise, os planos médicos
já apresentam o crescimento de 187 mil vidas. Por sua vez, os
planos odontológicos no mesmo período adicionaram mais de meio
milhão de novas vidas.
As receitas e os tickets médios dos principais planos médicos
do Brasil. Nos últimos 12 meses encerrados no 1S, vemos o Bradesco
Saúde, Amil e SulAmérica com destacada receita e preços médios de
venda adequados aos altos padrões de entrega e excelência.
Demostramos o mesmo quadro para os principais players do setor
dental, evidenciando as carteiras Odontoprev nos segmentos
corporativo, com mais de R$ 1 bilhão de portfólio anualizado, e o
massificado, com cerca de R$ 700 milhões nos últimos 12
meses.
Assim como o restante do setor, observamos na Odontoprev uma
retomada no crescimento de beneficiários. Finalizamos o trimestre,
como viram, com a adição de 121 mil novas vidas, foi o melhor
desempenho comercial sazonal desde 2011.
Em particular no último mês de setembro, com 33 mil novos
planos PME e 86 mil novos planos individuais, após os meses de
queda desde o início da pandemia em abril.
O destaque é a crescente participação dos planos
massificados, os chamados planos não corporativos, com taxa média
de crescimento orgânico anual de 15% na receita PME e de 21% na
receita dos planos individuais nos últimos anos. Patamares muito
acima da indústria e das principais empresas pares, reforçando a
beleza da estratégia, com rentabilidade bastante superior aos
patamares de mercado.
No 3T20, observamos o segmento de planos individuais,
apresentou sinistralidade de 41% no trimestre, contando com menores
provisões não técnicas residuais de R$4 milhões, relacionadas aos
planos com livre escolha de dentistas junto ao canal bancário.
Excluindo-se essas provisões, a sinistralidade teria sido de 36% no
trimestre.
Trazemos alguns ganhos de eficiência com despesas
administrativas menores em R$12 milhões, agora nos primeiros meses
de 2020. Entre os destaques positivos, as menores despesas de
correios e aluguel de escritórios em todo o Brasil, além de menores
gastos com publicidade e propaganda.
Vemos que a PDD foi de 3,2% no trimestre, abaixo do patamar de
2019, pela transição da carteira de planos individuais dos últimos
anos, passando dos tradicionais canais de varejo para os mais
novos, de maior resiliência e mais lucrativos, canais bancários,
parceiros exclusivos da Odontoprev.
A perspectiva histórica da sinistralidade anualizada
desde o IPO, e também da margem EBITDA. Vale notar a grande
previsibilidade do retorno da Companhia, resiliência do modelo
único de negócios, mesmo em ciclos de retração econômica como a
atual.
A Companhia gerou R$407 milhões de caixa, já superando a
geração observada no ano de 2019, terminando o período com caixa
líquido de R$874 milhões, quase sem nenhum endividamento.
Partindo para a parte final, a evolução do caixa líquido e da
sobra de solvência, que ao final do trimestre alcançou R$146
milhões, após a adesão pioneira no mercado pela Odontoprev às novas
regras setoriais que permitem capital regulatório estável.
Os dividendos aprovados ontem pelo Conselho de Administração e
os juros sobre o capital próprio já pagos totalizam 100% de payout
no trimestre.
Destacamos também, com muita satisfação, o crescimento
contínuo do número de acionistas pessoa física, que mais que dobrou
nesse ano de 2020 e a base globalizada acionistas da Companhia, com
cerca de 86% das ações em circulação com investidores de mais de 30
países.
O presidente Rodrigo Bacellar, informa que a Companhia, com
pandemia ou sem pandemia, nunca parou de trabalhar duramente aqui
para construir soluções que tragam facilidade para os nossos
parceiros comerciais, para os corretores, para os canais bancários,
que tragam facilidades também para os beneficiários.
O que estamos vendo agora não é uma ação pontual que houve no
trimestre e sim um reflexo e uma série de melhorias, de
desenvolvimentos e inovações que a Companhia está sempre correndo
atrás para disponibilizar. Por exemplo, no caso do PME que você
pergunta especificamente, tivemos soluções em aplicativo, onde
melhora muito a venda, a venda na ponta ficou muito mais fácil,
muito mais fluida, toda a parte de captura de assinatura, de
facilidade de simulação.
Tivemos outro negócio interessante mais com a cabeça agora de
produto, não só a facilitação por uma inovação de tecnologia, mas
com a cabeça de produto. Fizemos uma subsegmentação dentro do setor
de pequena e média empresa.
Como o pequena e média empresa pega uma empresa que vai de 3
vidas a 199 vidas, tem uma gama, é muito diferente o comportamento
em uma companhia de 4, 5, 10 vidas para uma companhia de 150
vidas.
Subsegmentamos isso, com produtos específicos e,
consequentemente, precificações específicas. É um resultado de uma
série de trabalhos contínuos que a Companhia está sempre fazendo,
sempre se debruçando, sempre tentando colocar inteligência, entendo
a necessidade do canal de distribuição, do beneficiário
final.
Acho que é isso que estamos vendo, foi isso que fizemos e o
reflexo disso foi, nesse 3T, esse aumento de vidas como você
comentou.
VISÃO DO MERCADO
Credit Suisse
O Credit Suisse destacou que a empresa adicionou 121 mil
beneficiários em comparação com o segundo trimestre, uma alta de
1,7%. Mesmo assim, ainda ficou com 153 mil beneficiários a menos do
que no primeiro trimestre.
O banco ressaltou que as adições são principalmente em planos
individuais. Para o banco, o movimento mostra o poder de fogo da
Odontoprev no segmento de massa, o que “compensa a estagnação nos
planos corporativos”. Mas avalia que a empresa ainda precisa
crescer a partir de uma base de beneficiários reduzida, em um
cenário macroeconômico difícil.
Credit Suisse mantém a recomendação neutra, e
eleva o preço-alvo de R$ 13,00 para R$ 15,00.
Morgan Stanley
O Morgan Stanley destacou que a receita da Odontoprev caiu 5%
frente o terceiro trimestre de 2019, com ambiente corporativo
desafiador. O banco avaliou que a empresa é uma das melhores de seu
setor, mas deve sofrer pressão sobre suas margens em 2021. Mesmo
assim, classificou os resultados como bons, e destacou que elevou a
avaliação das ações recentemente para equal weight. O preço-alvo é
de R$ 13,50.
Safra
Para os analistas Ricardo Boiati e Rafael Une, parte do bom
resultado se deve à pandemia, que afugentou os clientes das
cadeiras dos dentistas. Nos próximos trimestres, é esperado que a
taxa e perda dentária (DLR) volte ao normal.
“É importante notar que ainda parece haver uma natureza
altamente não recorrente para o DLR no terceiro trimestre, e
esperamos um aumento contínuo nesta linha conforme a utilização
voltando ao normal”, disseram.
Apesar disso, a dupla destaca a forte melhora sequencial da
Odontoprev. A base de membros, por exemplo, subiu 44% em relação ao
segundo trimestre, para 121 mil beneficiário.
Safra mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$
14,30.
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