A semana parecia um parque de diversões… só que não. Embora ela
pudesse ser resumida na imagem de sobe e desce de uma
montanha-russa, para quem não esteve atento às informações o jeito
foi sair do parquinho. A principal “culpada” pelas grandes
oscilações foi a Petrobras, que já na semana passada havíamos
trazido aqui, em nosso resumo, tudo o que ela estava enfrentando
com o governo brasileiro. Mas é claro que a Bolsa não é feita de
uma empresa apenas, então vamos aos nossos destaques para você
entender tudo o que aconteceu nesse finalzinho de mês.
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A ação com a maior desvalorização na semana fica para…
Petrobras
No acumulado desta semana, a ação ON da Petrobras (BOV:PETR3)
cai mais de 18% e a PN (BOV:PETR4) perde 17%. De acordo com uma
pesquisa feita pela Economatica, na última segunda-feira as ações
da petroleira tiveram a segunda maior queda diária desde o Plano
Real. A primeira aconteceu no dia 09 de março de 2020, quando o
papel recuou -29,68%. Já a segunda foi justamente no dia 22 de
fevereiro de 2021, quando a ação caiu -21,54%. A amostra considera
as variações diárias desde 30 de junho de 1994.
O motivo já havia sido levantado na semana passada, quando Jair
Bolsonaro havia mencionado que algo iria acontecer na petroleira
nos próximos dias, em virtude dos constantes aumentos de
combustíveis e, principalmente, após uma fala do presidente da
Petrobras, Roberto Castello, de que ele não tinha “nada a ver com
caminhoneiro”. Como sabemos, grupos de caminhoneiros foram aliados
na campanha do atual presidente, portanto a pressão deles por
greves em virtude dos aumentos de combustíveis fez Bolsonaro tomar
atitudes.
Analistas cortaram suas recomendações após anúncio de nova
presidência à frente da petroleira, que ficaria a cargo do general
Joaquim Silva e Luna. Os membros da Diretoria Executiva têm mandato
vigente até o dia 20 de março de 2021 e até lá haverá reuniões para
definir se o general realmente ocupará o cargo.
=> Saiba mais sobre a indicação do General Joaquim
Silva e Luna para a presidência da Petrobras.
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O “porém” da Petrobras que fez as ações subirem em meio
ao caos
Com as sinalizações de que a troca de presidência da empresa
possa ser algo pontual, sem alterar os padrões atuais de
governança, o mercado ficou mais tranquilo. Ao mesmo tempo, o
balanço da companhia saiu justamente nesta semana, e não poderia
ter sido melhor. Não poderia mesmo, porque a Petrobras teve o maior
lucro trimestral já registrado na história da Bolsa brasileira em
valores nominais, ou seja, sem ser descontada a inflação. Mas,
mesmo descontando o IPCA, índice inflacionário, ainda assim ela
assume esse posto. A companhia registrou um lucro líquido de R$
59,8 bilhões.
=> Saiba mais sobre o maior lucro trimestral já
registrado na B3 clicando aqui.
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Como ficaram outras ações de empresas
estatais…
Com a interferência do governo na estatal Petrobras, outras
companhias também refletiram o sentimento do investidor, como é o
caso de Banco do Brasil (BOV:BBAS3) e Eletrobras (BOV:ELET3) e
(BOV:ELET6). Ainda segundo pesquisa da Economatica, o banco perdeu
R$ 10,8 bilhões em valor de mercado só no dia 22 de fevereiro
(segunda-feira). Já no mesmo dia a Eletrobras perdeu R$ 272
milhões. No caso específico da Eletrobras, vale um destaque total
para ela, a seguir.
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Eletrobras: o caso quase à parte
O presidente Jair Bolsonaro já havia dado outro prelúdio: que
ele iria “meter o dedo” nas empresas do setor elétrico, que também
vêm apresentando altas tarifas de energia. Como comentamos, no dia
22 de fevereiro, que ficou para a história da Petrobras com
desvalorização da ação, e também impactou o Banco do Brasil, a
queda do papel da Eletrobras a fez perder um valor de mercado em
torno de R$ 270 milhões, porém um dia depois (23 de fevereiro,
terça-feira), ganhou R$ 5,73 bilhões.
Isso veio porque nessa mesma data houve uma Medida Provisória
sobre a questão da privatização da empresa. Na semana, as ações da
Eletrobras foram as que registraram as maiores altas na Bolsa, com
ELET3 subindo 14% e ELET6 valorizando quase 16%.
=> Saiba mais sobre a possível privatização da
Eletrobras clicando aqui.
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Uma empresa que também se tornou um caso à parte foi
a…
Na semana passada, falamos de uma empresa que também pegou
carona nas altas do preço das commodities e acabou tendo suas ações
valorizadas, apresentando uma das maiores altas no acumulado
semanal. Após o fechamento da sessão da última sexta-feira (dia 19
de fevereiro), ela ganhou algo ainda mais valioso: tornou-se a mais
nova integrante do ranking de empresas com mais de R$ 100 bilhões
em valor de mercado.
Estamos falando, é claro, da Suzano (BOV:SUZB3). Fazem parte
desse seleto grupo empresas como Vale (BOV:VALE3), Petrobras
(BOV:PETR3) e (BOV:PETR4), Itaú Unibanco (BOV:ITUB3) e (BOV:ITUB4),
Ambev (BOV:ABEV3), Bradesco (BOV:BBDC3) e (BOV:BBDC4), Weg
(BOV:WEGE3), Magazine Luiza (BOV:MGLU3), Santander (BOV:SANB3) e
(BOV:SANB4), Rede D´Or (BOV:RDOR3), B3 (BOV:B3SA3), BTG Pactual
(BOV:BPAC3) e (BOV:BPAC5).
=> Saiba mais sobre a empresa de 100 bilhões clicando
aqui.
=> Confira outras informações muito relevantes sobre o
ranking das empresas com mais de R$ 100 bilhões em valor de
mercado, clique aqui.
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Lojas Americanas, com a B2W, pode se tornar o “Universo
Americanas”
A varejista on-line B2W (BOV:BTOW3) e as Lojas Americanas
(BOV:LAME3) e (BOV:LAME4) anunciaram que vão criar comitês
especiais independentes para avaliarem uma combinação de suas
operações. Lembrando que a B2W é atualmente controlada pelas Lojas
Americanas em 62,5%.
As empresas anunciaram que a combinação pode criar o “Universo
Americanas”, porém não deram detalhes sobre quando os estudos
poderão ser concluídos e assembleias de acionistas serem
convocadas.
A B2W possui alguns dos principais sites de comércio eletrônico
do país (é dona de Americanas.com e Submarino), além de uma
relevante operação digital de pagamentos, a Ame. Juntas, as
empresas possuem uma rede de 1.700 lojas físicas em 750 cidades do
país e um marketplace on-line com mais de 87 mil vendedores.
Ambas as companhias já vinham há meses anunciando parcerias
entre si para a criação do chamado omnichannel, em que clientes
podem fazer compras pela internet e optarem pela retirada
de produtos em lojas físicas ou usarem infraestrutura de lojas como
pequenos centros de armazenagem de produtos. (Com informações de O
Estado de São Paulo e Exame)
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E, para fechar, teve muita divulgação de balanço nesta
semana
Além de Petrobras, como comentamos anteriormente, que marcou
lucro histórico no trimestre, outras empresas também se destacaram,
mostrando resiliência no último trimestre do ano pandêmico e
acumulado geral de 2020.
– Vale (BOV:VALE3) – A companhia registrou um lucro líquido de
R$ 4,83 bilhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo
prejuízo de R$ 6,4 bilhões anotados no mesmo intervalo de 2019. O
ganho, contudo, caiu 69% em relação ao trimestre imediatamente
anterior por conta de gastos referentes ao acordo firmado com o
Estado de Minas Gerais, relacionado à tragédia de Brumadinho (MG).
No ano, o lucro da Vale somou R$ 24,9 bilhões, revertendo prejuízo
de R$ 8,7 bilhões em 2019.
– Minerva Foods (BOV:BEEF3) – O lucro líquido foi de R$ 114,1
milhões no quarto trimestre de 2020. O valor representa queda de
53,2% ante o lucro de R$ 243,6 milhões reportado em igual período
de 2019, quando parte do resultado estava atrelado a um saldo de
crédito tributário. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização) alcançou R$ 616,9 milhões, alta de 2,2%
sobre os R$ 603,3 milhões verificados no mesmo intervalo do ano
anterior. A margem Ebitda foi de 10,8%, ante 12,4% no quarto
trimestre de 2019. No acumulado dos 12 meses de 2020, o lucro
líquido disparou a R$ 697,1 milhões, contra R$ 16,2 milhões no ano
anterior.
– Localiza (BOV:RENT3) – A Localiza registrou lucro líquido de
R$ 401,8 milhões no quarto trimestre de 2020, alcançando alta de
75,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2020, a
companhia acumulou lucro líquido de R$ 1,048 bilhão, crescimento
anual de 25,7%.
– Weg (BOV:WEGE3) – O lucro líquido da companhia no 4T20 foi de
R$ 742 milhões, o que representa uma alta de 48,3%. Já no acumulado
de 2020, o lucro líquido ficou em R$ 2,3 bilhões, alta de 45% no
comparativo anual.
– Gerdau (BOV:GGBR4) – A Gerdau obteve um lucro líquido de R$ 1
bilhão no quarto trimestre, um salto de 939% sobre o 3T19. Já nos
12 meses, o total ficou em R$ 2,38 bilhões, alta de 96% sobre
2019.
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Para a próxima semana:
Alguns balanços previstos: CCR (BOV:CCRO3) e Magazine Luiza
(BOV:MGLU3) na quarta-feira; Azul (BOV:AZUL4), B3 (BOV:B3SA3) e B2W
(BOV:BTOW3) na quinta-feira. E muito mais.
=> Para
ver a lista com todos os balanços que serão divulgados na próxima
semana, clique aqui.
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PETROBRAS PN (BOV:PETR4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Fev 2024 até Mar 2024
PETROBRAS PN (BOV:PETR4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2023 até Mar 2024