O Grupo Carrefour anunciou o fim da terceirização dos serviços de segurança nas unidades do conglomerado. A decisão do Carrefour foi tomada na esteira do assassinato de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, espancado por dois seguranças em uma filial do supermercado na zona norte de Porto Alegre.

O comunicado foi feito pela varejista (BOV:CRFB3) nesta sexta-feira (04). A internalização dos serviços segue um plano gradual elaborado a partir das proposições apresentadas por um comitê externo e prevê a instituição de um projeto piloto em quatro unidades da capital gaúcha.

Especial ADVFN: O “sextou” e o “segundou” do Carrefour (CRFB3)

“O novo modelo é o ponto inicial para transformação do seu modelo de segurança e faz parte dos compromissos anunciados pela rede. O processo de recrutamento e o treinamento dos profissionais para as lojas contará com associação que reúne empreendedores negros da região de Porto Alegre. Todo o processo de internalização da segurança terá como foco a implementação de práticas antirracistas e de uma cultura de respeito aos direitos humanos, além de considerar a representatividade da população brasileira (50% de mulheres e 56% de negros) como um compromisso”, diz a nota.

O Grupo Carrefour é investigado pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos de Porto Alegre e pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre práticas relacionadas à fiscalização de serviços de segurança contratados e também sobre medidas para o enfrentamento de ações racistas e discriminatórias.

Na Justiça, o conglomerado também responderá uma ação civil pública que pede indenização de R$ 200 milhões por danos morais coletivos e sociais.

Declaração do Carrefour

“Após ouvir as proposições do Comitê Externo e Independente originadas de demandas históricas de organizações negras, o Carrefour, a partir do dia 14 de dezembro, inicia a internalização dos serviços de segurança. O processo de internalização começará pelos quatro hipermercados no Rio Grande do Sul, em um projeto piloto, incluindo a loja Passo D’Areia, em Porto Alegre”, informou o supermercado em comunicado.

“O novo modelo é o ponto inicial para transformação do seu modelo de segurança e faz parte dos compromissos anunciados pela rede. O processo de recrutamento e o treinamento dos profissionais para as lojas contará com associação que reúne empreendedores negros da região de Porto Alegre”, continuou o documento.

“Todo o processo de internalização da segurança terá como foco a implementação de práticas antirracistas e de uma cultura de respeito aos direitos humanos, além de considerar a representatividade da população brasileira (50% de mulheres e 56% de negros) como um compromisso. A data de admissão dos novos colaboradores está prevista para o dia 14 de dezembro em todas as lojas Carrefour da região, seguindo as etapas de contratação”, completou.

Biografia B3: Carrefour – a trajetória

Lucro líquido ajustado fica em R$ 757 milhões, alta de 73,1% no 3T20

A grande varejista brasileira Carrefour teve, no terceiro trimestre de 2020, um lucro líquido ajustado de R$ 757 milhões, ou 4,3% das vendas líquidas, o que representa um aumento de 73,1% em comparação ao 3T19, refletindo a estratégia omnicanal da empresa e sua forte execução. No acumulado dos nove meses de 2020, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 1,9 bilhão, aumento de 49,6% sobre o mesmo período de 2019.

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