XP Investimentos inicia cobertura da Primer com recomendação de compra
30 Outubro 2020 - 8:08AM
ADVFN News
Com os recursos captados no IPO realizado em fevereiro desse
ano, a Priner (BOV:PRNR3) está capitalizada e
pronta para acelerar o seu crescimento. Apesar do setor de
manutenção industrial estar sofrendo por conta da pandemia, a
Priner é hoje a 2ª maior empresa do setor (mesmo com apenas ~5% de
participação) e possui vantagens competitivas que a credenciam como
a consolidadora natural desse mercado.
Essa é a visão da XP que iniciou a cobertura da empresa
com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 13,40 por
ação para o final de 2021.
A empresa cita dois motivos: resiliência e oportunidade de
crescimento.
Em relação à resiliência da empresa, é importante dizer que
entre 2015 e 2019, a receita líquida da Priner cresceu anualmente
19,5%. Neste mesmo período, o Brasil teve uma fortíssima queda no
PIB, principalmente entre 2015 e 2016. Ou seja, a empresa foi capaz
de crescer mesmo diante de condições adversas, mostrando que o
negócio em que está inserida não só é resiliente, como vem
crescendo.
“A Priner tem como principal objetivo aumentar o seu portfólio
de serviços, de modo a oferecer soluções completas ao seu cliente
em um só lugar (One-Stop Shop, na expressão em inglês). Diante
disso, a sua principal estratégia de crescimento será através de
fusões e aquisições de empresas que prestam serviços que a Priner
ainda não atende. Com um amplo portfólio de serviços, a Priner
se tornará uma consolidadora natural do mercado” destaca o
relatório.
“Nós acreditamos – especialmente após o IPO – que a companhia
está bem posicionada para aumentar sua participação no setor à
medida que ela consiga penetrar o seu portfólio de serviços em
novos mercados e indústrias. Importante ressaltar que, de acordo
com consultorias do setor, o mercado de manutenção industrial
poderá crescer 6,8% ao ano em termos nominais (sem levar em conta a
inflação) até 2025” complementou a XP.
A XP alerta que alguns riscos para Prinser pode ser
as fusões e aquisições, dados os desafios de execução,
integração e sinergia, qualquer falha pode comprometer a
perspectiva de crescimento da empresa.
Outra preocupação é a concentração da
carteira de clientes, com mais de 50% da receita vindo dos três
principais clientes, o cenário macroeconômico, a crise econômica
gerada pela pandemia que trouxe uma mudança inesperada de cenário,
e liquidez reduzida das ações. Embora seja um risco para
investidores de grande porte, é uma vantagem para os investidores
pessoa física com foco no longo prazo.
Em 17 de fevereiro de 2020, a Priner passou a ser
listada na B3 em um IPO que movimentou R$ 200 milhões. Desses, R$
173,9 milhões (ou R$ 161,3 milhões, líquido de taxas e comissões)
foram levantados por meio de uma oferta primária de 17,4 milhões de
ações ao preço de R$ 10,0/ação, enquanto os outros R$ 26,1 milhões
foram vendidos em uma oferta secundária. As ações da Priner (PRNR3)
estão listadas no Novo Mercado – segmento com os mais elevados
níveis de governança corporativa.
Os recursos captados na oferta primária serão destinados,
principalmente, para acelerar a estratégia de fusões e aquisições
da empresa (R$ 100-110 milhões). Além de financiar as necessidades
de capital de giro (R$ 15-20 milhões) e na aquisição de novos
equipamentos (R$ 30-35 milhões).
A Priner divulga os resultados referentes ao 3T20 no dia 13 de
novembro.
Sobre a Priner
A Priner atua em duas frentes de negócios: serviços e aluguel de
equipamentos.
A Priner é resultado de uma divisão de negócios oriunda da Mills
(MILS3 – sem cobertura – cujo principal negócio é locação de
equipamentos para a execução de trabalhos em altura). Hoje, é a 2ª
maior empresa de engenharia de manutenção industrial no Brasil.
Em 2013, ainda como uma divisão da Mills, a empresa foi
integralmente adquirida pelo fundo de private equity da Leblon
Equities – gestora fundada por Pedro Chermont, que hoje também
acumula o cargo de Presidente do Conselho da Priner.
Em 2016 e já atuando como prestadora de serviços e locação de
equipamentos especializados, os acionistas decidiram alterar a
razão social da empresa para Priner Serviços Industriais S.A. De lá
para cá, a Priner ampliou seu portfólio de serviços ao adquirir 51%
da Isolafácil em 2014 e 75% da Smartcoat em 2017. Em 2020, anunciou
a aquisição dos outros 49% da Isolafácil, mais 8% da Smartcoat e
ingressou no segmento de inspeção industrial com a aquisição de
100% da Poliend.
A empresa presta serviços de manutenção de plantas industriais
tanto no ambiente terrestre, quanto em alto mar (grandes
plataformas de petróleo) oferecendo: acesso, pintura, isolamento e
– mais recentemente com a Poliend – inspeção. Segundo estudos da
empresa, existe um mercado endereçável de R$ 8 bilhões de
faturamento anual, dos quais a Priner pretende atingir entre 10 e
15% (versus os atuais ~5%) – em nossas estimativas a empresa chega
a ~10% em 2031.
O ciclo de serviços da empresa compreende em: 1) visitar a
fábrica e planejar os serviços; 2) elaboração do projeto com
estimativas de funcionários e equipamentos, 3) aprovação pelo
cliente das soluções propostas, 4) proposta comercial e 5)
mobilização das equipes. Em geral, os contratos de manutenção nos
segmentos em que a Priner opera duram de 1 a 3 anos e normalmente
são renovados mais de uma vez, embora o escopo dos contratos possa
variar.
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