Com os recursos captados no IPO realizado em fevereiro desse ano, a Priner (BOV:PRNR3) está capitalizada e pronta para acelerar o seu crescimento. Apesar do setor de manutenção industrial estar sofrendo por conta da pandemia, a Priner é hoje a 2ª maior empresa do setor (mesmo com apenas ~5% de participação) e possui vantagens competitivas que a credenciam como a consolidadora natural desse mercado.

Essa é a visão da XP que iniciou a cobertura da empresa com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 13,40 por ação para o final de 2021.

A empresa cita dois motivos: resiliência e oportunidade de crescimento.

Em relação à resiliência da empresa, é importante dizer que entre 2015 e 2019, a receita líquida da Priner cresceu anualmente 19,5%. Neste mesmo período, o Brasil teve uma fortíssima queda no PIB, principalmente entre 2015 e 2016. Ou seja, a empresa foi capaz de crescer mesmo diante de condições adversas, mostrando que o negócio em que está inserida não só é resiliente, como vem crescendo.

“A Priner tem como principal objetivo aumentar o seu portfólio de serviços, de modo a oferecer soluções completas ao seu cliente em um só lugar (One-Stop Shop, na expressão em inglês). Diante disso, a sua principal estratégia de crescimento será através de fusões e aquisições de empresas que prestam serviços que a Priner ainda não atende. Com um amplo portfólio de serviços, a Priner se tornará uma consolidadora natural do mercado” destaca o relatório.

“Nós acreditamos – especialmente após o IPO – que a companhia está bem posicionada para aumentar sua participação no setor à medida que ela consiga penetrar o seu portfólio de serviços em novos mercados e indústrias. Importante ressaltar que, de acordo com consultorias do setor, o mercado de manutenção industrial poderá crescer 6,8% ao ano em termos nominais (sem levar em conta a inflação) até 2025” complementou a XP.

A XP alerta que alguns riscos para Prinser pode ser as fusões e aquisições, dados os desafios de execução, integração e sinergia, qualquer falha pode comprometer a perspectiva de crescimento da empresa.

Outra preocupação é a concentração da carteira de clientes, com mais de 50% da receita vindo dos três principais clientes, o cenário macroeconômico, a crise econômica gerada pela pandemia que trouxe uma mudança inesperada de cenário, e liquidez reduzida das ações. Embora seja um risco para investidores de grande porte, é uma vantagem para os investidores pessoa física com foco no longo prazo.

Em 17 de fevereiro de 2020, a Priner passou a ser listada na B3 em um IPO que movimentou R$ 200 milhões. Desses, R$ 173,9 milhões (ou R$ 161,3 milhões, líquido de taxas e comissões) foram levantados por meio de uma oferta primária de 17,4 milhões de ações ao preço de R$ 10,0/ação, enquanto os outros R$ 26,1 milhões foram vendidos em uma oferta secundária. As ações da Priner (PRNR3) estão listadas no Novo Mercado – segmento com os mais elevados níveis de governança corporativa.

Os recursos captados na oferta primária serão destinados, principalmente, para acelerar a estratégia de fusões e aquisições da empresa (R$ 100-110 milhões). Além de financiar as necessidades de capital de giro (R$ 15-20 milhões) e na aquisição de novos equipamentos (R$ 30-35 milhões).

A Priner divulga os resultados referentes ao 3T20 no dia 13 de novembro.

Sobre a Priner

A Priner atua em duas frentes de negócios: serviços e aluguel de equipamentos.

A Priner é resultado de uma divisão de negócios oriunda da Mills (MILS3 – sem cobertura – cujo principal negócio é locação de equipamentos para a execução de trabalhos em altura). Hoje, é a 2ª maior empresa de engenharia de manutenção industrial no Brasil.

Em 2013, ainda como uma divisão da Mills, a empresa foi integralmente adquirida pelo fundo de private equity da Leblon Equities – gestora fundada por Pedro Chermont, que hoje também acumula o cargo de Presidente do Conselho da Priner.

Em 2016 e já atuando como prestadora de serviços e locação de equipamentos especializados, os acionistas decidiram alterar a razão social da empresa para Priner Serviços Industriais S.A. De lá para cá, a Priner ampliou seu portfólio de serviços ao adquirir 51% da Isolafácil em 2014 e 75% da Smartcoat em 2017. Em 2020, anunciou a aquisição dos outros 49% da Isolafácil, mais 8% da Smartcoat e ingressou no segmento de inspeção industrial com a aquisição de 100% da Poliend.

A empresa presta serviços de manutenção de plantas industriais tanto no ambiente terrestre, quanto em alto mar (grandes plataformas de petróleo) oferecendo: acesso, pintura, isolamento e – mais recentemente com a Poliend – inspeção. Segundo estudos da empresa, existe um mercado endereçável de R$ 8 bilhões de faturamento anual, dos quais a Priner pretende atingir entre 10 e 15% (versus os atuais ~5%) – em nossas estimativas a empresa chega a ~10% em 2031.

O ciclo de serviços da empresa compreende em: 1) visitar a fábrica e planejar os serviços; 2) elaboração do projeto com estimativas de funcionários e equipamentos, 3) aprovação pelo cliente das soluções propostas, 4) proposta comercial e 5) mobilização das equipes. Em geral, os contratos de manutenção nos segmentos em que a Priner opera duram de 1 a 3 anos e normalmente são renovados mais de uma vez, embora o escopo dos contratos possa variar.

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