O IRB Brasil Re registrou um prejuízo líquido de R$ 1,521 bilhão
no ano passado, resultado que se compara ao lucro de R$ 1,210
bilhão em 2019. No quarto trimestre, o prejuízo contábil foi de R$
620,2 milhões, ante lucro de R$ 654,4 milhões do mesmo período do
ano anterior e prejuízo de R$ 229,8 milhões no terceiro
trimestre
Os resultados do IRB
Brasil RE (BOV:IRBR3) referente a suas operações
do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia
18/02/2021. Confira o Press Release completo!
⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos
resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a
cobertura completa de
todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas
negociadas na B3.
A companhia destacou que o resultado líquido em 2020 foi
negativamente impactado principalmente pelo impacto dos negócios
descontinuados (run-off) e pelos efeitos one-offs, que estão
listados a seguir: • Negócios Descontinuados – Run-off:
– R$ 589,2 milhões; • Impacto operações de LPT (Loss Portfolio
Transfer): – R$ 28,4 milhões em dezembro de 2020; • maior
provisionamento da carteira de vida internacional em outubro de
2020: – R$80,5 milhões; • Acordo Eletronorte: Impacto de – R$52,3
milhões referente a perda registrada no acordo de ressarcimento com
a Eletronorte; e • Baixa Créditos Tributários de Londres em
dezembro de 2020: – R$ 335,9 milhões.
“Se excluídos os impactos negativos do run-off e dos efeitos
one-offs, a companhia teria apresentado um lucro líquido no quarto
trimestre de R$ 190,4 milhões e um prejuízo líquido de R$ 476,2
milhões no acumulado de 2020”, apontou.
O ressegurador contabilizou em 2020 um total de R$
9,596 em prêmios emitidos, volume 12,7% maior do que o observado no
ano anterior. Os prêmios emitidos no Brasil somaram R$ 4,874
bilhões — 1% superior a 2019, segundo a empresa refletindo a
pandemia de covid-19. Já os prêmios no exterior totalizaram R$
4,721 bilhões, com aumento de 28,0% em relação a 2019, decorrente
em parte da variação cambial no período.
Empresa atingiu o enquadramento regulatório
A empresa divulgou Fato Relevante informando que a divulgação de
suas demonstrações contábeis referentes a 2020 mostram que a
empresa atingiu o enquadramento regulatório referente aos índices
de liquidez e cobertura de provisões técnicas.
Devido à divulgação de informações inverídicas sobre sua base de
acionistas pela gestão anterior, a empresa refez sua contabilidade
e teve de informar ao mercado, em 11 de maio do ano passado, um
desenquadramento regulatório ao apresentar insuficiência na
composição dos ativos garantidores de provisões técnicas e
consequentemente da liquidez regulatória.
“Em meio a um ano que vai ser lembrado globalmente pelos efeitos
da pandemia da covid-19, enfrentamos o desafio de superar uma crise
de credibilidade motivada por irregularidades identificadas pela
divulgação de informações inverídicas sobre a base acionária da
companhia em março de 2020, pela instauração da fiscalização
especial da SUSEP, em maio, devido à insuficiência de ativos
garantidores das provisões técnicas do IRB, naquele momento da
ordem de R$ 1 bilhão, e em junho pelo refazimento das demonstrações
financeiras de 2019/18 que trouxeram à luz a real situação
econômico-financeira da empresa”, reconheceu Antonio Cassio
dos Santos, presidente da empresa.
Segundo o IRB, as provisões técnicas cresceram R$ 3,1 bilhões no
ano passado, alcançando R$ 13,5 bilhões — alta de 29,7% em relação
aos R$ 10,4 bilhões do final de 2019.
As despesas com retrocessão — operações de transferência de
riscos entre resseguradores — cresceram 89,6% para R$ 4,220
bilhões, refletindo o “endurecimento do mercado (hard market), com
consequente redução da oferta” de capacidade.
No ano passado, os sinistros retidos totalizaram R$ 5,812
bilhões, crescimento de 55,0% em relação ao mesmo período de 2019.
O índice de sinistralidade total apresentou aumento de 35,9 pontos
percentuais, saindo de 66,4% para 102,3%.
Em 2020, o resultado financeiro e patrimonial totalizou R$ 125,2
milhões — recuo de 86,6% em relação ao ano anterior decorrente da
redução das taxas de juros.
4T20
No quarto trimestre, o prejuízo contábil do IRB Brasil RE
foi de R$ 620,2 milhões, ante lucro de R$ 654,4 milhões do mesmo
período do ano anterior e prejuízo de R$ 229,8 milhões no terceiro
trimestre.
Os prêmios emitidos somaram R$ 2,084 bilhões — praticamente
estável em relação aos R$ 2,098 bilhões do mesmo período do ano
anterior, mas abaixo dos R$ 2,975 bilhões do terceiro
trimestre.
A empresa também informou ter capacidade financeira compatível
com as suas operações.
“Estabelecemos o plano de enquadramento de liquidez regulatória
e de cobertura das provisões técnicas, de forma que, de julho a
dezembro de 2020, a administração logrou gerar caixa/ativos
adicionais e/ou redução de passivos, ambos relativos às provisões
citadas de R$ 4,8 bilhões de novos recursos, de forma a permitir o
reenquadramento regulatório em 31.12.2020”, afirmou.
VISÃO DO MERCADO
BTG Pactual
Segundo o BTG Pactual, os resultados vieram muito piores do que
o esperado, mas banco reconheceu que nova administração conseguiu
levantar capital e emitir dívidas, “praticamente salvando a
empresa”.
BTG Pactual mantém recomendação neutra para IRB, com preço-alvo
de R$ 6,00, após balanço do 4TRI pior do que o esperado.
Citibank
Banco Citibank questiona se ressegurador conseguirá entregar
resultados positivos no curto e médio prazos. Sinistralidade
ficou acima das expectativas e os prêmios, abaixo.
Citi reitera recomendação de venda para IRB, com preço-alvo a R$
4,00.
Safra
Os resultados do 4TRI do IRB foram considerados negativos pelo
Safra. Por outro lado, os ajustes feitos pelo ressegurador mostram
tendências positivas no futuro da empresa, para que ela se torne
mais sustentável e lucrativa.
O banco destacou o falto de o IRB ter alcançado níveis
regulatórios exigidos pela Susep em termos de taxa de liquidez e
cobertura de provisões técnicas.
O Safra mantém recomendação neutra para IRB Brasil, com
preço-alvo a R$ 7,80.
Pensando em investir no IRB Brasil RE?
O IRB Brasil RE é uma empresa especializada em resseguro. A
empresa assume o compromisso de indenizar outras seguradoras por
possíveis prejuízos.
→ O IRB Brasil RE é uma companhia de resseguros com valor de
mercado de R$ 8,43 bilhões que oferece cobertura para riscos em
todas as linhas de negócios. Confira a análise completa da empresa com informações
exclusivas.
Governança Corporativa
As ações do IRB Brasil RE estão listadas no Novo Mercado da
B3 com Tag Along de 100%.
Composição Acionária
Acionistas com participação relevante
- Bradesco Seguros 15,8%
- Itaú Seguros
11,5%
Desempenho da empresa na B3
No último ano, as ações do IRB Brasil
RE oscilaram entre a mínima de R$ 5,33 e a
máxima de R$ 39,00. No último pregão antes da divulgação do
resultado do 4T20, a empresa fechou em queda de 1,77%,
negociada a R$ 6,65.
Confira o histórico do IRB Brasil RE (IRBR3)
Período |
Abertura |
Máxima |
Mínima |
Preço Médio |
Vol Médio |
Variação |
Variação % |
1 Semana |
6,60 |
6,82 |
6,49 |
6,66 |
18.803.567 |
0,05 |
0,76% |
1 Mês |
7,64 |
7,94 |
6,28 |
7,09 |
48.139.488 |
-0,99 |
-12,96% |
3 Meses |
6,94 |
8,52 |
6,28 |
7,39 |
55.865.208 |
-0,29 |
-4,18% |
6 Meses |
7,60 |
8,90 |
5,33 |
7,17 |
53.006.886 |
-0,95 |
-12,5% |
1 Ano |
36,19 |
39,00 |
5,33 |
8,79 |
47.356.581 |
-29,54 |
-81,62% |
3 Anos |
12,9581 |
45,09 |
5,33 |
10,86 |
17.596.121 |
-6,31 |
-48,68% |
5 Anos |
9,4162 |
45,09 |
5,33 |
10,86 |
15.078.654 |
-2,77 |
-29,38% |
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters
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