Semana movimentada, mas aqui a gente te apresenta com calma, e
de modo bem organizado, as principais informações. Confira os 10
fatos mais marcantes:
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Pareceu um showmício, mas era a posse de Biden
(20/01)
Só quem já participou de um showmício sabe a alegria que é
reunir o povo todo envolta de um palco e cantar com grandes
artistas ao som da moda – e da época. Claro que, entre um e outro
coro, surge o político puxando a sardinha pro seu lado. Entretanto,
estamos em 2021, em meio a uma pandemia, onde nem mesmo os artistas
estão fazendo shows e sequer a população pode aglomerar. Certo?
Em partes, porque, apesar desse cenário, a posse do novo
presidente dos EUA, Joe Biden, foi muito celebrada e contou com
shows de grandes artistas norte-americanos, queima de fogos e
participações ilustres, como dos ex-presidentes Barack Obama, Bill
Clinton e Jorge W. Bush.
O entretenimento, na verdade, esconde uma verdade: essa foi a
transferência de poder mais assustadora da história americana
recente. Isso porque a posse de Biden vem quando os Estados Unidos
enfrentam uma nova onda da pandemia do coronavírus e ocorre
exatamente duas semanas depois que uma multidão inflamada por seu
antecessor, Donald Trump, invadiu o Capitólio, interrompendo a
transição para a administração de Biden e deixando cinco
mortos.
Por falar em Trump, ele se recusou a participar da posse de
Biden, algo que não acontecia na história da presidência
norte-americana há 150 anos. Já o novo presidente, apenas algumas
horas após ter assumido sua posição, tomou medidas para se
desvincular do governo antigo. Uma delas foi incluir novamente os
EUA no Acordo de Paris (a saída ocorreu em 2017), o pacto global de
combate às mudanças climáticas.
Outra atitude de Biden foi reincluir os EUA na Organização
Mundial de Saúde (em 2020, Trump oficializou a retirada de auxílio
financeiro e outros programas que os EUA mantinham com a
Organização). Para firmar ainda mais esse compromisso, o atual
presidente prometeu os “100 milhões em 100”: dentro dos seus cem
primeiros dias de mandato vacinar 100 milhões de pessoas. E também
criou a obrigatoriedade do uso de máscaras e distanciamento social
em áreas federais e por funcionários do governo.
=> Saiba mais sobre como foi o primeiro dia de posse
de Biden.
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“Furo” no calendário de vacinas brasileiro
(20/01)
A furada que todos gostariam de ver era no braço, porém o que
temos agora é um furo de tempo de 40 dias, período previsto para o
Brasil ficar sem vacinas devido à falta de insumos chineses para
sua produção. Isso depois de a Anvisa ter liberado para uso
emergencial as vacinas da Fiocruz (feita em parceria com a
Astrazeneca/Oxford) e do Butantan (feita em parceria com o
laboratório chinês Sinovac). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
afirmou que essa demora das exportações de insumos chineses ocorre
por questões técnicas, e não políticas.
O Ministério da Saúde informou também que as 2 milhões de doses
do imunizante da Astrazeneca vindos da Índia devem chegar ao Brasil
nos próximos dias. Antes de poderem ser distribuídos aos governos
estaduais, as doses precisam passar por uma inspeção da
Fiocruz.
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China demonstra alta recuperação econômica
(18/01)
A China
informou que seu PIB cresceu 2,3% no ano
passado, tornando o país a única grande economia
do mundo a evitar uma contração em 2020, enquanto muitos países
lutavam para conter a pandemia. O bom desempenho se refletiu
inclusive aqui no Brasil, com grandes exportadoras para a China
celebrando as maiores altas na semana, como é o caso da Suzano
(BOV:SUZB3).
As vendas
no varejo chinês também tiveram crescimento de 4,6% em dezembro de
2020, na comparação com igual mês de 2019. Apesar disso,
foi um avanço abaixo das expectativas dos analistas, que previam a
faixa de 5%. Em todo o ano passado, as vendas no varejo do país
tiveram queda de 3,9%, após um crescimento de 8,0% em 2019.
Já a produção industrial do país cresceu a uma taxa mais rápida
do que o esperado, a 7,3% em dezembro, em relação ao ano
anterior. Analistas esperavam que o crescimento anual da produção
industrial ficasse em 6,9% em dezembro, contra 7,0% em
novembro.
=> Confira os resultados de todos os indicadores econômicos
divulgados na semana.
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Sobe e desce Ibovespa na semana
O primeiro dia de negociações da semana (18/01) foi marcado por
um fechamento em alta de 0,7%, a 121.241 pontos. Isso em
um dia que não contou com a liquidez do mercado norte-americano,
devido ao feriado de Martin Luther King. O desempenho positivo, que
reverte parte das perdas acumuladas na semana passada do Ibovespa
(que ficaram em 3,7%), foi fruto da aprovação, no domingo, da
Coronavac e da AstraZeneca pela Anvisa, as vacinas a serem usadas
aqui no Brasil para imunizar a população contra o Coronavírus.
Um dia depois, na terça-feira, a Bolsa marcou queda de 0,50%,
a 120.636 pontos. A cautela dos investidores foi motivada
pelas informações de problemas logísticos relacionados ao início da
vacinação no país. O Governo Federal atrasou o cronograma
de 10 Estados e do Distrito Federal. Isso coloca em cheque não
apenas o atraso da imunização da população, mas também a
expectativa de uma retomada econômica pós-pandemia.
A expectativa pela sinalização de política monetária do Banco
Central do Brasil também esteve no radar. A Selic foi mantida
em 2% ao ano, pela quarta vez consecutiva. Com a decisão, a
Selic está no menor nível desde o início da série histórica
do Banco Central, em 1986.
Em julho de 2015, a taxa chegou a 14,25% ao ano. Em outubro de
2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que
a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. Em julho de 2019, a
Selic voltou a ser reduzida até alcançar 2% ao ano em agosto de
2020.
Na quinta-feira, o Ibovespa voltou ao patamar dos 118 mil pontos
e, na sexta, também encerrou em campo negativo, com os investidores
esperando desfecho sobre um possível novo pagamento de
auxílio-emergencial, o que pode furar o teto de gastos do
governo.
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Maiores altas das ações na semana marcam empresas
ligadas a commodities e varejo; piores desempenhos vêm de
bancos e companhias aéreas
As empresas que tiveram melhor performance de suas ações na
semana foram B2W (BOV:BTOW3), Suzano (BOV:SUZB3) e Maganize Luiza
(MGLU3), subindo 11,7%, 9,8% e 6,9%, respectivamente. B2W e Magalu
demonstram o otimismo dos investidores pela vacina, fortalecendo o
setor varejista no qual as companhias atuam.
Já no caso da Suzano, como comentamos anteriormente, isso está
muito ligado ao desempenho da China com relação à sua economia, uma
vez que a empresa brasileira exporta a maior parte de sua produção
para o país oriental, uma demanda que se mostra aquecida, conforme
os números econômicos da China demonstram.
O que também coloca a empresa com destaque no setor é o fato de
a Austrália, um grande exportador da China, estar prestes a
enfrentar adversidades climáticas e assim impactar sua produção.
Com isso, outros fornecedores, como é o caso da Suzano, tendem a
exportar ainda mais. A alta das ações também é justificada pelo
aumento dos preços de celulose que a empresa divulgou no ano
passado e que passam a valer a partir de janeiro agora.
Na ponta oposta do Ibovespa, temos Embraer (BOV:EMBR3) caindo
mais de 11%, com o cenário de pandemia global que prorroga o
potencial de retorno das viagens e, consequentemente, a demanda por
jatos e aviões. Além disso, as ações da companhia negociadas nos
EUA caíram dentro das recomendações do Bradesco BBI, o que também
impactou o desempenho dos papéis por aqui. Segundo os analistas:
“As vacinas contra a Covid-19 não mudam os desafios estruturais e
de curto prazo para a Embraer”.
Acompanha a zona de rebaixamento de ações o Banco Santander
(BOV:SANB3), que também cai 11% na semana, refletindo uma outra
queda: a de procura por crédito. De acordo com a Serasa Experien, a
demanda por crédito caiu 1% em 2020, algo inédito nos últimos cinco
anos, em que só se registrou aumento da procura. Inclusive, chegou
a bater 12% em 2019.
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Dia 25 de janeiro marca dois anos da tragédia de
Brumadinho (22/01)
Foram 270 mortes registradas e um dano ambiental incalculável
para Brumadinho quando houve o rompimento da barragem 1 da mina
Córrego do Feijão, mantida pela mineradora Vale (BOV:VALE3). Desde
então o governo e a empresa têm debatido acordos, mas sem
conclusões.
Nesta sexta-feira (22/01), após novas discussões entre a Vale, o
Estado de Minas Gerais e instituições como o Ministério Público e a
Defensoria Pública, ainda permanece um empasse.
De acordo com o presidente do TJ-MG, Gilson Soares Lemes, a
Vale propôs um valor da ordem de R$ 29 bilhões em indenização
por danos materiais e morais, abaixo dos cerca de R$ 40 bilhões
pedidos pelo governo e pelas instituições que movem a ação civil
pública.
O desfecho desejado pelas autoridades e o governo mineiro era
chegar a um acordo com a Vale antes do dia 25 de janeiro, quando a
tragédia faz dois anos. Ainda assim, a Vale terá até o dia 29 de
janeiro para reformular sua proposta.
=> Veja como fica o caso se não houver um acordo entre
as partes.
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PetroRio aprova oferta pública primária de ações e pode
captar R$ 2,2 bilhões (19/01)
A PetroRio (BOV:PRIO3)
aprovou seu follow-on primário de, inicialmente, 22
milhões de ações. Considerando os papéis adicionais, a oferta
consistirá na distribuição pública primária de 29.700.000 ações e
pode levantar até R$ 2,2 bilhões. O preço por ação será fixado após
a conclusão do procedimento de coleta de intenções de
investimento.
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Petrobras (PETR3) tem queda de produção na faixa de 14%
em dezembro
A petrolífera estatal teve uma produção 14,6% menor em dezembro
de 2020, marcando 1,980 milhão de barris diários, contra 2,319
milhões registrados em janeiro de 2020. As informações são da
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP).
=> Veja a informação completa clicando
aqui.
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Temporada de divulgação de balanços começa nos EUA e
Brasil vem logo atrás
Na terra do Tio Sam o período de demonstração de resultados
trimestrais já começou e diversas companhias conhecidas mostraram
seus números. É o caso de JP Morgan (NYSE:JPM),
Citigroup (NYSE:C),
Wells Fargo (NYSE:WFC),
Bank of America (NYSE:BAC),
Goldman Sachs (NYSE:GS) ,
P&G (NYSE:PG)
e inclusive Netflix (NASDAQ:NFLX).
No Brasil, a primeira empresa a divulgar seu balanço do quarto
trimestre e acumulado do ano será a Cielo (CIEL3), no dia 26 de
janeiro (próxima terça-feira). Lembrando que na segunda-feira (25
de janeiro), em virtude do feriado de São Paulo, não temos
operações de ações na B3.
=> Acompanhe o calendário completo de divulgação de
balanços das empresas brasileiras.
=> Confira os resultados do quarto trimestre das
companhias internacionais.
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Já são 2 anos da morte de John Bogle, o Santo Padroeiro
dos Investidores Amadores
Se você nunca ouviu falar nesse santo, é bom conferir um pouco
do seu legado na matéria especial que a ADVFN fez em homenagem aos
2 anos de falecimento dessa figura norte-americana que ainda hoje é
sucesso em diversos sentidos, inclusive batendo a lista dos livros
mais vendidos de Finanças da Amazon.
=> Veja a matéria especial aqui.
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