Linx confirma aprovação da proposta de fusão feita pela Stone
18 Novembro 2020 - 9:38AM
ADVFN News
A Linx (BOV:LINX3) confirmou nesta terça-feira, 17, a aprovação
pelos acionistas da proposta de fusão feita pela Stone. A
informação foi antecipada por fontes ao Broadcast,
sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Foram 97,4
milhões de ações votando a favor da operação, 34,8 milhões contra e
6,6 milhões abstenções. Também foi aprovada a dispensa da obrigação
de listagem da STNE no segmento Novo Mercado da B3, com 63,7
milhões de votos a favor.
O CEO da Stone, Thiago Piau, afirmou há pouco que os advogados
da empresa esperam ter aprovado o acordo para compra da Linx pelo
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) entre três a
seis meses. “Estamos muito confiantes de que teremos essa
aprovação. Temos um market share muito pequeno na nossa indústria e
nossos times são complementares”.
Para a aprovação, a Stone precisava de no mínimo 87,5 milhões de
ações. Os votos dos fundadores da companhia, que detêm juntos 24
milhões de ações e que foram liberados pela CVM na última
sexta-feira, foram cruciais para a aprovação.
“Estamos muito felizes e gratos pela confiança representada no
resultado dessa Assembleia. A partir de agora é seguir o processo
de diligencia do Cade e nos concentrar nessa integração, somar
forças com foco no cliente. Continuar crescendo e planejar os
próximos 20 anos”, afirmou.
Segundo o executivo, uma operação como essa implica muitos
desafios futuros e os resultados do trimestre mostraram que o foco
da Stone segue no cliente e dá mais força a empresa para fazer
movimentos estratégicos.
Ao ser perguntado sobre os planos de integração, Piau foi
enfático ao declarar que não existe nenhuma intenção de fechar a
plataforma, “muito pelo contrário, nossa intenção é abrir”. “Nunca
acreditamos em venda casada, sempre abrimos nossa plataforma para
muitos parceiros, sempre tivemos a perspectiva de que a escolha do
cliente vem em primeiro lugar. Essa é a nossa forma de trabalhar”,
afirmou.
Transformação no varejo
Segundo o executivo, a hora é de olhar pra frente, se concentrar
em quais são as principais forças da companhia e planejar essa
integração com bastante disciplina. “São times complementares e
teremos capacidade de levar soluções muito boas para nossos
clientes. Acho que tem uma transformação ocorrendo no varejo
brasileiro é que poderemos ajudar com essa integração com a Linx”,
observou. Segundo ele, a Stone tem a “necessidade de ter um
protagonismo” nesse desenvolvimento do varejo.
Sobre sinergias, Piau disse que a ideia é fazer a ponte entre o
software e os sistemas financeiros de uma forma mais integrada.
“Temos de planejar essas integrações para que seja mais fácil para
o cliente. No caso do varejo, podemos ajudar na digitalização da
suas operações, com uma gestão de estoque integrada. Essa é uma das
avenidas de negócios que visualizamos no momento”, afirmou.
Ao comentar o aumento da oferta, anunciado hoje, Piau disse
apenas que o movimento foi a conclusão de um processo disciplinado.
“É o famoso ganha-ganha. Pelo volume de adesão vemos o grau de
aprovação de nossa proposta. Tenho certeza que os nossos acionistas
e os da Linx estão felizes com o resultado”. Outro ponto ressaltado
pelo executivo é que a empresa continuará investindo em
empreendedores que desenvolvem softwares.
Os acionistas que não concordam com a operação terão 30 dias
para exercer o direito de retirada, e receberão R$ 9,45 por ação a
título de reembolso.