A Cosan registrou lucro líquido de R$ 303,8 milhões no
período, recuo de 62,9% em base anual. O lucro ajustado, que
desconsidera efeitos não recorrentes, foi de R$ 272,8 milhões,
recuo de 43,7% na mesma comparação.
Os
resultados da Cosan (BOV:CSAN3) referente a suas
operações do terceiro trimestre de 2020, foram divulgados no dia
13/11/2020.
O Ebitda ajustado – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização –mais que triplicou, chegando a
R$ 1,7 bilhão – também acima do esperado pelo mercado e do R$ 1,6
bilhão registrado no terceiro trimestre de 2019. No acumulado de
janeiro a setembro, porém, o Ebitda ajustado de cerca de R$ 4
bilhões ficou 6,2% abaixo do visto no mesmo período de 2019. “Boa
parte” da variação negativa, conforme o executivo, reflete os
resultados dos negócios mais afetados pela pandemia, que “já
apontam para níveis mais normais no segundo semestre”. “Essa
tendência deve se manter no quarto trimestre”, comentou, em
teleconferência com analistas.
A receita líquida do grupo atingiu 17,55 bilhões de reais
de julho a setembro, queda de quase 7% ano a ano. A Cosan investiu
723 milhões de reais no período, alta de 6%.
Outras informações do Balanço
Segundo a Cosan, após meses de impactos da pandemia de
coronavírus, o trimestre evidenciou a tendência de recuperação da
atividade e gradual retomada da normalidade, “impulsionando a
demanda por combustíveis, lubrificantes e gás natural”.
A companhia, no entanto, viu o resultado impactado pela
desvalorização cambial e pela marcação a marcado de ações de sua
controlada Rumo.
A Cosan disse que a perda de valor nas ações da Rumo no período
afetou seu resultado financeiro em 165 milhões na linha “outros
encargos e variações monetárias”, que teve contribuição positiva de
49 milhões no ano anterior.
A empresa comprou ações em meio a uma operação de emissão de
novos papéis (follow-on) realizada pela controlada.
Além disso, a Cosan viu os rendimentos de aplicações financeiras
caírem 99%, com a menor taxa CDI e efeito da marcação a mercado de
títulos públicos.
O resultado financeiro foi negativo em R$ 417 milhões, ante
130,8 milhões negativos no mesmo trimestre de 2019.
A Cosan fechou setembro com dívida líquida de R$ 15,94 bilhões
de reais, 6,4% maior do que em junho e 23% acima em 12 meses.
O índice de alavancagem dado pela relação entre dívida líquida e
Ebitda aumentou para 2,7 vezes, de 2,4 vezes ao final de junho e
1,9 vezes em setembro do ano passado.
→ O grupo Cosan atua nos setores de agronegócio, distribuição de
combustíveis e de gás natural e de lubrificantes e logística, com
empresas como Raízen, Comgas, Moove e Rumo e marcas como Shell. O
grupo possui R$ 34,4 bilhões de valor de mercado. Confira a
Análise completa da empresa com informações exclusivas.
COMBUSTÍVEIS E AGRONEGÓCIO
A Raízen Combustíveis no Brasil teve salto de 27% nas vendas
frente ao segundo trimestre, em meio ao gradual relaxamento de
quarentenas adotadas contra o coronavírus, mas o volume ainda ficou
9% inferior ao do terceiro trimestre de 2019.
As vendas de gasolina recuaram 11% na comparação ano a ano,
embora com aumento de 21% frente ao trimestre anterior. No diesel,
as vendas avançaram 6% em base anual e ainda apontaram disparada de
25% frente ao trimestre anterior.
Na Argentina, o volume de rendas recuou 32% na comparação ano a
ano, mas subiu 34% na base sequencial.
Já a Raízen Energia registrou moagem de 27,6 milhões de
toneladas de cana no trimestre, contra 26,7 milhões no ano
anterior. A empresa destinou 54% da cana para produzir açúcar e 46%
para etanol, contra um mix de 50%-50% em 2019.
O Ebitda ajustado da Raízen Energia avançou 15% na comparação
ano a ano, para 974 milhões de reais.
O desempenho foi “suportado pelo maior volume de vendas de
açúcar próprio, em linha com o plano de venda da safra, com preços
médios superiores, refletindo a estratégia de proteção de preços em
reais”, explicou a empresa.
O menor volume de chuvas permitiu aceleração da moagem,
acrescentou a Cosan, ao citar também um aumento de produtividade
que permitiu aumentar a produção de açúcar equivalente em 6%.
Teleconferência
De acordo com o gerente-executivo de relações com investidores
da Cosan, Phillipe Casale, a demanda brasileira de combustíveis
confirmou no terceiro trimestre a recuperação que se desenhava em
junho, na esteira da flexibilização das medidas de isolamento
social, e o retorno já voltou aos níveis vistos antes da pandemia
de covid-19. “Vimos uma nítida melhora no ambiente de negócios,
apesar do cenário de volatilidade, mas sem oscilação brusca de
preços e com a demanda perto da normalidade”, afirmou, em
teleconferência com analistas.
De julho a setembro, a forte demanda de diesel se destacou no
Brasil, puxada pelo agronegócio e pela retomada da produção
industrial. No ciclo Otto (gasolina e etanol), as vendas seguiram
afetadas pelo menor consumo na esteira da pandemia e o segmento de
aviação confirmou que a recuperação será “de fato, mais lenta”,
conforme o executivo.
Conforme Casale, o Grupo Nós, joint venture com a Femsa na área
de varejo de conveniência e proximidade, vai inaugurar ainda neste
ano as primeiras lojas próprias com a bandeira Oxxo e tem dado
continuidade à abertura de lojas Shell Select, sobretudo no modelo
de franquias. O primeiro centro de distribuição também será
inaugurado neste ano e até o fim do ano-safra, serão 1,1 mil
unidades.
Na Argentina, acrescentou o executivo, a Raízen registrou forte
recuperação da demanda, com melhora no resultado operacional
apoiada ainda na queda do custo unitário e no aumento gradual dos
preços de combustíveis no país vizinho. “O quarto trimestre deve
ter demanda parecida [de combustíveis no país] com o terceiro
trimestre”, acrescentou Casale.
Depois de meses bastante difíceis no segundo trimestre, os
números do terceiro trimestre mostram “boa tendência de recuperação
da economia” e os resultados da Cosan confirmam a robustez de seu
portfólio de negócios, segundo Casale. Conforme o executivo, o
intervalo foi marcado pela aceleração da demanda em combustíveis,
lubrificantes e gás natural.
“A pandemia segue afetando as empresas e a vida das pessoas,
portanto seguimos atentos”, afirmou. O resultado antes de juros,
impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Cosan no
terceiro trimestre totalizou R$ 1,7 bilhão, com alta de 6% na
comparação anual e três vezes acima do resultado operacional no
segundo trimestre, que concentrou os efeitos negativos da
pandemia.
No acumulado dos nove meses do ano, o Ebitda ajustado de cerca
de R$ 4 bilhões ficou 6,2% abaixo o visto no mesmo intervalo de
2019 e “boa parte” da variação negativa reflete os resultados dos
negócios que foram mais afetados pela pandemia, que “já apontam
para níveis mais normais no segundo semestre”. “Essa tendência deve
se manter no quarto trimestre”, comentou.
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