Cielo comunica que vendas no varejo em 2020 fecharam com o pior resultado
18 Janeiro 2021 - 5:09PM
ADVFN News
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), da Cielo, apontou
que as vendas no varejo em 2020 fecharam com o pior resultado desde
2014.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:CIEL3) nesta
segunda-feira (18). Confira
o documento na íntegra.
O indicador, que monitora 1,4 milhão de varejistas credenciados
junto à empresa, apontou recuo de 9,8% em dezembro na comparação
com o ano anterior.
O baixo desempenho do último mês fez com que, no geral, as
vendas no varejo encerrassem 2020 com queda de 13,9%. Esse é o pior
resultado desde que o ICVA passou a ser acompanhado em 2014.
“Os anos de 2017, 2018 e 2019 haviam sido de retomada, após a
crise econômica dos anos anteriores, mas infelizmente em 2020 a
pandemia acabou impactando muito fortemente as vendas no varejo”,
afirmou o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto.
Cielo diz que queda real pode ser ainda maior
O executivo da Cielo divulgou, em sua nota, que as quedas no
comércio de varejo podem ser ainda maior quando desconsiderados os
chamados “efeitos de calendário”.
Em dezembro, as vendas tendem a ganhar um impulso por conta do
Natal e os reflexos da Black Friday, que normalmente invadem o
mês.
Segundo Gabriel Mariotto, excluindo esses efeitos, houve
declínio real de 10,9% e retração nominal de 4,6%.
“Em dezembro, o varejo voltou a desacelerar, assim como havia
ocorrido em novembro, interrompendo uma tendência de recuperação
que vinha desde abril, possivelmente já refletindo um impacto da
nova onda do Covid-19”, concluiu.
Resultados de novembro
A tendência confirmada pela Cielo nesta segunda-feira começou já
em novembro. Dados divulgados pela empresa na segunda quinzena
mostraram que as vendas do varejo em novembro tiveram uma queda de
11%.
O resultado interrompeu a recuperação do comércio percebida por
sete meses seguidos –entre abril e outubro.
Os setores que mais desaceleraram foram os setores de varejo
alimentício especializado e supermercados e hipermercados.
Cosméticos e higiene pessoal, drogarias e farmácias, do outro lado,
apresentaram forte aceleração.
Em termos nominais, que espelha a receita de vendas observadas
pelos varejistas, o ICVA apontou que a queda foi de 4,3%.
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