Copel busca novas oportunidades de investimento para compensar a perda de receita após a venda da unidade de telecom
22 Janeiro 2021 - 5:35PM
ADVFN News
A Copel busca novas oportunidades de investimento, como ativos
operacionais de energia eólica e solar, para compensar a perda de
receita após a venda de sua unidade de Telecom.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:CPLE3) (BOV:CPLE5)
(BOV:CPLE6), nesta sexta-feira (22).
A empresa, inclusive, tem participado de disputas recentes,
incluindo processo da Petrobras para negociar parques eólicos que
acabaram comprados um por um fundo da gestora Vinci Partners.
“Pretendemos continuar expandindo nessa fonte, eólica, e também
abrir a fronteira da solar, que é uma fonte que a gente não tem.
Isso vai diversificando nossa matriz”.
“Desde o ano passado, já participamos de alguns processos de
alienações. Infelizmente não ganhamos nenhum, mas estamos sim
olhando alguns projetos, e inclusive para um deles já temos até
assessor financeiro. São processos que vão transcorrer ao longo de
2021”, acrescentou.
O mais recente desses negócios foi a venda pela Petrobras de
fatia em parques eólicos do complexo Mangue Seco, anunciada no
início de janeiro pela petroleira.
Questionado, Slaviero disse que a Copel também deve avaliar a
venda da Rio Energy, da Denham Capital. A empresa busca compradores
para suas eólicas.
“É um processo, sim, que está no nosso radar. Quando ele começar
os procedimentos dele (para venda), seria um dos projetos para
ficarmos atentos”.
O CEO da Copel comentou, no entanto, que mesmo o fato de a
empresa ainda não ter levado ativos nas concorrências em que entrou
tem um aspecto positivo, ao mostrar que não há um interesse em
crescer a qualquer custo.
Na área de expansão, a Copel deverá priorizar investimentos em
sua unidade de distribuição, responsável pelo fornecimento no
Paraná, apontou Slaviero.
E, além da busca por ativos de geração eólica e solar, também
perseguirá aumentar a presença em linhas de transmissão, ao
disputar leilões do governo para novos projetos.
“Pretendemos recompor o Ebitda que deixaremos de ter com a saída
da Copel Telecom. Esse é um primeiro objetivo estratégico”,
explicou Slaviero.
“Vamos ficar atentos. Não quer dizer necessariamente que vamos
pisar no acelerador. Pretendemos olhar boas oportunidades, mas
sempre com disciplina na alocação de capital.”
DIVIDENDO
O CEO também disse que a Copel vai propor dividendos dentro dos
limites de uma política de proventos recém-aprovada pela companhia,
mesmo após um pedido do governo estadual pela distribuição neste
ano do “maior valor possível” aos acionistas.
A política aprovada nesta semana pela companhia controlada pelo
governo do Paraná prevê pagamento de 65% do lucro ajustado se a
alavancagem financeira da empresa estiver abaixo de 1,5 vez. Para
alavancagem entre 1,5 vez e 2,7 vezes, os proventos seriam de 50%
dos ganhos.
Mas a regra deixa aberta a possibilidade de dividendos
extraordinários, acima desses parâmetros— limitados às reservas de
lucros— desde que ouvido o conselho fiscal e com aprovação de
assembleia de acionistas.
No começo do ano, a administração estadual do Paraná enviou
carta à Copel na qual pediu que esta verificasse a possibilidade de
pagar dividendos extraordinários “no maior valor possível”.
“Nossa política prevê dividendos extraordinários, mas apenas em
casos excepcionais, com aprovação da assembleia de acionistas,
porque é uma política que estamos pensando para médio e longo
prazo, para perdurar, você tem que prever alguns casos de exceção”,
explicou o CEO, Daniel Slaviero.
“Mas, especificamente neste ano, nossa política seguirá os
padrões que estão estabelecidos nela, mesmo nesse pedido”, disse
ele, em referência ao pleito do governo do Paraná.
Lucro líquido de R$ 685 milhões, alta de 19,8%
A Companhia Paranaense de Energia
(Copel) registrou
lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 685
milhões no terceiro trimestre, alta de 19,8% na
comparação anual.
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização – atingiu R$ 1,134 bilhão, 11,1% menor
que os R$ 1,2 bilhão registrado no 3T19. Esse resultado é reflexo,
basicamente, da variação de R$ 280 milhões em provisões e
reversões, decorrente do aumento nas provisões de litígios e da
reversão de impairment dos ativos eólicos ocorrida no 3T19.
COPEL ON (BOV:CPLE3)
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