JBS (JBSS3) 3T20: Lucro líquido de R$ 3,1 bilhões, maior faturamento trimestral da história
12 Novembro 2020 - 1:06PM
ADVFN News
A JBS reportou o maior faturamento trimestral
da história, com lucro líquido de R$ 3,1 bilhões, quase nove vezes
o resultado do trimestre de 2019, quando a empresa divulgou R$ 356
milhões.
Os
resultados da JBS (BOV:JBSS3)
referente a suas operações do terceiro trimestre de 2020,
foram divulgados no dia 11/11/2020.
O Ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização –foi de R$ 7,99 bilhões, alta
de 35% na base anual, mas baixa de 24,6% na base sequencial.
A JBS afirmou que a divisão brasileira de alimentos
processados Seara viu o Ebitda ajustado subir 55,4%, enquanto as
operações com carne suína e de frango nos Estados Unidos
registraram saltos de 64,7% e 48,9%, respectivamente, apoiadas na
desvalorização do real ante o dólar.
A receita líquida da companhia foi de R$ 70,1 bilhões, alta de
34,3%.
Outras informações do Balanço
A geração de caixa livre subiu 36,9% frente o ano anterior e
chegou a R$ 5,2 bilhões.
A companhia disse que o resultado da Seara deve-se ao aumento de
4,4% no volume vendido e aumento no preço médio dos produtos de
19,7% ante o terceiro trimestre de 2019. Já a divisão de suínos nos
EUA, JBS Pork, teve queda de 5,5% na receita líquida em dólares por
conta de quedas de 8% no preço médio, enquanto o volume de vendas
subiu 1,3%.
“A produção de carne suína no trimestre voltou aos patamares
pré-Covid, compensando, inclusive, o volume menor produzido no
segundo trimestre”, afirmou a JBS no balanço.
A maior processadora de carne do mundo, conseguiu diminuir em
US$ 1,7 bilhão a dívida líquida, que chegou a US$ 9,1 bilhões em 30
de setembro. A redução de despesa financeira líquida foi de US$
13,1 milhões no período.
A disponibilidade financeira total da JBS é de R$ 31,2
bilhões, incluindo as linhas de crédito pré-aprovadas. De acordo
com a empresa, o valor é suficiente para pagamento de toda a dívida
da companhia até 2025.
“Os resultados da JBS no 3º trimestre de 2020 demonstram,
mais uma vez, a solidez da estratégia da companhia, mesmo em 1
cenário tão desafiador quanto tem sido o deste ano”, disse
Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.
“Estamos no caminho certo. E isso vai além da robustez
financeira. A JBS entende que não há empresa verdadeiramente
próspera sem compromisso com sua responsabilidade
socioambiental”, falou Tomazoni, destacando que “o desafio
da mudança climática é uma prioridade da administração da
JBS“.
“Podemos enfrentar desajustes pontuais na oferta e demanda
por região no curto prazo, o que não muda a tendência. Neste
sentido, nossa plataforma diversificada – por região e por tipo de
proteína – ajuda a reduzir a volatilidade de curto prazo e a manter
a consistência dos resultados no longo prazo, com aumento de margem
através do crescimento de portfólio de valor agregado e de
marcas.”
A JBS fechou setembro com relação dívida líquida sobre Ebitda de
1,6 vez em dólar, menor na história da companhia, e de 1,83 vez em
reais.
“Os fundamentos de longo prazo da nossa indústria seguem
sólidos e estamos bem posicionados para enfrentar o desafio de
alimentar de maneira sustentável uma população que cresce e que
aumenta o consumo per capita de proteína“, afirmou
Tomazoni.
VISÃO DO MERCADO
Credit Suisse
O Credit Suisse definiu os resultados da JBS no terceiro
trimestre como “sólidos”. O Ebitda se saiu 12,3% superior à
expectativa do banco, que avalia que os resultados foram
impulsionados principalmente pelas operações nos Estados Unidos,
com boas margens na produção de aves, carne suína e carne
bovina.
O banco destaca que as margens da JBS Brasil estão caindo, o que
se explica parcialmente pela alta do preço do gado no Brasil. Mas
afirma que os resultados fortes devem levar a uma boa reação do
mercado nesta quinta-feira. O banco acredita que as divisões
dedicadas a carne bovina e a carne suína nos Estados Unidos devem
se beneficiar dos estoques em alta no país.
Além disso, a depreciação do real pode ajudar a compensar pelas
pressões de custos de Seara e JBS Brasil. O banco afirma que a JBS
é uma das empresas “mais atrativas” da sua cobertura.
Credit Suisse mantém recomendação de compra para JBS, com
preço-alvo de R$ 36,00.
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