A geradora de energia elétrica brasileira trouxe ao mercado o
balanço referente ao terceiro trimestre deste ano. No documento, a
companhia registra um lucro líquido de R$ 51,5 milhões, o que
significa um resultado 47,3% inferior aos R$ 97,1 milhões obtidos
nos mesmos meses do ano passado.
Os resultados da AES
Tietê (BOV:TIET3), (BOV:TIET4) e (BOV:TIET11)
referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2020 foram
divulgados no dia 05/11/2020.
→ A AES Tietê é uma empresa brasileira geradora de energia
elétrica. Confira a análise completa da empresa com informações
exclusivas.
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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização) marcou R$ 311,7 milhões, resultado 22,3% superior no
comparativo anual. A margem Ebtida atingiu 61,2% no terceiro
trimestre de 2020, uma alta de 11,3 pontos percentuais.
Já a receita operacional líquida atingiu R$ 509,4 milhões, um
leve recuo de 0,3% ano a ano.
Outras informações do balanço
Em se tratando de custos e despesas operacionais, houve queda de
15,1%, ficando em R$ 277,5 milhões. De acordo com a empresa, a
principal redução veio na linha de compra de energia elétrica,
refletindo a gestão comercial ativa do portfólio de energia.
Quanto a endividamento, a AES Tietê fechou o 3T20 com uma dívida
líquida de R$ 2,798 bilhões, 4,3% maior que a do fim de junho. O
índice de alavancagem ficou em 2,35 vezes a relação dívida líquida
sobre o Ebitda ajustado.
Teleconferência
O primeiro parque de geração da AES Tietê a ser hibridizado
tende a ser um dos 14 do Complexo Eólico de Alto Sertão
II (BA- 386 MW), informou o CEO da companhia Ítalo Freitas,
durante teleconferência ao mercado na tarde desta sexta-feira, 6 de
novembro. O executivo disse que a empresa já possui planos
estruturados para venda de projetos solares junto aos eólicos,
sejam operacionais ou em implantação, e que aguarda mais
a recente consulta pública criada pela Aneel para
avançar.
Segundo ele, a meta da companhia é expandir sua capacidade de
geração por fontes não hídricas e com contratos de longo prazo,
focando no potencial desenvolvimento
de clusters no Rio Grande do Norte por meio do
mercado de M&A (fusões e aquisições)
e greenfileds, a partir de fatores de
complementariedade geográfica e das fontes eólica e solar para
serem comercializadas no mercado livre de energia.
“O foco é crescer fazendo
um turnaround dos ativos que adquirimos, como
Alto Sertão II, que está hoje a 97% de disponibilidade através do
nosso conhecimento em gerir ativos renováveis e para o mercado
livre, tanto no atacado como no varejo”, define Ítalo, afirmando
que diversificar o portfólio é uma das formas de combater o GSF,
que continua em paralelo a uma situação hidrológica adversa, além
da questão de carga, mas esperando um risco menor para o ano que
vem, além de oferta e demanda mais equilibrada.
“Montamos uma equipe de inteligência de mercado que monitora com
muita precisão a questão do GSF, levando a exposição para
evitar prejuízos”, conta Freitas, destacando uma recuperação de R$
18 milhões para a empresa ao evitar os impactos da medida, que para
ele ainda carece de maior esclarecimento em alguns pontos, como o
reajuste dos contratos de aquisição de energia (CAE) e o escoamento
da UHE Belo Monte, além de outros.
Plataforma digital para novembro
Outro anúncio realizado na
teleconferência foi o lançamento da plataforma digital para
comercialização de energia no varejo para esse mês de novembro, no
intuito de simplificar a migração dos clientes interessados no
ambiente de contratação livre.
“Será um produto aderente ao segmento de clientes varejistas,
mais flexível, condições comerciais diferenciadas e com desconto
sob a tarifa do mercado regulado, aproveitando a diversificação do
nosso portfólio”, define o diretor de relacionamento com o cliente,
Rogério Jorge.
A avaliação é de que o diferencial da solução não será a
interface web ou mobile para
o usuário, o que tecnicamente qualquer corporação pode
fazer, mas garantir simplicidade e competitividade para médias e
pequenas empresas, que terão acesso ao ecossistema digital a
ser alocado junto a expertise trazida da controladora, AES Corp,
unificando-a junto com as habilidades locais.
Ademais, Rogério lembrou que o quadro técnico da companhia já
possui experiência com a distribuidora que administrou por quase 20
anos, a antiga Eletropaulo, e que estão sendo feitas parcerias com
empresas de engenharia com kits prontos das
distribuidoras para adequações, além
de startups para medição desagregada e
diagnóstico de eficiência energética.
VISÃO DO MERCADO
BTG Pactual
Os resultados superaram as estimativas do BTG e do consenso. O
EBITDA reportado foi de R$ 312 milhões (+ 25% a/a), superando de
forma sólida tanto o consenso (R$ 272 milhões) quanto a nossa
projeção (R$ 294 milhões). Esse resultado melhor que o esperado
pode ser atribuído ao sólido controle de opex (-10% a/a vs. + 3,0%
atrás da inflação), com economia de despesas recorrentes atingindo
R$ 12 milhões neste trimestre. O lucro líquido totalizou R$ 51
milhões, com uma diferença em relação à nossa estimativa de R$ 82
milhões devido a maiores despesas financeiras, principalmente
relacionadas às provisões de GSF (medida do risco hidrológico). A
empresa anunciou R$ 65 milhões em dividendos, representando um
payout de 127% no 3T20, ou um dividend yield de 1,1% no
trimestre.
BTG Pactual tem recomendação neutra, com preço-alvo de R$
13,00.
Credit Suisse
O Credit Suisse afirmou que avalia os resultados operacionais
como fortes, com Ebitda 42,9% superior a sua estimativa, e 14,8%
acima do consenso, devido principalmente a bons custos e maior
geração das fazendas solares e eólicas.
A receita ajustada foi 5,1% superior à expectativa do Credit
Suisse, e os custos totais caíram 22,4%, menos do que a expectativa
do banco, de queda de 24%.
O banco manteve a recomendação da empresa como neutra, com
preço-alvo de R$ 16,80, frente os R$ 15,41 de fechamento da
véspera.
Eleven Financial
Para a Eleven, o resultado operacional do 3T20 foi bom, porém o
lucro líquido ficou bem abaixo do estimado. Apesar da receita ter
ficado estável houve melhora da margem hídrica em razão da
estratégia bem sucedida de alocação de energia do trimestre, do
aumento na margem em energia eólica, do reajuste de preços nos
contratos e da maior participação de energia solar.
O resultado mostrou boa evolução operacional a/a e a empresa foi
bem sucedida em sua estratégia de sazonalização de energia.
A Eleven mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$
17,00.
Guide Investimentos
De acordo com Luis Sales, analista de empresas o Impacto é
Marginalmente Positivo. Cia mostrou uma melhora no controle de
custos e despesas. A queda na receita se deu devido às questões
hídricas. Destaque para a plataforma digital que vem sendo
desenvolvida.
Inter Research
O analista Rafael Winalda, que assina o relatório da Inter
Research, destacou que a companhia segue avançando em 2020, apesar
de todos os impactos causados pela covid-19 e que uma boa gestão de
portfólio pode entregar sólidos resultados.
“A adequada performance da empresa se justifica pelo seu modelo
eficiente de gestão de portfólio, o qual visa otimizar a
comercialização da energia produzida entre os mercados de curto e
longo prazos, mantendo custos em níveis mais baixos”, comentou.
Inter Research mantém recomendação neutra para AES Tietê, com
preço-alvo de R$ 16,00.
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