A Fitch Ratings publicou Rating Nacional de Longo Prazo ‘BBB(bra)’ da Positivo Tecnologia. Ao mesmo tempo, a agência atribuiu o Rating Nacional de Longo Prazo ‘BBB(bra)’ à proposta de emissão de debêntures com garantia real, no montante de até BRL300 milhões, com vencimento em 2025.

O comunicado foi feito pela empresa (BOV:POSI3), nesta quinta-feira (11). Confira o documento na íntegra.

Os recursos da proposta de emissão serão utilizados no alongamento do perfil de endividamento da companhia. A Perspectiva do rating corporativo é Estável. O rating da Positivo reflete o risco acima da média da indústria de tecnologia, vulnerável a constantes mudanças, e a mediana posição de negócios da companhia, que expõe sua performance à concorrência com participantes de larga escala e atuação global.

A classificação também incorpora suas baixas margens operacionais, que, com pequenas reduções, podem levar a fortes oscilações da alavancagem financeira, e relevante exposição de sua geração de caixa a variações cambiais. Entre os fatores atenuantes, a Fitch considerou a posição competitiva da Positivo na montagem e venda de computadores pessoais (PCs) no Brasil, seu principal produto, e sua maior flexibilidade em comparação com seus principais pares na adaptação de seus produtos a potenciais demandas no país.

Suportam, ainda, o rating a expectativa que a companhia terá sucesso no alongamento de sua dívida e no gerenciamento de um fluxo de caixa livre (FCF) negativo em 2021.

A Perspectiva Estável incorpora a expectativa da agência de que a Positivo apresentará um satisfatório desempenho operacional nos próximos anos, com crescimento mais acentuado nos novos canais de vendas desenvolvidos recentemente, com o perfil financeiro compatível com a classificação atribuída.

PRINCIPAIS FUNDAMENTOS DO RATING

Indústria de Risco Acima da Média: O setor de tecnologia impõe a necessidade de as empresas participantes se adaptarem à constante evolução dos produtos e serviços a ele atrelados.

A rápida obsolescência dos itens comercializados traz para as companhias o desafio de manter um portfólio atrativo aos consumidores. Em geral, a competição é bastante acirrada, com a presença de grandes empresas com atividade e vendas no âmbito global.

Estas características trazem maior risco para companhias de menor porte, como a Positivo. A empresa brasileira também enfrenta risco cambial, uma vez que cerca de 80% de seu custo são atrelados ao dólar e a sua política de hedge não a protege completamente desta exposição.

Por isso, a Positivo pode ter dificuldade em repassar um maior custo de produção a seus preços e/ou não conseguir fazê-lo de foma automática.

Relevante Participação no Mercado Brasileiro: O cenário-base considera que a Positivo manterá sua posição competitiva no mercado brasileiro dentro dos patamares atuais.

A empresa se destaca na venda de PCs, sendo a terceira maior com participação de mercado média de 15% nos últimos quatro anos. Este produto respondeu por aproximadamente 61% da receita da companhia em 2019.

No segmento de celulares, responsável por 22% das vendas no mesmo ano, a participação de mercado é de 20% para feature phones, embora em geral, quando incluídos os smartphones, tenha ficado abaixo de 4% nos últimos três anos. A competitividade da Positivo se beneficia de seu foco exclusivo no mercado brasileiro, podendo desenvolver produtos mais customizados, diferentemente de seus concorrentes com atuação global.

POSITIVO TEC ON (BOV:POSI3)
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